Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas em 15 de novembro de 2022, em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis (SC).
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas em 15 de novembro de 2022, em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis (SC).
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas em 15 de novembro de 2022, em Sambaqui, Florianópolis (SC)
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas no dia 13 de novembro de 2022, em Ribeirão da Ilha, Florianópolis (SC).
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Você pode passar um dia inteiro falando mal do ex-presidente eleito que vou escutar e provavelmente concordar com 90%, 99%, talvez até 100%, dependendo dos seus argumentos. Mas a qualquer menção de elogio ao atual, viro-lhe as costas e vou me embora. Assim, sereno; assim espero. Aliás, por onde anda o comandante do desgoverno que vai até o fim de dezembro? Trabalhando? Duvido, não há mais chances de reeleição. Além disso, os histéricos urros e orações nas portas dos quartéis, alguns que estiveram na mira do então tenente para serem explodidos décadas atrás, devem se esvair no vento. Um mau militar, já dizia o ditador mais moderado dos Anos de Chumbo.
O bode muito fedorento vai sendo retirado da sala, mas a sensação de alívio já vai pouco a pouco passando, antes mesmo de o eleito tomar posse novamente. Pelo menos aqui comigo. Depois de quatro absurdos anos, lá foi o herói voando na capa que o protege ser ovacionado pela comunidade internacional. Em certos aspectos - em muitos até - com bons motivos. Afinal, o que fizeram por aqui e no exterior com o nome, a bandeira, o hino, a camisa deste país foi bem coerente com quem confunde amar com armar e bate continência para a bandeira do colonizador e se veste com ela.
Entretanto, a viagem no jatinho de um empresário suspeitoso, para se dizer o mínimo em todos os aspectos, me faz ter reforçada a sensação, já antecipada durante o primeiro turno das recentes eleições, de retorno ao princípio da tragédia. Anunciada, repito e ressalto. Espero estar muito errado, porém, para quem passou as últimas 3 décadas escrevendo e falando do perigo de termos um Estado religioso por aqui e sendo tachado de exagerado, creio que seja difícil crer no erro. Sim, ainda não temos um E. E., mas já fomos à beira deste abismo e de lá não nos afastamos muito. Na verdade, quase nada. É preciso, portanto, estar atento, muito atento.
A anestesia da vitória da "democracia" e pela Copa que começa no próximo domingo, embora sem a mesma força de outros tempos, nubla olhos, tapa ouvidos, amortece sensações. E o oba-oba de um lado e o desespero tragicômico, do outro, mostram claramente onde chegamos e prenunciam para onde iremos. Por isso, é dever do verdadeiro amigo, aquele que corre sempre o risco de desafinar o coro dos contentes e também dos descontentes, avisar: o perigo está na ordem do dia a dia.
Veja também:
A ética no futebol
Oceano de memórias em "O negro crepúsculo"
Tardes de outono
É complexo ser vira-lata
A tropa do horror está no poder
Democracia: fácil no discurso, difícil na prática
Cheiro de chumbo no ar
Quando ontem, num grupo do whatsapp, veio a fulminante notícia do falecimento de Gal Costa, não pude conter o susto. As notícias que tinha - desatualizadas, pois depois vi que ela cancelara shows no último fim de semana e até o fim do mês por motivos de saúde - é que estava em plena atividade, com entrevistas recentes à imprensa, algumas lidas por mim. Passado um pouco o impacto, levei minha memória ao baú que trago em mim e me recordei de "Teco teco", música de Pereira da Costa e Milton Villela, que ouvi muito na minha infância, fosse no rádio de casa ou no do carro do meu saudoso pai.
Uma música que fala de infância tocou meu coração naquela época em que devia ter entre 8, 9 anos. E fica a minha pequena homenagem a essa grande cantora que o Brasil precisa louvar sempre trazendo a esta série a música mais antiga que me recordo em sua maravilhosa voz.
Obrigado, Gal! Siga o caminho da Luz Eterna.
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
A primeira vez que ouvi a música "Tem gente com fome", de João Ricardo e Solano Trindade, não tem muito tempo. Dez anos, talvez, mais, menos, não sei bem. Não fosse a censura dos desgovernos militares, certamente já a conheceria bem antes. Soube por Ney Matogrosso, em entrevista a Charles Gavin, no ótimo programa "O som do vinil", do Canal Brasil, que ela era para ter sido gravada ainda nos tempos de Secos e Molhados. E que depois ele foi tentando incluir em seus álbuns solo até que conseguiu em 1979, no seu quinto disco, "Seu tipo", tema do programa supracitado. "Acho que os censores estavam distraídos", disse Ney.
