domingo, 31 de janeiro de 2021
É HORA DA XEPA NO CONGRESSO!
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Canalhas têm sempre razão
A tropa do horror está no poder
sábado, 30 de janeiro de 2021
A MELHOR PROPAGANDA DE TODOS OS TEMPOS
O impacto que esta propaganda de TV me causou ainda ecoa em mim, passados mais de 30 anos. Não por acaso, sinto - e recentemente isso vem se repetindo - completa repulsa quando um tirano se aproxima, tangencia ou, muito pior, conquista o poder, ainda mais quando exibe grande popularidade, democraticamente ou não.
Ecos dos passados remotos e recentes. Em tempos orwellianos, em que a História é reescrita com muitas mentiras disfarçadas de verdade ou, ainda mais grave, quando a evidência mais do que comprovada é negada; em tempos de terraplanistas em pleno Século XXI, relembrar esta propaganda que está no vídeo lá embaixo creio ser de grande importância.
Sem entrar em juízo de valor do produto em si, ao qual tenho cá minhas muitas críticas, mas também elogios, o texto fundamenta a ética jornalística, algo que uma parte nada pequena de veículos e comunicadores, de direita, de esquerda e de centrão sanguessuga, desconhece completamente.
Não existe imparcialidade, isto é de uma obviedade rodrigueana, porém, jamais se deve esquecer a responsabilidade de informar corretamente e opinar com base nos fatos e não nos delírios e desejos, nem os mais sublimes, quanto menos os mais funestos.
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Encantamento, fanatismo, cegueira
A propósito do jornalismo, o que tenho eu a dizer
Outras considerações sobre o escrever
Nos 25 anos em que trabalhei como jornalista e tive o privilégio de conhecer grandes colegas, mais velhos, da minha geração e mais novos, tive em mente sempre a importância de agir corretamente, mesmo quando emitia alguma visão particular. Que no fundo é o que sempre há, a visão particular do repórter, do redator ou do editor que escreve. Já o que se publica muitas vezes depende muito da linha editorial (leia-se, comercial e política) do veículo.
Fui apenas mediano como repórter e bom na retaguarda, tanto como redator, quanto como editor (ou sub), mas a ética sempre latejou em minha cabeça e ritmou o meu coração enquanto jornalista. O que não evitou que cometesse erros. Imagine quem se pauta pelas mentiras disfarçadas ou não que justifiquem seus desejos e delírios.
Para quem nunca viu, para quem não se recorda ou mesmo para quem (público leitor ou jornalista/comunicador) se lembra bem, vale muito prestar atenção no vídeo abaixo. Em tempos como os que estamos vivendo, a notícia, a informação, o comentário, a orientação, em suma a Educação, pois tudo se origina dela, são fundamentais, muito mais importantes do que nos raros momentos amenos que nos são permitidos neste país.
Por fim, antes do vídeo com a propaganda, Millor Fernandes, sobre tudo - e um pouco mais - do que foi escrito acima: "Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados".
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Entressafra
Crônica que nasceu no Boteco Taco
"O negro crepúsculo", um trabalho de 11 anos
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
domingo, 24 de janeiro de 2021
COM O CORAÇÃO CADA VEZ MAIS DISTANTE DO FLAMENGO
Não há novidade alguma - o que não impede de continuar sendo repugnante - o fato de políticos no poder buscarem popularidade em clubes de futebol. Ainda mais quando as avaliações de seus trabalhos (ou a falta deles) andam em baixa e o clube tem uma imensa torcida e vem de uma vitória importante. Portanto, o que o atual presidente fez há poucos dias ao visitar o treino do Flamengo, em Brasília, ilustra bem o caso acima.
O mais aterrador é o clube, ou melhor, seus atuais dirigentes e jogadores, aceitarem de bom grado a (que pelo menos deveria ser) incômoda visita. Afinal, além do contínuo desrespeito a todas as regras para se evitar a transmissão do corona vírus (e ainda ser garoto-propaganda de remédios comprovadamente ineficazes e em alguns casos maléficos), o desmandatário deste país é um notório defensor da tortura e exalta como herói nacional um sádico torturador (seu vice concorda plenamente), tendo inclusive feito impunemente uma declaração pública neste sentido dentro do Congresso Nacional durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff.
