Posto isso, vou direto à minha opinião sobre o tema, que tem servido para dividir ainda mais a já rachada sociedade moribunda e hipócrita brasileira: sou a favor da liberação da maconha. E por quê? Simples: se a bebida alcóolica é, por que a maconha, muito mais inofensiva a outrem, não seria?
Veja também:
Explico-me: é muito, muito, muito mais fácil você ver ou se lembrar de alguém alcoolizado (e este alguém certamente é alguém bem próximo) ficar agressivo e até partir pra brigas sem que sequer tenha sido provocado. Já alguém que tenha fumado um baseado é bem possível que seja a vítima do alcoolizado ou um troglodita qualquer e nem levante um dedo sequer.
Clicaê quem curte CDs e vinis!
Ambos, maconha e bebida alcóolica além dos limites são casos de Saúde pública e devem ser tratados como tal. Porém, no limite aceitável (e não há como estabelecer quantificação, como desejam legisladores e cidadãos comuns para definir o que é para uso pessoal e o que é para tráfico), o mal se refere apenas à Saúde particular e deve ser uma opção na qual o Estado não deve se meter. Até por permitir, no caso da bebida alcóolica, a sua livre comercialização, com restrição (quase nunca cumprida) a menores de 18 anos.
Veja também:
E por falar em Saúde pública, está mais do que comprovado que a planta cannabis sativa, agente da maconha, pode ser uma importante medicação no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson, dor crônica e problemas de saúde mental. E o canabidiol ainda é atacado como se maconha fosse.
Deixemos, portanto, as hipocrisias e as gritarias bem de lado, e vamos adiante para o próximo tema bem mais importante para a nossa sociedade, que anda nas últimas e provavelmente ainda vai votar muito mal mais uma vez, no fim deste ano.