domingo, 31 de outubro de 2010

A SUPREMA FELICIDADE É VER MARCO NANINI

"A Suprema Felicidade", de Arnaldo Jabor, é um filme maravilhoso? Não, não é, e seria exigir demais de um diretor que não filmava há 24 anos (o último havia sido o ótimo "Eu Sei que Vou Te Amar", de 1986, com Fernanda Torres e o falecido Thales Pan Chacon). Mas vale o ingresso, principalmente pela atuação exuberante de Marco Nanini, que vive o músico Noel, um personagem inesquecível, e algumas cenas esplêndidas.

O roteiro avança e recua no tempo, o que é um recurso bastante válido para se contar uma história simples, passada no Rio das décadas de 40 e 50, uma cidade que já foi assassinada há muitos anos, não existe, nem existirá mais. No entanto, o filme me pareceu mais uma colagem, com pelo menos cinco cenas belíssimas, outras que poderiam ter ficado melhores e mais algumas poucas menores ou dispensáveis.

Uma cena que considerei ter sido bem idealizada, mas que poderia ter ficado melhor, tem clara referência (e reverência?) a Federico Fellini: a das putas da Vila Mimosa. E reduziria um pouco às das lamentações da reprimida mãe de Paulinho, vivida pela boa atriz Mariana Lima. Por outro lado, Dan Stulbach, que faz o pai do garoto, já fez trabalhos bem melhores.

Três cenas me comoveram especialmente: a do carnaval de rua logo no início do filme, a transa de Paulinho (vivido pelo ator Jaime Matarazzo) com a dançarina Marilyn (Tammy di Calafiori) e toda a cena final, com Marco Nanini, em seu Noel, dançando cambaleante pelas ruas daquele Rio de Janeiro.

Nanini dá um espetáculo à parte e só ele já valeria o ingresso. O ator encarna bem o seu personagem: "A vida gosta de quem gosta dela".

Veja também:
tudo o que foi publicado em novembro de 2009

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MARADONA CINQÜENTÃO

Seis belgas na caça - em vão - ao
10 na semifinal da Copa de 86
De El Pibe, com sua vasta barba grisalha para esconder a cicatriz deixada pela mordida de um cachorro que cria em sua mansão, Diego Armando Maradona já não tem mais nada. Mas foi com um futebol de espírito alegre como o de um menino e a genialidade dos grandes craques que o atarracado Maradona deixou seu nome marcado entre os maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
Os aspectos tristes de sua biografia merecem ser deixados de lado nesta data, pois agora, neste sábado, dia 30, o senhor Maradona se tornará um cinqüentão. Parece que deseja seguir a carreira de técnico, mesmo depois da frustrada campanha com a seleção argentina na última Copa do Mundo. Por mais que faça como treinador, porém, é com a arte que desenhou nos gramados do mundo com sua perna esquerda que ele será sempre lembrado.
Não tenho o menor apreço pelo seu gol trapaceiro que tanta fama faz, mais pelo fato de ele ser ótimo frasista (como Romário) do que propriamente pelo feito em si. Gol com a mão não vale, e aquele contra a Inglaterra que ele disse ter sido feito com a mão de Deus, no meu modo de entender foi feito com a ponta de uma das pontas do tridente do Diabo.
Prefiro crer que o segundo que ele marcou naquele mesmo jogo pelas quartas de final da Copa do Mundo no México, em 1986, valeu por dois. Aliás, valeu por 50. Valeria por toda a sua carreira, se só tivesse feito aquele que já foi eleito o mais bonito de todos os tempos. Mas ele fez bem mais. Bem mais.


Veja também:
Parabéns, Dejan Petkovic
Ganso, o Mestre-Sala da Vila
Beckenbauer, A Elegância do "Kaiser"
O Teatro e o Futebol
Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GARRINCHA, 77

Cinco dias após Pelé, com quem fez a maior e mais vitoriosa parceria de ataque de todos os tempos, Manoel Francisco dos Santos, muito mais conhecido como Garrincha, também fazia aniversário. E ele completaria neste 28 de outubro 77 anos, uma idade bastante simbólica, pois une duas vezes o número que o consagrou, tanto com a camisa do Botafogo, como com a da seleção brasileira. Ele ainda jogou por Flamengo, Corinthians e Olaria, mas já sem o mesmo brilho.
O Anjo das Pernas Tortas, a Alegria do Povo, seja lá como fosse chamado, Garrincha brilhou por poucos anos - atesta Ruy Castro, biógrafo do livro "Estrela Solitária: um Brasileiro Chamado Garrincha" - mas com uma intensidade tão grande que foi o suficiente para ajudar muito o Brasil a conquistar o bicampeonato mundial, em 1958, quando começou como reserva de Joel, do Flamengo, e enfileirou "joões" na Suécia, e em 62, quando tomou a responsabilidade por comandar a seleção que perdera Pelé no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, mesmo adversário da final no Chile.
Em importância para o futebol brasileiro no mundo, Garrincha só perde para Pelé. E isso não é demérito, pois juntos jamais saíram de campo derrotados pela seleção brasileira. Os dribles desconcertantes de Mané Garrincha inspiraram muitos pontas, mas hoje eles estão praticamente extintos. Fazem muita falta ao futebol, os pontas e as suas criativas fintas.
Abaixo, uma entrevista e dribles e gols de Mané, ao som de "Preciso Me Encontrar", de Candeia, com a voz inconfundível de outro gênio: Cartola.

