domingo, 30 de maio de 2021

A ANARQUIA MILITAR ESTÁ NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

preocupação do Comando do Exército com a indisciplina do general Eduardo Pazuello nada mais é do que uma consequência de graves erros iniciados há mais de três décadas. O resultado se viu ao fim do segundo turno da eleição presidencial de 2018, com pleno apoio dos militares de todas as patentes, muitos dos quais participantes ativos do próprio (des)governo. A anarquia militar foi permitida quando o ex-capitão que hoje preside o país obteve, a despeito de ter planejado "jogar flores" em quartéis, a permissão de representar os militares e seus familiares nos parlamentos municipal e estadual do Rio de Janeiro primeiramente e, posteriormente, no Congresso Nacional.

Um mau soldado, de acordo com o general Ernesto Geisel. Um ser que ambicionava ficar rico no Exército, segundo avaliação interna de um superior. Além de defender os interesses dos militares, se notabilizou na vida pública por envolvimento íntimo com policiais de péssima reputação, sérias acusações de peculato e principalmente deboches, escárnios com a dor de muitos opositores ao regime militar de 64 a 85 e aos familiares dos que foram assassinados, defendendo publicamente a tortura, sádicos torturadores, sanguinários ditadores e o fuzilamento de quem pensa diferente dele.

Portanto, Pazuello apenas segue o líder, como muitos já fizeram e farão, enquanto o Capitão Zero continuar comandando esta tropa desgovernada, dispersa e baderneira chamada Brasil.

Espero que esta tenha sido a última vez que escrevo algo sobre este sujeito que já deveria ter, há décadas, sido seriamente responsabilizado por seus atos, que só se agravaram a partir do momento em que tomou posse da Presidência da República.


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6 comentários:

  1. Já conversamos muito sobre isso. Sua análise reflete perfeitamente a triste realidade que estamos vivendo, com sério risco de uma ruptura institucional no país!
    Que Deus nos ajude!!

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    1. Sim, Écio. Só espero que as pessoas que apoiaram este ser ponham finalmente a mão na consciência e não repitam nunca mais a loucura de dar tanto poder a alguém tão irresponsável e despreparado, pra dizer o mínimo.

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  2. Triste realidade que muitos não conseguem enxergar!

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    1. Infelizmente, Renata. Obrigado mais uma vez pela visita e o comentário.

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  3. Nem sei o que mais posso corroborar nessa análise sintética que fez, Eduardo. O inominável representa os seus iguais e ao fundamentalismo neoliberal que pouco se importa com os nefastos efeitos civilizatórios.

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    1. Minha amiga, antes de tudo agradeço sua visita e o comentário. Tudo o que este ser deseja é o golpe de Estado. Resta saber se terá apoio suficiente dentro das Forças Armadas (esperamos que não). E a matança pode começar lá dentro, aliás como foi em 64 quando muitos foram "suicidados" nos quartéis.

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