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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A MEMÓRIA VIVA DE MANDELA

Na África do Sul sob o cruel apartheid, Mandela ficou preso 27 anos lutando pela liberdade dos oprimidos, o povo negro de seu país, e também pela libertação dos opressores. Entendo o pensamento e as ações do grande líder que se foi ontem como uma verdadeira ode à paz, ao entendimento, à mudança de postura ofensiva e defensiva contra alguém, ao amor. Creio que Mandela defendia a libertação do ódio para ambos os lados: o injustificável do opressor, e o da vingança, do oprimido.

Nós, brasileiros miscigenados, que temos correndo em nossas veias tanto o sangue do senhor, quanto do escravo, como bem escreveu Darcy Ribeiro, precisamos muito aprender mais essa lição. Manter viva a memória deste e de outros tantos grandes homens que lutaram pela união (e não a padronização) de todas as etnias, culturas, religiões e nações é o dever nosso de cada dia. Mandela está e continuará vivo!
Vejam como são as invisíveis conexões neste mundo. Ontem à tarde, horas antes de saber da morte de Mandela, entrei num desses sites de streaming para ouvir o grupo chileno Illapu, que gosto muito e há anos não ouvia. Pois a primeira música a tocar foi exatamente esta acima, "Mande Mandela".
Veja também:
Los fragiles y los fuertes
Adiós, La Negra
Esmola oficial

6 comentários:

  1. Beleza Edu. Muito verdadeiro o penúltimo parágrafo " Nós miscigenados..."

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    1. Muito obrigado, meu amigo! Dividir a humanidade pela cor da pele é uma insanidade. Abração.

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  2. Acabei de ler e me emocionar. A morte, muitas vezes, serve para dar amplitude a voz. Que assim seja "pela união (e não a padronização!)". Bj.

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    1. É isso mesmo, linda. Que o exemplo de Mandela seja seguido por todos nós. Que os prisioneiros do ódio e do rancor também se libertem e não apenas os injustiçados. Beijão e muito obrigado sempre, Edu.

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  3. Gostei e destaco esta frase: " [...]que lutaram pela união (e não a padronização) de todas as etnias, culturas, religiões e nações é o dever nosso de cada dia.[...]"

    É isso! União e não padronização!

    Abração, amigo!

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    1. A padronização é uma forma de dominação e opressão, querida. Beijos, volte sempre!

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