Veja também: Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro
Parabéns, Dejan Petkovic
Ganso, o Mestre-Sala da Vila Belmiro
Os Maiores Jogos de Todos os Tempos 3 (Alemanha Ocidental 1 x 2 Brasil)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PELÉ, SÓ ELE

Foto de Luiz Paulo Machado para a revista Placar

No próximo sábado Pelé completará 70 anos de idade e as homenagens, que já começaram, serão inúmeras no mundo inteiro. Por isso, não vou me estender muito ao falar do Atleta do Século XX, o Rei do Futebol, que com técnica inigualável e um preparo físico que estava a anos-luz dos demais colegas de profissão de sua época foi o principal jogador a elevar o futebol ao patamar de arte.

Tudo o que se falar do jogador Pelé será pouco pelo que ele representa até hoje para o Brasil no mundo inteiro. Nenhum outro brasileiro é tão (re)conhecido como ele no exterior e seus gols e jogadas que ficaram registradas por câmeras de TV e cinema são mostradas diversas vezes nos mais variados cantos do planeta, principalmente quando se fala em Santos, Seleção Brasileira e Copa do Mundo.

Veja também:
Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro
Parabéns, Dejan Petkovic
Garrincha, 77


Maradona, que foi sim um gênio da bola, pode estrebuchar até depois que adentrar seu túmulo e ou virar cinzas, mas igual a Pelé não houve e, ouso dizer, jamais haverá. Classificar o que Pelé foi em campo é perda de tempo, não há um nome em língua alguma que possa descrever o que esse homem fez nos 21 anos de carreira nos gramados com a bola nos pés, na cabeça, no peito, nos ombros, nas coxas, e até mesmo sem tocar nela. Basta se informar e pesquisar um pouquinho para se constatar isso tudo.

Fique abaixo com 20 gols do dono da bola e curta um pouco do que representa Pelé para o futebol, e por que são quase sinônimos:


Obs.: a foto acima foi feita em 6/10/1976, no jogo Seleção Brasileira 0 x 2 Flamengo, no Maracanã, com renda destinada à família de Geraldo, meia rubro-negro falecido dois meses antes.



Veja também:
Ademir da Guia, o Divino
Os Maiores Jogos de Todos os Tempos 9 (Brasil 2 x 2 Alemanha Ocidental)
"Contos da Bola" em promoção imperdível

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

FRAGMENTOS DO DESEJO, UM BELO ESPETÁCULO


Para quem mora no Rio ainda dá tempo, pouco, mas dá: vai até domingo, dia 24/10, a apresentação do belo e cuidadoso espetáculo Fragmentos do Desejo, da companhia franco-brasileira Dos a Deux, no Centro Cultural Banco do Brasil. E melhor, por um preço que posso considerar gratuito tamanha a qualidade do que se vê e se sente: apenas R$ 10,00. Para quem é de Brasília, prepare-se: a partir do dia 28, ele estará no CCBB daí.
Fragmentos do Desejo é muito mais do que uma peça de teatro, é também dança, mas como bem avisa o programa da peça, sem coreografias. Quase não há palavras faladas, basicamente são os gestos e expressões faciais e corporais dos atores o "texto" da peça. Há vários momentos comoventes e muito bem executados no espetáculo - a trilha sonora, a iluminação e o cenário são sublimes - mas vou destacar dois que mais me chamaram a atenção: o balé da solidão do filho que tenta e não consegue um entendimento com o pai, e o do cinema, no qual se usa com maestria os recursos tecnológicos extra-teatrais.
A companhia foi muito feliz na sua realização, e dá pra perceber o quanto de trabalho foi preciso para se chegar ao palco e levá-lo ao público. Espetáculo do mais alto nível como esse, com o preço que o CCBB cobra, merece ser visto e apreciado por muito mais gente que a sala lotada do Teatro I, como certamente vem ocorrendo nesta temporada.
Veja também:
Oferenda (ou Canção de um Ser Dilacerado)
Tardes de Outono
O Caminhante

sábado, 16 de outubro de 2010

O GRANDE DITADOR, UMA OBRA-PRIMA DE 70 ANOS

Lançado em 15 de outubro de 1940, no primeiro ano da Segunda Guera Mundial, o filme "O Grande Ditador", foi um libelo de paz que o gênio de Charles Chaplin transformou em comédia. Os 70 anos desta obra poderia gerar mais discursos pacifistas como o do fim do filme, mas o que aí está, neste vídeo abaixo, já é suficiente. Suficiente para mostrar que de um modo geral a humanidade ainda continua babando de ganância, ávida por acúmulo cada vez maior de bens e poder. O entendimento entre os homens ainda está muito longe de acontecer, muito mais de 70 anos precisarão, se é que algum dia isso será possível na Terra.

