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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

NAU POESIA: ÀS SUPOSIÇÕES DA SUBJETIVIDADE

Sim, tenho ciência
E tranquila consciência 
De que é preciso
Ter em certas ocasiões 
Certificados, certificações 
Mas que também é 
Impreciso, porém necessário
E muito desejável
Diversas imprecisões 

Pois que pra cura não tem remédio 
Pra quem quer remediar a vida
E viver remendando marcas e feridas
Com fármacos, pílulas, silicones, 
Tonificantes, suplementos,
Com pequenas ou fortes dosagens

Pois é claro e evidente 
São apenas miragens, paisagens
Superficialidades aparentes
Evidentes aparências
Com futuras e graves
consequências
 
E são loucos devaneios
Sem qualquer resquício de pudor
Lagos, rios, pássaros, mares,
Flores, árvores e suas folhagens
Tudo o que se exibe todos os dias
A quem quer ver, ouvir, sentir
Sua incomensurável e
 divina beleza
Tornar-se descartável ou mera utilitária
Toda variada e exuberante Natureza.



Veja também:
Nau Poesia: Amores
Poesia cantada: Que me diz você?

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