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Mostrando postagens de agosto, 2010

SEMPRE UM BOM JOGO PARA SE RECORDAR

Esta partida amistosa, realizada em meio às eliminatórias sul-americanas e europeias da Copa do Mundo de 1978, foi uma das primeiras a que assisti da seleção e, por mais contraditório que possa parecer em relação ao título do texto, foi meio decepcionante, apesar dos grandes jogadores em campo. A seleção brasileira abriu 2 a 0 e parou para assistir ao time de Platini, Didier Six e Tresor passear em campo e empatar o jogo. Veja também: Futebol, o mundo gira, a bola rola   "Contos da Bola" abrindo portas pelo mundo Naquela noite, em 1977, a torcida brasileira no Maracanã, revoltada com a equipe que tinha Rivelino, Cerezo, Roberto Dinamite, Leão, Luís Pereira, Edinho entre outros (Zico não jogou, devia estar machucado), gritou "França, França, França..." Repare no gol de Tresor uns torcedores pulando de alegria na antiga geral.  Os castigos viriam nas Copas de 1986, 1998 e 2006. FICHA TÉCNICA BRASIL 2 X 2 FRANÇA Amistoso Data: 30/6/1977 Local: Maracanã Renda: Cr$ 3....

BRASIL, UM EDIFÍCIO QUE CRESCE SOBRE FRÁGEIS ALICERCES

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Em um texto que escrevi há uns dez anos e que dou por perdido – infelizmente – defendia uma tese de que o Brasil antes mesmo de uma crise ética enfrentava uma grave crise estética. E que esta seria determinante para a outra. Hoje já não tenho mais tanta firmeza em fazer esta afirmação, pois pelo que tenho observado e lido as duas crises se agravaram tanto e se entrelaçam de tal maneira que não dá mais para saber onde começa uma, onde termina outra. Não há dúvidas de que economicamente hoje o país é mais seguro, principalmente para quem conviveu com a hiper-inflação dos anos 80. Mas desde 1964, a base da nação vem sendo corroída e o que se pensou ser uma responsabilidade dos governos militares, já passados 25 anos desde que o último fardado se foi do Poder Executivo, não dá mais para acusá-los. Todos os civis que comandaram este país a partir de 1985 mantiveram a (falta de) política pública dos militares nas áreas da saúde e da educação, que são os alicerces de uma nação. E hoje, aind...

GANSO, O MESTRE-SALA DA VILA BELMIRO

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Com todo respeito ao Vitória, que fez muito boa campanha, nenhum time merecia mais um título do que este Santos na Copa do Brasil. Se por um lado é pena que a campanha extrarodinária não tenha sido coroada com ao menos um empate no último jogo, por outro a vitória por 2 a 1 valorizou o vice do rubro-negro baiano. E mais merecido ainda foi o prêmio de melhor jogador da competição para Paulo Henrique Ganso. Posso estar enganado - e, se estiver, alguém que visite este blog e leia este texto me ajude - mas desde Sócrates, Falcão e Leandro não vejo um jogador tão elegante em campo. Parece um mestre-sala desfilando pela avenida verde dos campos brasileiros com altivez, leveza e alegria, sem barroquismos. Parece um veterano, mais do que Robinho, o "nome" do alvinegro praiano. Ganso é o cérebro do time, aquele jogador que andei comentando aqui de que tanto sentia falta. O que enxerga o jogo, joga de cabeça erguida, arma uma equipe com sua presença e seus passes e lançamentos preci...