"É a praga destes tempos
que os cegos
sejam guiados pelos loucos"
(Conde de Glócester,
em "Rei Lear", de William Shakespeare)
inunda a Terra,
são gotas de sangue
a cair desse céu
pardo, melancólico.
O enorme olho inchado
do céu
despeja suas
lágrimas de sangue
sobre os homens,
os seres abjetos
que devastaram
florestas, rios e
crianças e mulheres
e homens.
Corpos estirados
banhados de sangue
rastejam, se esfolam
e imploram aos céus
por mais vida,
por mais mortes!
Ilustração: Soter França Junior
* Postagem publicada originalmente no dia 9 de julho de 2008.
Esta poesia faz parte do ebook "Profano Coração", de minha autoria. Caso queira adquirir o seu, clique na imagem da capa ao lado ou busque diretamente na Amazon do Brasil ou de outros muitos países.
Veja também:
"Profano coração" está de volta
Os bichos vão se rebelar
"O negro crepúsculo", um trabalho de 11 anos
"Sutilezas", amor, paixão e surpresas
ah, tudo a ver o desenho com o poema, dupla boa a nossa, hem? e o livro, saiu?
ResponderExcluirabração!!!
Infelizmente é a verdade. Infelizmente é a realidade.
ResponderExcluirBelas palavras, porém tristes.
Abraço do "estagiário"! ;)