"Se a gente falasse menos, talvez compreendesse mais" e "Tudo o que se tem não representa nada" ou "não representa tudo". Pinço estes versos de "Congênito" para iniciar este breve e sinceramente reverente texto sobre esta música do poeta do São Carlos, morro que frequentei por vezes quando criança. Era onde uma tia da minha mãe morava. Tempos idos, tempos outros, bem menos perigosos, com mais poesia, embora com a ferida da pobreza machucando aqui e ali. Ali e aqui, círculo vicioso brasileiro que nunca cessa. Por outra, cresce. Só cresce.
Então, aproveito que chegou por aqui há poucos dias "Meu nome é ébano - A vida e obra de Luiz Melodia", de Toninho Vaz, que estou muito ansioso por ler, mas me seguro, pois há ordem no meu caos. "Peralá", minha zona é organizada.! Então, como ia dizendo, ou melhor, escrevendo, trago para esta viagem musical, a 15ª, a primeira de uma série de obras-primas deste grande cantor e compositor infelizmente falecido em 2017.
Quatro anos antes tive a imensa sorte de vê-lo em ação no Sesc-Tijuca, portanto, próximo à área dele, à área nossa (minha até aquela época, pelo menos), e foi um bálsamo. Na lista lá embaixo você tem o link para ler o que escrevi na época aqui neste blog. Fique agora com a música aí no vídeo. E saca só a elegância do cara! Faz muita falta, mas a obra está aí para quem quiser ouvir e curtir. Muito.
Luiz Melodia, o Negro Gato e suas pérolas