Um clube como o Flamengo, que teve um atleta de remo morto sob tortura durante a ditadura militar de 1964 a 1985, da qual o capitão no poder é um entusiasta, jamais deveria aceitar sequer proximidade com um ser como este. Porém, não foi a primeira vez. Toda vez que o Flamengo vai a Brasília, ele se encosta e os dirigentes rubro-negros se empinam alegremente, com toda subserviência. Stuart Angel, filho de Zuzu Angel, outra que foi assassinada pelos militares que estavam no poder na década de 70, foi remador do clube e chegou a conquistar um bicampeonato carioca. Mas para o Flamengo de hoje isso não tem a menor relevância.
Abro um parêntesis aqui para deixar claro que não concordo, a e em princípio, com nenhuma luta armada, e defendo que crimes devam ser punidos de acordo com suas proporções previstas em lei, mas jamais, em tempo algum, com tortura (com ou sem assassinatos). Muito menos com as que Stuart sofreu e que não vou relatar aqui por serem deprimentes demais. Quem quiser saber é só pesquisar. Isto é uma questão de dignidade humana, de valor pessoal, vem muito, muito antes de política.
Por essas e muitas outras (as atitudes em relação às mortes dos Garotos do Ninho em destaque), eu já vinha me afastando do Flamengo e do futebol, mais ainda quando o clube se tornou aquele que mais forçou o retorno aos jogos durante a pandemia. Continuei torcendo pelo clube, mais por hábito do que com o coração, e acompanhei tudo de longe, sem ouvir ou ver um jogo sequer desde março do ano passado. Agora, com mais esta aproximação indecente com o atual presidente, que por sua inépcia ou maldade mesmo, tem gigantesca responsabilidade pelas (atuais) quase 220 mil mortes pela Covid-19, fico ainda mais longe disso tudo. Continuarei acompanhando o noticiário, mas meu coração ficará bem distante.
Momento Jogada de Música
Esta relação do podre poder com o Flamengo não é de hoje, claro. Um dos ídolos do atual presidente, Emilio Garrastazu Médici, se dizia torcedor do clube da Gávea, e isso foi motivo para os irmãos botafoguenses Marcos e Paulo Sérgio Valle criarem uma música, chamada "Flamengo até morrer", ironizando este fato de tal forma que muitos encararam na época (1973) como uma homenagem ao Rubro-Negro. Porém, evidentemente, era uma forma de driblar a censura e emplacar uma crítica à fuga que o futebol representava (e ainda representa) para o povo dos seus imensos problemas cotidianos e também um protesto contra os crimes que os donos do poder cometiam por baixo dos panos, sem que nada pudesse ser noticiado. Ouça abaixo.
Esta citação artística acima prova mais uma vez que o projeto Jogada de Música não está morto, apenas está em pausa para recuperar suas forças e no momento adequado voltar a buscar financiamento para viabilizar o documentário, a série para TV, os shows, a exposição multimídia, os debates musicados, programa de rádio, podcast, entre outras possibilidades imaginadas (e até iniciadas), mas ainda não estruturadas. Vida longa ao Jogada de Música!
E para mostrar que o futebol ainda continua correndo em minhas veias, apesar dos muitos pesares, em fevereiro será lançado na versão em papel e digital de "Contos da Bola", pela Cartola Editora. É só aguardar que em breve o livro estará na área e eu vou contar pra todo mundo ouvir. Conto com a sua torcida e leitura. Até breve!
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O extremo perigo de se alimentar monstros
A todos os torturados e assassinados durante a ditadura de 64
Cheiro de chumbo no ar
Flademia
sábado, 23 de janeiro de 2021
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: AMANHÃ
O mais previsível ao pôr aqui uma música de Guilherme Arantes seria selecionar "Meu mundo e nada mais" ou "Planeta Água". Porém, como gosto de fugir de padrões, obviedades, fáceis caminhos, aqui está "Amanhã", por vários motivos. O principal é porque foi dela que me lembrei no último fim de semana quando meu pensamento caiu numa desesperança total com tudo o que este país vem passando, especialmente desde 2018, com nossas instituições e nosso povo anestesiados, assistindo passivamente ao circo dos horrores atear o fogo dos infernos para se chegar a um céu cinzento. Cinzento de cinzas!