Portanto, muito mais que o discurso final do primeiro filme falado de Chaplin e do sarcasmo crítico ao gigantesco ditador da época e a todos de todas as épocas, gostaria de valorizar outro lado do filme: o artístico. A cena mais bela - e por isso mesmo mais estranha, já que representa o sonho perverso de um homem na sua obsessão de dominar o mundo - é a dança do personagem Adenoid Hynkel (Chaplin) com o globo terrestre. É algo para se ver e rever muitas vezes.
Por isso, fiz questão de postar o vídeo aqui abaixo. Aproveite, não deixe de assistir, mas também não se esqueça: Hitler não tomou o poder à força (embora tenha tentado, chegando a ser preso por isso, em 1923), ele foi presidente da Alemanha, amado pelo seu povo, graças à maciça votação que o Partido Nazista ganhou em 1932.

Veja também: O Outro Ovo da Serpente

domingo, 10 de outubro de 2010

ÂNGELO, UMA VÍTIMA DA CRUELDADE EM CAMPO

Engana-se muito quem imagina ser o futebol atual mais violento do que "antigamente". Sempre houve em campos jogadores maldosos, cruéis, a caçar os mais talentosos com bordoadas e o mais variado repertório de violência. Já houve nos gramados brasileiros (mais esburacados antes do que hoje, muito mais) versões tão ou mais maldosas que Felipe Mello e esse holandês De Jong. Ângelo, meia do Atlético Mineiro na década de 70, bem poderia dizer se ainda vivo fosse.

O lance de que foi vítima, na final do Campeonato Brasileiro de 1977 entre Atlético e São Paulo, é uma das mais tristes lembranças ds meus primeiros anos de torcedor de futebol. Junta-se a notícias ainda mais dolorosas, como as mortes do ponta-direita Roberto Batata, do Cruzeiro, e do meia Geraldo, do Flamengo, ambos falecidos no auge de suas promissoras carreiras.

Pesquisei muito e consegui achar no youtube as imagens nada belas da entrada violentíssima de Neca no joelho de Ângelo (a título de comparação, a perna do atleticano fez o mesmo movimento para trás que a de Zico na entrada de Marcio Nunes, do Bangu, em 1985) e depois, mais cruel ainda, o pisão do também falecido Chicão na perna do meia, que engatinhava para a lateral, desnorteado de dor, à procura de ajuda médica.

Veja também: 
Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro
"Contos da Bola", quem lê recomenda
A ética no futebol


O árbitro da partida era Arnaldo Cezar Coelho, que só deu um cartão amarelo no lance. Hoje como comentarista de arbitragem tenho certeza que, vendo lance semelhante acontecer, criticaria duramente a atitude do árbitro. Já o pisão de Chicão ele realmente não viu, pois no mesmo momento estava de costas mostrando o cartão para Neca, que merecia vermelho e uma pesada suspensão.



Mais inacreditável é saber que meses depois (a decisão foi só em março de 1978), o volante são-paulino ganharia como prêmio a convocação para a Copa da Argentina por Claudio Coutinho, que preferiu deixar no Brasil simplesmente Paulo Roberto Falcão. Além disso, em 1980, o mesmo Atlético Mineiro que foi vítima do volante são-paulino o contratou.

Clicaê quem curte esportes!


Para quem quiser ver as imagens até para discordar de mim, dizer que estou exagerando, tudo aconteceu no finzinho da prorrogação e está no minuto 04'55 deste vídeo abaixo. E quem se interessar em saber mais um pouco mais sobre a carreira do talentoso camisa 8 do Galo é só clicar aqui.


Clique aqui e fique na cara do gol

Obs.: as fotos foram retiradas do site WebGalo.

