terça-feira, 31 de maio de 2022

MÚSICA PRA VIAGEM: PEGANDO LEVE

Conheci O Terno por intermédio de Tim Bernardes. E fui apresentado a ele, há uns dois anos, por uma sugestão de alguém ou do próprio YouTube, já não me recordo, para ouvir, ver, a surpreendente mistura de Black Sabbath com Belchior que ele apresentou no programa "Cultura Livre", da TV Cultura. O que ele faz com piano e voz em "Changes" (Geezer Butler, Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Bill Ward), e "Paralelas" (Belchior), como se fosse uma música só, me arrebatou de primeira. Daí para ir em busca de mais trabalhos e entrevistas e informações foi menos que um pulo. Portanto, ficar sabendo do grupo era inevitável. Gostar, ainda mais.

Alguém pode perguntar, então: por que "Pegando Leve" e não outra, "Recomeçar", por exemplo? Primeiro, porque é mais do que merecida, como seria a outra citada, mas esta retrata muito bem em sua letra nossos caóticos dias numa melodia muito, muito bonita. Segundo, porque ela entrou de surpresa na trilha sonora do nosso (meu e de minha mulher) sábado à noite, quando o tema de nossa conversa era justamente do que trata a letra, especialmente aqui: "Eu tô pegando leve, tentando descansar, meu nível de estresse ainda vai me matar". Curtaê, vale muito.   


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domingo, 29 de maio de 2022

OLHARES ALHURES - FOTOS #96: PARQUE DO CARACOL














Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 22 de abril de 2022, no Parque Estadual do Caracol, em Canela (RS).

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terça-feira, 24 de maio de 2022

MÚSICA PRA VIAGEM: NOTURNO

Quando foi lançada, quase todo mundo que eu conhecia achava que o nome desta música era "Coração alado", até por causa da novela que era aberta com versos avassaladores na voz marcante de Fagner, lá no fim dos anos 70. Mas fui descobrir um tempinho depois, quando na casa de um amigo ouvi muitas e muitas vezes o disco "Beleza", de 1979, que o nome verdadeiro é Noturno. E só agora, quando fui escrever este texto é que soube que ela foi composta pelos irmãos Graco e Caio Silvio. Num país que dá pouco valor aos compositores, a não ser que sejam também cantores, ainda assim nem sempre, embarquei na ignorância por cerca de 43 anos.

"Beleza", que eu nem sabia também que tinha este nome (eu me recordava apenas da capa), é já o quinto álbum da carreira repleta de sucessos de Fagner. O cearense de Orós, pertencente ao Pessoal do Ceará, do qual o grande Belchior fez parte, gravou muitas músicas antes que caíram no meu gosto de criança noveleira e apaixonada por rádio que eu era. E "Noturno" foi uma das principais. Vamos ouvi-la novamente? 

"Aaaaaaaaaah, coração alaaaaado..."   


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domingo, 15 de maio de 2022

sexta-feira, 13 de maio de 2022

MÚSICA PRA VIAGEM: FEITO MISTÉRIO

Esta é daquelas que canto sempre em casa, embora a letra completa eu nunca consiga decorar. "Então, senti que o resumo é de cada um, que todo mundo deságua em lugar comum..." e depois vem um laialálálá até "quando desespero vejo muito mais. Esta canção me rói feito um mistério, essa tristeza dóóóóiiii, meu fingimento é sério...". Aqui, nesta série não tão frequente quanto eu gostaria, o Boca Livre certamente também vai aparecer muitas e muitas vezes, tantas são suas obras-primas, de própria autoria ou cantoria. 

É uma experiência fascinante ouvi-los, desde os tempos em que Claudio Nucci fazia parte do grupo, posteriormente substituído à altura por Lourenço Baeta. O lamentável foi o grupo ter chegado praticamente ao fim com as saídas de Zé Renato, Lourenço Baeta e David Tygel por divergências políticas com Maurício Maestro, detentor do nome do grupo. 

Mas o papo aqui é "Feito mistério", de Lourenço Baeta, que não fazia parte do grupo ainda quando a música foi gravada, e o poeta Cacaso. Desta feita também resolvi apresentar duas versões: uma ao vivo, com a participação de Rodrigo Maranhão, e outra na gravação original do LP de estreia do grupo, lançado em 1979, e que tinha em minha coleção quando morava no Rio de Janeiro. 