As outras duas músicas merecem e estarão em algum momento por aqui, como também "Coisas do Brasil" e outras deste grande artista brasileiro. Assim como "Meu mundo e nada mais", que me apresentou a Guilherme Arantes nos idos de 1976 (na novela Anjo Mau!), quando contava eu os dez dedos das mãos para revelar minha idade, "Amanhã" é daquele tempo, mais precisamente um ano após. E como parece que, apesar de tudo, ainda acreditamos fielmente que somos um país do futuro, continuamos a crer no amanhã. E que se inicie hoje. Ontem!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
domingo, 17 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: SENTIMENTO DE POSSE
Ah, que saudade das rodas de samba, que saudade! Na noite do mais recente Ano Novo e nos fins de semana seguintes, o samba tem predominado no repertório aqui de casa, especialmente uma série de discos chamado "Samba de Raiz ao vivo". E "Sentimento de posse", de Adilson Bispo e Zé Roberto, gravada originalmente pelo grupo Pirraça, em 1989, e pouco tempo depois pelo Raça, me remeteu às rodas de samba que acabamos não frequentando ainda aqui em Florianópolis, apesar de termos planejado conhecer várias delas.
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Mas a pandemia invadiu este pandemônio chamado Brasil e nos deixou sem lazer e eventos culturais fora de casa, desde o dia 15 de março do ano passado. Ao menos conseguimos ir a um ótimo show do mestre Paulinho da Viola, na UFSC, em novembro de 2019, o que, creio eu, nos redime com certa folga desta nossa falta.
Então, embora seja da mesma filosofia de vida do supracitado mestre, "Meu tempo é hoje", não pude evitar certa nostalgia das incríveis noites e madrugadas no Sobrenatural do Samba e no Mercado das Pulgas, em Santa Teresa; no Trapiche Gamboa, no Centro do Rio; no Candongueiro, nos tempos em que era em Maria Paula (Niterói), e em tantos outros lugares onde o pagode de mesa comia solto e só se via todo mundo sorrindo, cantando, dançando.
O samba de Adilson Bispo e Zé Roberto me leva de volta àqueles ótimos momentos, que em breve voltarão, porque "apesar de você amanhã há de ser outro dia". Então, curta abaixo o grupo Revelação com uma galera boa no gogó, no batuque e nas cordas: "É difícil dizer, qual de nós tem razão..."
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sábado, 16 de janeiro de 2021
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: FOLHAS SECAS
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Apesar dessa minha simpatia que depois fixei na União da Ilha, por causa de seus belíssimos sambas e desfiles do fim dos anos 70 e início dos 80, como já escrevi quando apresentei "É hoje!" nesta série, nunca fui à quadra da Mangueira, nem a ensaios da Verde e Rosa. Porém, convidado pelo saudoso Andre Filho, radialista, ator e o melhor dublador de TV ao menos em sua época (fez as vozes do Homem de Seis Milhões de Dólares, dos personagens de Sylvester Stallone, incluindo Rambo e Rocky Balboa; do personagem Jonathan Hart, do Casal 20, entre muitos outros), pude jogar uma ótima pelada no campo de terra batida que havia lá no fim dos anos 80 e depois tomar uma cervejinha num boteco.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
OS 20 ANOS DO MELHOR ROCK IN RIO DE TODOS OS TEMPOS
Visão aérea da Cidade do Rock, em 2001 |
Iron Maiden no Rock in Rio 2001: Bruce Dickinson entre os guitarristas Dave Murray e Adrian Smith. O baixista Steve Harris está ao fundo, de costas. Foto: divulgação |
Cássia Eller. Foto: Divulgação |
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: COMO NOSSOS PAIS
Impossível ouvir esta música com a interpretação magnífica e apaixonada de Elis Regina e não me arrepiar, sentir os olhos inundando pouco a pouco vencendo facilmente aquele velho machismo que se debate, estrebucha e berra de desespero por dentro: "homem não chora!". Ainda não havia escolhido a próxima música para esta série, e até meio esquecido de pensar nisso, quando após assistir a umas entrevistas no YouTube me foi oferecido um vídeo de um professor de voz americano (acho que americano) reagindo a este vídeo aí abaixo. Vi, comovi-me, claro, ainda mais com as reações entusiasmadas dele, e só depois me dei conta que já tinha a 27ª música que nos faz viajar.
