quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

MÚSICA PRA VIAGEM: ALEGRE MENINA

Apesar de ser uma música que me remete à minha infância e da qual gosto muito, "Alegre Menina" é daquelas que ouvi poucas vezes na vida depois que fez parte da trilha sonora da novela "Gabriela", da TV Globo, em 1975. Tanto que nem sabia que a gravação original tinha sido feita por Djavan, que só passei a conhecer uns três ou quatro anos depois, e achava que a composição era de Dorival Caymmi. Nesta não errei tão longe, pois é de seu filho Dori, que musicou brilhantemente um belo poema de Jorge Amado.

Além de Djavan e Dori, que a gravou posteriormente, no álbum "Dori Caymmi", de 1980, outros cantores famosos emprestaram sua voz para interpretar a "Alegre Menina". Entre eles Claudio Nucci, Roberto Frejat, Mart'nália, Margareth Menezes, Xande de Pilares e Edu Lobo e Marcos Valle juntamente com o compositor da música. 

Para apresentá-la aqui, escolhi a versão original, porque é ela que me leva aos tempos em que tinha meus 8, 9 anos de idade. Um tempo em que assistia a quase todas as novelas. Curta aí abaixo:


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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

PAULO SOUSA COMEÇA ONDE JORGE JESUS TERMINOU: PELA RASTEIRA

Jorge Jesus. Foto: divulgação
Sem querer entrar no mérito de quem era o treinador ideal para assumir o lugar do praieiro Renato Gaúcho no comando técnico do futebol rubro-negro, vejo com maus olhos a chegada de Paulo Sousa ao Flamengo. E pelo mesmo motivo que não desejava a volta de Jorge Jesus, embora como flamenguista tenha muito a agradecê-lo. A palavra para sintetizar o motivo deste texto é um artigo cada vez mais raro em nossa gigantesca terra natal e, pelo visto, ao menos entre técnicos de futebol, na terrinha também: ética.

Jorge Jesus deixou o Flamengo a ver navios quando acabara de renovar seu contrato com o clube, em meados de 2020, para assumir o Benfica. Nada demais escolher seu caminho profissional, mas há de se ter um mínimo de compromisso e respeito por aqueles que o louvaram merecidamente por todo trabalho feito e as conquistas levantadas com a ajuda primordial dos jogadores. Rescindiu o contrato novinho em folha, deu às costas ao Flamengo e voltou para sua terra para ser, algum tempo depois, vaiado e xingado pelos benfiquistas. Quer saber? Bem feito.

Parece que agora, fazendo o jogo do gato e rato, não disse sim, nem não para a rasteira que pretendiam dar nos dirigentes do Benfica os rubro-negros (entre eles um vereador carioca eleito no oba-oba de 2019 que parece pouco afeito ao trabalho na Câmara. Isso seria outro papo, caso o tema em campo fosse outro por aqui) . E, pelo que foi noticiado, JJ ficou amuado quando soube que o Flamengo decidiu não esperar por sua decisão e escolheu voltar da viagem a Portugal com o ex-meia da Juve de Turim, a Velha Senhora. Quer saber? Bem feito, mais uma vez.

Paulo Sousa. Foto: divulgação
Por outro lado, para acertar com o Flamengo, o que fez Paulo Sousa? Deu uma senhora rasteira nos poloneses, abandonando o barco em pleno movimento em direção à repescagem para a Copa no Catar contra os russos. E isso depois de direcioná-lo para uma tormenta na Eurocopa, quando a nau polonesa de Lewandowski afundou logo na primeira fase da competição, ficando em último lugar em seu grupo. Os dirigentes da Federação Polonesa  mantiveram o timoneiro, mas com a grana do novo rico carioca, deu adeus sem mais, nem menos. "Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar..." poderia até cantarolar, caso conheça o belo samba de Paulinho da Viola e Hermínio Belo de Carvalho. Já se sabe que deixou Lewa, Boniek, que o contratou, e o atual presidente da Federação polonesa decepcionados, para dizer o mínimo. E chamado de desertor por um jornal local, não deve ter deixado muitos amigos no país. Até porque não tinha nenhum polonês em sua comissão técnica. Vai ser difícil quando tiver de voltar lá. Quando ocorrer, será bem feito.

Agora que se cuidem os dirigentes cariocas metidos a malandros, que já deram demonstrações de passa-perna na ética algumas vezes, porque se Paulo Sousa fez isso com a seleção polonesa - e pelo visto tinha já deixado o Bordeaux no meio da rota - não será surpresa se aprontar o mesmo com o Flamengo. Quer saber? Vou lamentar muito, sou flamenguista e torço pelo sucesso do time, mas mal feito não será. Bem feito é que será. Ah, será.

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domingo, 26 de dezembro de 2021

OLHARES ALHURES - FOTOS #61: FAMÍLIA REUNIDA NA PRAIA




Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 20 de dezembro de 2021, na Praia do Assis, em Coqueiros, bairro da parte continental de Florianópolis. 

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sábado, 25 de dezembro de 2021

OLHARES ALHURES - FOTOS #60: ÁRVORES GRAJAUENSES




Fotos de Eduardo Lamas, feitas em 12 de dezembro de 2021, no Grajaú, zona Norte do Rio de Janeiro.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

JOGO DE PALAVRAS

Muito do que ao coração escapa, a mente capta.