Veja também: 
Os Maiores Jogos de Todos os Tempos 12
Sobre os nossos 4 maiores craques do fim dos 70 e início dos 80
Beckenbauer, a Elegância do "Kaiser

sábado, 9 de outubro de 2010

JOHN LENNON, 70 ANOS

Admito que não sou dos maiores fãs de John Lennon e principalmente da primeira fase dos Beatles, que vai até o - aí sim! - encontro de Lennon com Bob Dylan, em meados dos anos 60. A partir daí, o conjunto das músicas da banda de Liverpool melhorou consideravelmente. Embora tenha assistido a um ótimo show de Paul McCartney no Maracanã nos anos 90, na verdade, dos Fab Four eu gosto mesmo é do George Harrison, que merecerá aqui também uma homenagem em breve.
Mas o "cara ciumento" da música aí abaixo, que nasceu no dia 9 de outubro de 1940, não podia ser esquecido e merece sim muitas homenagens, apesar da chatíssima Yoko Ono, que - gosto não se discute? - ele tanto demonstrou amar.
Por falar em ciúmes, já sentiu algum hoje? Ou reviveu algum marcante ao simples ler da palavra aí acima? A posse destrói qualquer relação, cuide-se.

Veja também: Nina Simone, a Sacerdotisa do Jazz
Villa-Lobos, o Pai da MPB

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O ILIMITADO ABUSO DO HOMEM

A maré vermelha que tomou conta da Hungria já chegou ao Danúbio e a Europa está à beira de mais uma catástrofe ambiental, já que o segundo maior rio do continente banha mais seis países (Croácia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Ucrânia e Moldávia). A lama tóxica que sangrou de uma fábrica de alumínio e já matou quatro pessoas e inúmeros seres vivos pode se espalhar ainda mais agora. A previsão do governo húngaro de um ano para a limpeza total dos vilarejos atingidos pode se estender e muito, porque a correnteza fará a substância tóxica e corrosiva chegar a outros países. Mais uma irresponsabilidade do homem, pela sua incomensurável ganância, vai destruindo a vida do planeta.


Há poucos meses foi o vazamento de petróleo no Golfo do México, o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. De abril a agosto vazaram diariamente entre 35 mil e 60 mil barris de petróleo do duto danificado da British Petroleum, manchando de negro o mar.


Isso tudo só este ano, sem contar outras catástrofes menos divulgadas. E as muitas que já ocorreram (lembram-se de Chernobyl,em 1986?) e continuam a ocorrer todos os anos. A estupidez do ser humano é ilimitada.

EM MEIO AO CAOS*

Crie em meio ao caos,
seja uma flor azul
que nasça no lodaçal.
Imagine a ternura,
a mais abstrata e verdadeira imagem
que puder gerar,
enquanto as TVs se exibem ininterruptamente
pra quem tem preguiça de criar.
Ouça flautas, violinos, violoncelos
no mesmo instante em que
motores, urros, batidas eletrônicas
se debatem histericamente
preenchendo todos os cantos.
Seja a ave sobrevivente
De um imenso desastre ambiental,
que mesmo coberta de óleo
resiste e entoa o seu mais belo canto.
Ouse e escreva o que ninguém mais queira ler,
diga o que pareça estranho a ouvidos viciados,
mas jamais deixe de criar em meio ao caos.

* Esta poesia está publicada no livro "Profano Coração", de minha autoria. Caso queira adquirir um exemplar, entre em contato comigo pelo e-mail edulamas20@hotmail.com


Fotos: 1- Lama tóxica no rio Torna, a 160 quilômetros de Budapeste (Agência AFP)
2- Pelicano na ilha East Grand Terre, Louisiana (agência AP)
Vídeo: "A Hard Rain's Gonna Fall", de e com Bob Dylan.
Veja também: o que foi publicado em outubro de 2009

sábado, 2 de outubro de 2010

HÁ 40 ANOS, O FIM DA VOZ RASCANTE DE JANIS


Alguns dias depois de a música perder Jimi Hendrix, com a mesma idade (27), ia embora Janis Joplin e sua voz única. Um som rascante, estranho, que se tornara brilhante pela forma como sua dona o fazia vibrar. Não vinha da garganta, nem do diafragma como ensinam os professores de canto e locução, mas do útero. 

E era lá que ela abrigava sua alma conturbada e fascinante, de onde concebeu pérolas que encantaram por tão pouco e intenso tempo platéias do mundo inteiro. Apesar de sua prematura morte, com apenas três LPs gravados, Janis permanece até hoje arrebanhando fãs das mais diversas idades. 


Embora tão breve, muito por viver sempre a 100, sua carreira também enfrentou altos e baixos. Mas quando ia fundo voltava ainda mais tenso, forte, emocionante.

Sempre cercada e assistida por muita, muita gente, Janis convivia com a solidão. Dizia ela que depois de um show e fazer amor com milhares de pessoas, voltava para casa e dormia sozinha.

"Por que não canto como as outras cantoras? Não sei, talvez porque não fique na superfície das melodias, porque eu entre na música, eu canto com a minha alma, com o meu corpo, com o meu sexo... Eu canto toda!" (Janis Joplin)


Vídeo: "To Love Somebody", de Barry e Robin Gibb, com Janis Joplin