Elogiar Elis é chover no molhado. Sim, um clichê para destacar outro. Porém, mais difícil é encontrar palavras que definam o quanto sua voz e emoção ao cantar provoca em quem realmente se conecta com a Arte. Ainda mais quando ela canta "Como nossos pais", uma das muitas inspiradíssimas obras de Belchior, artista que estará aqui muitas vezes, podem cobrar. Com sua alma, Elis recriou a música, que já era - e é - ótima com o seu compositor. É, comparando ao mundo da bola, quando um craque dá um passe espetacular para um gênio, simples assim.
Os versos extraordinários de Belchior ganham uma força estupenda na voz, nos gestos, nos olhares de Elis, é só observar com um pouquinho de atenção a essa apresentação no Fantástico, de 1976. Felizes - e certamente sabiam disso - todos os que tiveram a oportunidade de assistir Elis ao vivo, especialmente naquele espetáculo "Falso Brilhante", com Cesar Camargo Mariano. Infelizmente não tive esta chance, mas não lamento. Eu a ouço repetidas vezes e é como se fosse aqui e agora. Como esta poesia de Belchior, tão atual, tão gritantemente atual, 45 anos depois.
"Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem!"... "Minha dor é perceber que apesar de tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais!".
domingo, 10 de janeiro de 2021
sábado, 9 de janeiro de 2021
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
DO EXTREMO PERIGO DE SE ALIMENTAR MONSTROS
Foto de Saul LOEB (AF) |
Foto publicada na BBC News Brasil sem crédito |
Foto de Myke Sena para o site Metrópoles |
Na verdade, tarde já é, muito, entretanto ainda há tempo de se tomar as medidas necessárias para se impedir que a inépcia genocida do principal desgovernante deste país deixe morrer mais 200 mil pessoas por causa de um vírus ou ele mesmo contagie de vez sua horda rumo a uma guerra civil, que sempre foi o seu desejo (é só rememorar muitas das suas declarações ao longo de sua desprezível vida na política). Se não agirem logo, não com violência, mas no limite das leis que estão na nossa Constituição, certamente veremos uma tragédia muito maior, não em vídeos e fotos, mas entrando pelas nossas janelas.
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Quem Jesus matou?
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Cheiro de chumbo no ar
Anti-Luther King: a E.E.ra das Trevas
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: COMPORTAMENTO GERAL
Comportamento Geral vem aqui para protestar contra o culto à ignorância celebrado há décadas no país e a frouxidão de seu povo e suas instituições, que ouvem o zurrar diário do palácio como se fosse a bela voz de um rei. A culpa disso tudo, claro, é de quem escuta zurros em vez de canto, afinal jogar a responsabilidade para os outros é a "arminha" que os incompetentes, ignorantes, indolentes, pilantras exibem para tentar disfarçar sua incompetência, ignorância, indolência, pilantragem.
Mas Gonzaguinha é muito maior que estas miudezas e mediocridades. E compôs e gravou outras lindas músicas e letras, que certamente estarão aqui em outras oportunidades, seja com ele cantando ou outro(a) grande artista. O que impressiona especialmente em Comportamento Geral é que ela foi lançada originalmente num compacto simples, em 1972, e parece que (tirando a citação ao fuscão) vai ficando cada vez mais atual.
Infelizmente, Gonzaguinha faleceu muito novo (com 45 anos de idade), num acidente de carro, em uma estrada do Paraná, em 1991, após uma apresentação na cidade de Pato Branco, onde acho que pus um pé (ou quase) em janeiro do ano passado, quando fui a São Lourenço do Oeste (SC), município vizinho.
Na única oportunidade que tive de vê-lo ao vivo, acredito que uns dez anos antes da sua despedida dos palcos da vida, foi no ginásio Hugo Padula, do Grajaú Country Club. No entanto, ele se sentiu mal nas primeiras músicas e deixou o palco sem nem chegar perto da metade do show. Lembro-me sempre disso quando ouço suas músicas e agradeço por elas se eternizarem em mim e em tanta, tanta gente.
