terça-feira, 5 de outubro de 2021

OCEANO DE MEMÓRIAS EM "O NEGRO CREPÚSCULO"

As livres e profundas imaginações que rodeavam minha mente de criança hoje me escapam. Com elas reconquistaria o mundo, mas ainda creio sinceramente que num esforço incomum possa recuperá-las. Não exatamente aquelas, mas o mesmo modo de divagar pelo interior mais recôndito das sombras da memória e atingir meu ser mais verdadeiro. É árduo o caminho que terei a percorrer. Pedregoso quando precisar fluir; fluido quando necessitar de chão; desértico e arenoso quando estiver com sede; gélido quando precisar me aquecer.

Mergulhar no oceano de memórias é uma decisão – voluntária ou não – que pode não me levar à terra prometida, aquela que eu mesmo me prometo agora. Nem uma ilha pode ser que eu aviste. Ou, por outra, ao lançar-me na imensidão arenosa que me levará a estes pensamentos não me esperam oásis. O pavor das trevas e o esplendor temeroso do sol inclemente podem me levar a razão ou à razão. Não espero facilidades nessa longa viagem. Não há qualquer conforto. Vou a pé e descalço, nu. Não há outra alternativa para quem escolhe encontrar a verdade de seu próprio ser. Não, não tenho medo de vasculhar minhas cavernas. Porém, posso não voltar. É o risco que se corre, e estou disposto a enfrentá-lo.

Este texto acima faz parte do livro "O negro crepúsculo", o segundo de minha autoria. Para adquirir o ebook no Brasil, basta clicar na capa aí em cima. A versão digital ainda pode ser encontrado na Amazon de mais 12 países, dentre eles, em nove deles você também encontra o livro físico: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália. Japão, Canadá e Austrália.

Obs.: Esta postagem atualizada foi publicada originalmente em 5 de junho de 2017.

Mensagem publicitária

Clique na imagem acima e saiba mais
sobre minhas
 sugestões de leitura pra você.
Quem leu, recomenda!


Veja também:

2 comentários:

  1. "Mergulhar no oceano de memórias...".
    Meu amigo, é o que mais tenho feito nesse período de pandemia e certo isolamento.
    Às vezes me surpreendo com tantas que ainda tenho da mais tenra idade e que pareciam perdidas. E também me pergunto o quanto dessas memórias forjaram o Ecio que sou hoje. Certamente não há como saber.
    Parabéns, mais uma vez, pela bela reflexão!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado, meu amigo! Este texto tem muitos anos de escrito, mas também tenho revisitado muitos eventos passados que estavam esquecidos. Volte sempre. Abração.

      Excluir