Não tenho carro, por isso ando muito, pelas cidades, onde meus pés alcançam. E, como gosto de observá-las, sempre atento aos sinais (como aqueles que me mostraram um futuro Estado pseudo-religioso no Brasil há cerca de 30 anos), vejo ano a ano, especialmente nestes últimos 4 tenebrosos sob o comando de um celerado (infelizmente) adorado por dezenas de milhões, o aumento vertiginoso de moradores de rua e pedintes. Para ficar só com os últimos dois, três meses, fui abordado dezenas de vezes por pedintes em Florianópolis, São José (SC), Rio de Janeiro e Curitiba, onde fiquei por apenas cerca de 30 horas e 4 pessoas me pediram comida ou dinheiro em diferentes bairros. Surpreendentemente, com exceção de alguns no Rio, todos muito educados.
Quem só sai de seus condomínios de luxo em carros blindados para escritórios suntuosos, e de lá voltam para sua segurança residencial, vive numa bolha que mantém seus olhos e ouvidos tapados pros que têm fome. Mas o trem não pára. E certamente não será comunismo algum - inventado ou verdadeiro - que invadirá mansões e apartamentos para tomá-los de seus donos. Se a toada continuar neste ritmo, serão as dezenas de milhões de famintos e miseráveis que sairão da letargia e desnutrição para arrancarem uma força descomunal, sabe-se lá de onde, para tomarem para si o que lhes negaram. Exclusão gera exclusão, inclusão gera inclusão.
Enquanto isso, o freio tenta parar, calar, mas o trem segue a toda, cantando nos trilhos enferrujados, carcomidos: "Tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome...".
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Convido quem ama Cinema, Música e Futebol a dar um pulo no #canalEduardoLamasNeiva do YouTube para ouvir - e ver - o LamasCast que faz esta triangulação sensacional. Se gostar, curta, comente, compartilhe e se inscreva no canal. Agradeço desde já.
Clique na imagem abaixo e entre em campo comigo.
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
Talvez a característica mais marcante da Música Popular Brasileira seja a capacidade de seus maiores artistas unir a simplicidade com a sofisticação. E creio que, dentre tantas e tantas e tantas, "Lamento Sertanejo", composição de dois grandes representantes da nossa Arte, Gilberto Gil e o saudoso Dominguinhos, seja uma das mais significativas, embora não esteja no hall dos grandes sucessos, das músicas mais tocadas e pedidas nas rádios de antigamente e, muito menos, nas de hoje.
A linha melódica deste lamento é de uma beleza arrepiante, daquelas que são perfeitamente adornadas pela poesia. E fazem os olhos se encherem d'água. Essa saudade de um sertão, que é o silêncio, a timidez, o interior, o voltar a si mesmo, este sertão que existe em quem mesmo nunca o visitou no Brasil - meu caso -, mas o carrega dentro de si, pois que de securas e inundações vivemos todos nós, encerra muitas filosofias, quiçá todas e seja única.
Na gravação abaixo, com os dois autores desta obra-prima, Dominguinhos demonstra toda a sua habilidade para ser virtuose e popular. O convite ao forró na parte final, com o auxílio luxuoso dos demais músicos, nos mostra que este retorno ao sertão, à casa, pode - e deve - ser feita com muita festa, dança, alegria, plenitude. Afinal, os verdadeiros deuses são os que dançam.
Curta abaixo esta beleza, do DVD apropriadamente chamado de Fé na Festa.
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!
A partir de hoje vou, pouco a pouco, publicar no meu canal do YouTube, todos os episódios do LamasCast, que primeiramente fiz sozinho no Soundcloud, posteriormente no Anchor, onde pude contar em vários deles com a edição, arte e publicação no jornal Portal do meu amigo Ricardo Malize. Minha intenção é começar um novo movimento no canal e com mais gente inscrita, trazer algumas novidades, uma delas pode ser a volta do Lamas na Área, que surgiu na Copa do Mundo de 2018, mas não só. Tudo vai depender da adesão ao canal e aproveito para fazer este convite a você: inscreva-se no canal Eduardo Lamas Neiva, ative o sininho para saber das novidades que agradecerei muito. Para isso, clique aqui.
O primeiro episódio do LamasCast foi ao ar no dia 30 de abril de 2019, quando ainda morava no Rio de Janeiro. Teve como tema Sequidão, nome de uma poesia para a qual criei uma melodia. Clique aqui para ouvir. Espero que você goste, possa chamar mais gente para este episódio e também se inscrever no canal. Agradeço desde já a sua atenção e o apoio ao meu trabalho.
Clique na imagem acima para receber
mais cinco sugestões de leitura.
Quem lê recomenda!