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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ADEMIR DA GUIA, O DIVINO

Outro dia a trabalho tive o prazer de ver um vídeo produzido pelo site do Palmeiras com um bate-papo entre César Maluco e Ademir da Guia e pude recordar o quanto o Divino tem de valor dentro e fora de campo. Simplicidade e elegância. Para mim, Ademir da Guia foi o Paulinho da Viola dos campos de futebol, genialidades pouco reconhecidas, talvez até pelo jeito tímido de cada um desses artistas. Daria um belo papo entre o palmeirense e o vascaíno. Fica a idéia.
Ademir, que começou no Bangu, foi um dos melhores jogadores que vi atuar, embora tenha pego já o finzinho de sua carreira. Mesmo assim, o modo como dominava a bola e a visão que tinha do campo e do gol sempre me impressionaram. Para os mais novos poderem ter uma idéia, sem entrar na babaca discussão de quem foi o melhor, Zidane tinha um estilo de jogar muito semelhante ao de Ademir. Cabeça em pé, telescópio do time, avistava cada canto do campo, com a bola grudada nos pés. E a mesma facilidade para arrematar de pé direito ou esquerdo e também de cabeça.
Pena que ele não tenha tido mais chances na seleção. Não sei se foi por causa da desistência de Pelé que ele entrou na lista de Zagallo para a Copa de 1974. Mas o certo é que o Divino ficou em segundo plano e só jogou 66 minutos na decisão do terceiro lugar contra a Polônia que terminou com derrota brasileira. No vídeo abaixo, muto bem produzido por Renato Palestrino, você pode ver lances, gols e saber mais da história deste grande jogador da história do futebol brasileiro.

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