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terça-feira, 10 de maio de 2022

A INCRÍVEL HISTÓRIA DE UM LIVRO E SEU AUTOR

Na última quarta-feira, 4 de maio, em Teresina, um evento na OAB do Piauí marcou o relançamento do livro "O Piauí no futebol", obra de Carlos Said, conhecido como O Magro de Aço, jornalista e radialista que completou 91 anos de idade em janeiro. Como prova de que seu apelido não é em vão, quatro dias antes havia entrado em campo ao lado dos filhos, foi aplaudidíssimo pelo público presente ao estádio Lindolfo Monteiro, teve seu nome gritado pelos torcedores e ainda comentou o primeiro tempo da final do Campeonato Piauiense deste ano, entre Parnahyba e Fluminense-PI, para a Rádio Cidade Verde. O Fluminense perdeu o segundo jogo, mas conquistou o seu primeiro título estadual, levando para casa a Taça Carlos Said.

O relançamento do livro, publicado originalmente há 56 anos, foi uma merecidíssima homenagem ao Sr. Said. E tenho muito orgulho de ter dado o pontapé inicial, mesmo que involuntariamente, deste projeto e podido contar a história desta minha participação num dos prefácios da obra. 

Carlos Said e Fernando Gustav no lançamento do livro "O Piauí no futebol"

Na verdade, tudo começou com meu avô Thomé, que passou a bola (ou melhor, o livro) para mim, provavelmente nos anos 80, e eu toquei para o meu amigo e parceiro Fernando Gustav, que brilhantemente concluiu a gol com o auxílio luxuoso de Gustavo Said, seus irmãos Fernando, Claudio, Soraya e Rochele e demais familiares do Magro de Aço. Uma viagem no tempo e no espaço que conto numa das primeiras páginas do livro e tomo a liberdade de reproduzir abaixo.

As voltas que o mundo dá  

As extraordinárias voltas que o mundo dá. Bem poderia ser este o título deste relato. Como poderia eu imaginar que um livro guardado há tantos anos, com tanto afeto, com um valor sentimental tão forte para mim, pudesse me ligar a uma terra tão distante, onde sequer tive o prazer de passar perto, por intermédio de meu saudoso avô materno, Thomé de Souza Lamas, 35 anos após seu falecimento. Lamas, como foi chamado desde os tempos em que defendia o Bonsucesso, dos 15 aos 18 anos, na longínqua década de 30, ganhou o livro original numa de suas muitas viagens ao Nordeste do próprio Carlos Said, que escreveu uma dedicatória carinhosa e o autografou, pouco mais de cem dias antes de eu nascer.

O meu avô conhecia bem a minha paixão pelo futebol, tanto que me levou em muitos domingos de manhã à Rua Bariri para assistir a jogos do seu Olaria do coração nos anos 70. Dele, herdo o sobrenome que uso profissionalmente junto ao meu nome desde que comecei a trabalhar como jornalista, no fim dos anos 80. Provavelmente foi no início daquela década que ele me deu o livro, e o guardei com o máximo carinho, ainda mais depois que ele se despediu deste mundo, 13 dias após o seu aniversário, em 25 de outubro de 1985.

Pois bem, 34 anos depois, venho eu morar em Florianópolis, terra ainda mais distante de Teresina. Ao ser convidado por Sérgio Pugliese a fazer entrevistas com ex-jogadores de futebol que moram em Santa Catarina para o site e canal Museu da Pelada, na busca por um cinegrafista, uma jornalista me indicou Fernando Gustav, a quem ela não chegou a conhecer pessoalmente. Posteriormente, logo em nossas primeiras jornadas, vim saber que ele é piauiense, havia morado muitos anos no Rio de Janeiro e trabalhou na mesma faculdade em que minha filha, Luísa, se formou.

Porém, as conexões não pararam aí porque, durante os muitos encontros profissionais e pessoais que tivemos, comentei com ele deste livro e ele logo quis emprestado. Na primeira oportunidade em que veio à minha casa, Fernando o levou, provavelmente já maquinando uma surpresa. E aí está, esta nova edição de O Piauí no Futebol, proporcionada por esta grande viagem no tempo e no espaço, urdida pelos mundos visível, palpável e invisível, espiritual para quem crê. Graças a tudo isto, tive a felicidade deste grande encontro com meu amigo Fernandão e ver, por sua iniciativa, o renascer desta obra.

Minha mais profunda e respeitosa saudação a Carlos Said e toda a sua família, que ainda não tive a honra de conhecer pessoalmente, e toda a minha gratidão e amor, mais uma vez e sempre, ao meu inesquecível avô Thomé.

"Ao Senhor Thomé de Souza Lamas, o afeto do amigo que fazendo parte da família Said, vê no homem a honestidade e o esforço a serviço de uma conceituada firma, a Lanston do Brasil SA.
Carlos Said, em 06 04 1966"

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