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A SÍNDROME DO FUTEBOL

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"O outro é seu espelho", retirado deste site: https://www.o-curador.com/ No auge da minha vida como torcedor, naqueles anos em que minha paixão pelo futebol foi mais latente, entre os 7, 8 até 21, 22 anos, havia algo que me incomodava um pouco toda vez que vibrava muito com uma grande vitória ou conquista do meu time. Ficava e continuava alegre, mas dentro de mim havia um vácuo que, creio até ter identificado em alguns daqueles momentos, embora tenha deixado de lado com o passar do tempo. Trabalhei dentro do futebol como jornalista a partir do início dos anos 90 até 2013, com poucas interrupções. E conhecendo melhor tudo o que move este esporte que virou um grande (e muitas vezes escuso) negócio - justamente porque move paixões exacerbadas -, e observando bem colegas, amigos, conhecidos e até desconhecidos, fui tomando maior consciência do que significava aquele vazio em mim nos grandes momentos de glória do meu time: eu não havia conquistado nada. Esta talvez seja a...

ESTILHAÇOS 17

Atordoado com dias tão surpreendentemente iguais em suas pequenas diversidades - e adversidades -, passados veloz-lentamente como se fossem aviões, andorinhas ou pardais, sem qualquer boa novidade para receber ou contar, eu me recolho ao pasmado passado espremido em minha mente sombria e em meu peito, apertado. E só aí me dou conta de dias atrás, mas num instante agora, que minha única saída é voltar aonde nunca estive e sempre apreciei tanto. Agora, mesmo que seja depois. Mas tem de ser agora. Agora quando? Veja também: Estilhaços

ARIANO SUASSUNA E A GUITARRA

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Foto da revista Veja Após assistir na internet ao programa Conversa com Bial do último dia 16, quando o apresentador da TV Globo fez uma homenagem aos 90 anos de nascimento de Ariano Suassuna, entrevistando o diretor de TV e cinema Guel Arraes, o diretor e ator Luiz Carlos Vasconcelos e o jornalista Gerson Camarotti, é que me dei conta de que o grande intelectual e artista pernambucano nascido na Paraíba seria o único a ter autoridade para fazer uma marcha contra a guitarra. Seria a passeata de um homem só (mas muito poderoso, no bom sentido da palavra). Pela sua conduta de vida inteira, só ele não pareceria ridículo, como o jornalista e compositor Sergio Cabral admitiu ter sido em entrevista, anos depois. Abre parênteses: para quem não sabe, no dia 17 de julho de 1967 - portanto em plena ditadura militar -, artistas e intelectuais resolveram protestar contra a guitarra elétrica numa passeata pelas ruas de São Paulo. Muitos dos artistas que lá estiveram depois passaram a usar e ...

PENSO, LOGO SINTO 30

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É árdua, dolorosa, porém imprescindível, a tarefa de tornar as pequenas vitórias do dia-a-dia maiores do que as gigantescas e dilacerantes derrotas da vida. Ilustração copiada deste link: http://andersonalsan.blogspot.com.br/2014/04/rosa-no-deserto.html Veja também: Estilhaços 11 Penso, logo sinto 14 Gasolina no incêndio 11 Esquizofrenia

PENSO, LOGO SINTO 29

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A saída para a Humanidade não está à direita, nem à esquerda, tampouco ao centro. Todas estas portas foram trancafiadas, emperradas pela ação do tempo. A única solução para o ser humano é elevar-se, despindo-se completamente de seus ódios, suas mágoas, seus ressentimentos, suas mesquinharias e as certezas absolutas. Veja também:   Estilhaços 16 Questão Em Questão 4 Gasolina no incêndio 13 Penso, logo sinto 15

NOVE MEIAS-VERDADES E UMA MENTIRA E MEIA

"Eu vô batê pá tu batê pá tu, pá tu batê" nove meias-verdades e uma mentira e meia (escolha a sua. Não precisa adivinhar a minha, eu digo logo: é a 5): 1- "É preciso saber viver" 2- "Soy loco por ti, América. Soy loco por ti de amores" 3- "Eu te amo, meu Brasil, eu te amo" 4- "Ando meio desligado, eu nem sinto os meus pés no chão" 5- "Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil" 6- "O amor é um grande laço, um passo pruma armadilha" 7- " Não existe pecado no lado de baixo do Equador" 8- "Viva, viva, viva a Sociedade Alternativa" 9- "Malandro é malandro, mané é mané" 10- "Se alguém por mim perguntar, diga que eu só vou voltar, depois que eu me encontrar". Veja também: "Jogada de Música" está na área Que me diz você?

A PREMONIÇÃO LITERÁRIA DE UM CRIME NO FUTEBOL

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No último domingo foi ao ar, no quadro Jogada de Música do programa da Rádio Globo Panorama Esportivo do Pop Bola, uma das boas surpresas que tive na pesquisa que estou realizando desde o fim de 2015 sobre a História do futebol brasileiro e as músicas que ajudam a contá-la: o roubo da Taça Jules Rimet foi profetizado pelo escritor mineiro Henrique Pongetti quase 20 anos antes do crime ocorrido na noite de 19 de dezembro de 1983. Porém, Pongetti nem pôde saber disso, pois faleceu em 1979, aos 81 anos de idade.  A premonição literária foi registrada no conto “O roubo da Taça Jules Rimet” publicado originalmente em 1964 no livro “Inverno em Biquíni”, e relata em primeira pessoa um estranho sonho, no qual o troféu, que só seria conquistado em definitivo pelo Brasil em 1970, teria desaparecido da sede da então CBD, que se tornaria CBF no fim dos anos 70. Depois de fracassadas todas as investigações policiais e a decisão da Fifa de punir a seleção brasileira com a exclusão das tr...