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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

NAU POESIA: LÁGRIMAS DE SANGUE *


"É a praga destes tempos 
que os cegos 
sejam guiados pelos loucos" 
(Conde de Glócester, 
em "Rei Lear", de William Shakespeare)

Uma chuva vermelha
inunda a Terra,
são gotas de sangue
a cair desse céu
pardo, melancólico.
O enorme olho inchado
do céu
despeja suas
lágrimas de sangue
sobre os homens,
os seres abjetos
que devastaram
florestas, rios e
crianças e mulheres
e homens.
Corpos estirados
banhados de sangue
rastejam, se esfolam
e imploram aos céus
por mais vida,
por mais mortes!

Ilustração: Soter França Junior

* Postagem publicada originalmente no dia 9 de julho de 2008.

Esta poesia faz parte do ebook "Profano Coração", de minha autoria. Caso queira adquirir o seu, clique na imagem da capa ao lado ou busque diretamente na Amazon do Brasil ou de outros muitos países.

Veja também:
"Profano coração" está de volta
Os bichos vão se rebelar
"O negro crepúsculo", um trabalho de 11 anos
"Sutilezas", amor, paixão e surpresas

2 comentários:

  1. ah, tudo a ver o desenho com o poema, dupla boa a nossa, hem? e o livro, saiu?

    abração!!!

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  2. Infelizmente é a verdade. Infelizmente é a realidade.

    Belas palavras, porém tristes.

    Abraço do "estagiário"! ;)

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