Ilustração copiada do blog ILCoaching 

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

PAPO NO GERALDINOS DE ARENA

A convite de Marcello Figueiredo, tive o grande prazer de participar ontem (21/12) da live do Geraldinos de Arena. Um bate-papo divertido, com a apresentação de Leandro Carvalho e a presença do próprio Marcello (Domingone), Charles Madeira, Edson Monerat, Felipe Souza e Álvaro Falcão. 

Além de falar sobre o futebol brasileiro atual e do passado, em especial do carioca, de minha carreira de jornalista e escritor, em especial das entrevistas para o Museu da Pelada, o livro Contos da Bola e o projeto Jogada de Música, fui surpreendido com depoimentos e perguntas de três grandes amigos que o trabalho me deu: Alexandre Araújo, Sérgio Pugliese e Fernando Gustav (a partir de 1h35min04 no vídeo). 

Fiquei verdadeiramente emocionado e só tenho a agradecer pelo carinho com que fui tratado tanto pelos Geraldinos de Arena, como por esses amigos do peito.

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Assista ao papo abaixo


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domingo, 19 de dezembro de 2021

sábado, 18 de dezembro de 2021

OLHARES ALHURES - FOTOS #58: COSME VELHO 2







Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 10 de dezembro de 2021, no Cosme Velho, bairro da Zona Sul carioca.

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

FUTEBOL: O MUNDO GIRA, A BOLA ROLA

Se fizermos uma lista dos 500 melhores jogadores de futebol do mundo na atualidade, certamente uns 90, 95% deles seriam de atletas de times europeus. Uns poucos pela China e, talvez, EUA e Japão. Quantos que atuam em clubes brasileiros, argentinos e uruguaios, países que conquistaram ao todo 9 copas do mundo, estariam nela? Acho que não chegariam a 10.

Há uma tese desde a década de 90, quando começou mais intensamente esta debandada de jovens jogadores brasileiros para a Europa, principalmente, que isso daria mais experiência, força física e noções táticas a eles, o que beneficiaria a seleção brasileira. Isto pode até ter sido verdade num primeiro momento, mas a verdade é que esta massa de jovens talentos contratados por clubes europeus, alguns nem tão poderosos assim, não só da América Latina, mas também da África, beneficiou muito mais as crianças e os jovens europeus.

Com grandes atletas das mais diferentes nacionalidades e estilos atuando em seus campos, o jogador europeu ganhou muito em alguns aspectos, e o número de interessados em futebol entre crianças e adolescentes na Europa certamente cresceu.  Aqui, no Brasil, pesquisas comprovam, diminuiu e muito. Cada vez que sai uma pesquisa sobre torcedores aqui no Brasil eu corro os olhos não para saber se a diferença entre Flamengo e Corinthians diminuiu ou aumentou, mas para ver quantos desinteressados e sem clubes existem. E os números só crescem.

Como só aumentam também os que torcem apenas para clubes ingleses e espanhóis, principalmente, grande parte entre crianças e jovens. Há na zona Norte do Rio de Janeiro, por exemplo, uma torcida do Chelsea, que nem é dos maiores clubes europeus. Esses rapazes se reúnem num shopping de um subúrbio carioca sempre num bar com TV para assistir e torcer pelos Blues.

Acrescente-se a isso, a onda migratória pelas guerras civis africanas, que tantos problemas políticos e sociais vêm causando há décadas, mas que vão enchendo de garotos com ascendência africana bons de bola na Alemanha, na Inglaterra, na França, na Espanha etc. 

Falo do futebol, mas com a vertiginosa decadência moral e ética, que é a mãe de todas as crises eternas do Brasil, quantas de nossas melhores cabeças em todas as áreas de atuação não abandonaram o país nos últimos anos? Se viramos desde a década de 90 grandes exportadores de pé de obra, como bem define Juca Kfouri, nos últimos anos nos tornamos exportadores de nossos melhores profissionais. Sejam médicos, professores, artistas, engenheiros, cientistas.

Nas décadas de 30 e 40, fugindo da perseguição nazista, da guerra civil espanhola e posteriormente da Segunda Guerra, muitos dos melhores artistas, médicos, professores, engenheiros, cientistas se exilaram em países das Américas, em especial Estados Unidos, México e Brasil. As tragédias na Europa nos trouxeram, entre muitos outros, Ziembinski, Clarice Lispector, Stefan Zweig, por exemplo. Essa leva imensa de europeus, que se juntaram a japoneses e outros durante toda a primeira metade do século XX, tiveram grande influência em áreas como a econômica, social e, principalmente, cultural.

Mais recentemente surgiram por aqui muitos refugiados da África, Ásia e Américas (em especial haitianos e venezuelanos). O mundo vai girando e, quem sabe, pessoas brilhantes desses países consigam suprir a debandada de brasileiros nos últimos anos, principalmente para Portugal. Quem sabe? 

No mundo da bola, por enquanto, vejo que na balança comercial até há maiores lucros, com alguns clubes grandes e médios sendo geridos com mais responsabilidade. Na balança de talentos, no entanto, há muito mais déficit do que superávit já há décadas. Mas a bola continua rolando.

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domingo, 12 de dezembro de 2021

OLHARES ALHURES - FOTOS #57: COSME VELHO 1

 







Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 10 de dezembro de 2021, no Cosme Velho, bairro carioca da Zona Sul.

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sábado, 11 de dezembro de 2021