Comportamento Geral
Você deve notar que não tem mais tutu
E dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
E dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
E dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
E esquecer que está desempregado
Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba e amanhã, seu Zé
Se acabarem teu carnaval
Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba e amanhã, seu Zé
Se acabarem teu carnaval
Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: muito obrigado
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um fuscão no juízo final
E diploma de bem-comportado
Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba e amanhã seu Zé
Se acabarem teu carnaval
Mas você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba e amanhã seu Zé
Se acabarem com teu carnaval
Você, você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
E um fuscão no juízo final
Você merece
E diploma de bem-comportado
Você merece
Você merece
Se esqueça que está desempregado
Você merece
Você...
Tudo vai bem, tudo legal
Que maravilha
Músicas que nos fazem viajar #6: Cálice
Músicas que nos fazem viajar #9: É Hoje!
Músicas que nos fazem viajar #10: Canto das três raças
Antúlio Madureira, mestre de obras-primas
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: FOOL'S OVERTURE
Falar de Supertramp é retornar à minha adolescência. Foi certamente o grupo daquele período da minha vida. Ouvi "Paris" (1980) e os outros LPs que comprei a seguir tantas vezes que não dá nem para ter idéia de quantas foram. O duplo ao vivo na capital francesa, então, nem se fala. Mas "Even in the quietest moments" (1977), talvez o mais melancólico do grupo inglês, seja o que mais gosto de todos os de estúdio, incluindo "Crime of the Century" (1974), que tem 7 de suas 8 músicas no "Paris". E é no disco de 1977, cuja a música título é belíssima também, que está a épica "Fool's Overture".
A viagem sonora da parte instrumental e dos vocais de Roger Hodgson, seu verdadeiro compositor, e Rick Davies, seu coautor oficial, me conquistou de primeira, quando ouvi o duplo ao vivo na casa de um amigo. Já contei esta história em outra postagem e o link vai lá embaixo.
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Mas o que importa é o "Prelúdio do Louco" que pretendo tratar aqui. Longa para os padrões radiofônicos, ela pouco apareceu em emissoras de rádio e TV, como "Dreamer", Give little bit", "The Logical Song", "Take the long way home", "It's rainning again" etc. No entanto, qualquer fã do Supertramp, e mesmo aqueles que nem são tão fãs, mas apreciam uma ótima música, com uma letra bem feita e curiosa, que fica entre o filosófico e o irônico, não pode ignorá-la. Muito pelo contrário, especialmente pela interpretação de Hodgson, com sua voz marcante.
Sem mais muito papo, então, aí vão duas versões de "Fool's overture": a original, em estúdio, e ao vivo, em Paris, com a letra no segundo vídeo.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
domingo, 3 de janeiro de 2021
sábado, 2 de janeiro de 2021
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
MÚSICA PRA VIAGEM: ESTRELA SOLITÁRIA
A maior prova de que o projeto Jogada de Música não abandonará a batalha e prossegue na disputa por seu lugar no campo da Cultura brasileira é esta belíssima música: "Estrela Solitária", de Zécarlos Ribeiro, gravada pelo grupo Rumo em 2018. Por quê, você pode estar se perguntando. Porque a descobri tem poucos dias durante a ótima programação da Rádio Devaneio, do meu amigo Luiz Antônio Mello, e não me furtei a colocá-la no extenso material de pesquisa de Jogada de Música.
O Rumo é um histórico grupo da Vanguarda Paulista, movimento que reuniu na Lira Paulistana nomes como Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Premeditando o Breque (posteriormente Premê), entre outros, a partir do fim dos anos 70. Formado pelos irmãos Paulo e Luiz Tatit reúne outras tantas feras em seu timaço, entre elas a cantora Ná Ozetti, que tem ao menos uma outra música intimamente relacionada ao futebol em seu currículo, como por exemplo, a que Zé Miguel Wisnick fez em homenagem ao Doutor Sócrates.
Porém, o papo aqui é "Estrela Solitária", uma inspiradíssima obra que viaja do tempo-espaço, da imensidão do céu e do mar à leveza dos dribles de Mané Garrincha, ludibriando a Lei da gravidade, "iluminando o Maracanã". "A bola é a Terra/ A bola é o Sol/ A bola é a Lua/ A bola é gol".
Deleitem-se, isto aqui é Música!
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Cia Dos à Deux, a poesia do corpo
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Pesadelos
"O rio" entrelaçado à "Sequidão"