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O ADEUS DE EUSÉBIO, O PRÍNCIPE NEGRO DO FUTEBOL

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Vi na TV na noite desta segunda-feira a emocionante despedida que os torcedores portugueses prepararam para Eusébio, que faleceu ontem, dia 5, e lembrei logo de um texto que escrevi em 2002, poucos dias antes daquela Copa do Mundo na Ásia vencida pela seleção brasileira. Foi um frila que fiz pra um site esportivo sobre alguns dos maiores craques das Copas do Mundo e reproduzo abaixo as linhas que tracei imaginando o craque com a bola nos pés partindo de sua defesa em direção ao ataque com toda a sua força, agilidade e imaginação. Eusébio, o Príncipe Negro do Futebol A seleção portuguesa de futebol tem uma história curta em Copas do Mundo. Antes desta que se inicia no próximo dia 31, os portugueses só tiveram duas participações em Mundiais, em 1966 e 1986, esta quando não passou da primeira fase ( também não passaria desta etapa em 2002, ficaria em quarto lugar em 2006 e quatro anos atrás, quando reencontraria o Brasil na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final diante da Espanh...

ESTILHAÇOS 10

Lidar com seus instintos primitivos é uma das tarefas mais árduas do ser humano. Veja também: Estilhaços 2 Há muito o que fazer Gasolina no incêndio 13 Penso, logo sinto 15

A MEMÓRIA VIVA DE MANDELA

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Na África do Sul sob o cruel apartheid, Mandela ficou preso 27 anos lutando pela liberdade dos oprimidos, o povo negro de seu país, e também pela libertação dos opressores. Entendo o pensamento e as ações do grande líder que se foi ontem como uma verdadeira ode à paz, ao entendimento, à mudança de postura ofensiva e defensiva contra alguém, ao amor. Creio que Mandela defendia a libertação do ódio para ambos os lados: o injustificável do opressor, e o da vingança, do oprimido. Nós, brasileiros miscigenados, que temos correndo em nossas veias tanto o sangue do senhor, quanto do escravo, como bem escreveu Darcy Ribeiro, precisamos muito aprender mais essa lição. Manter viva a memória deste e de outros tantos grandes homens que lutaram pela união (e não a padronização) de todas as etnias, culturas, religiões e nações é o dever nosso de cada dia. Mandela está e continuará vivo! Vejam como são as invisíveis conexões neste mundo. Ontem à tarde, horas antes de saber da morte de Mandela,...

UMA TARDE INESQUECÍVEL NA CIDADE DE DEUS

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Retratada de forma ao mesmo tempo histórica e ficcional em livro de Paulo Lins que depois foi para as telas de cinema, a Cidade de Deus sempre teve a fama justificada de um dos lugares mais violentos do lado mais cruel do Rio de Janeiro. A coisa se acalmou um pouco nos últimos anos com a "pacificação" implementada pelo Governo do Estado, que por outro lado jamais se preocupou em dar sustentação ao projeto das UPPs com os mais fortes alicerces que crianças e jovens devem ter: a Saúde e a Educação. Como o Governo se  ausenta destes e de outros vários setores prioritários, a sociedade se movimenta para fazer a sua parte e a de quem deveria estar à frente de tudo. Assim, já há três anos, a Agência do Bem atua na Cidade de Deus com um pólo da Escola de Música e Cidadania, atendendo a 200 meninas e meninos. Levado por um grande amigo (mais que amigo, irmão), tive a honra de conhecer o trabalho dessa organização da sociedade civil em 7 de agosto deste ano em seminário realizado nu...

LUIZ MELODIA, O NEGRO GATO E SUAS PÉROLAS

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Luiz Melodia no Sesc Tijuca, com Renato Piau ao violão.  Foto: Cristina Velloso. Corrigi ontem, no Sesc Tijuca, uma falha no meu currículo de apreciador de música: assisti pela primeira vez a um show de Luiz Melodia. Um espetáculo para guardar na memória. Casa cheia, com ingressos esgotados, e o cantor e compositor demonstrando estar ainda no auge, muito bem acompanhado de um trio de cordas de primeira linha, formado por Renato Piau (violão de seis cordas), Alessandro Cardoso (cavaquinho) e Leandro Saramago (violão de sete cordas). Melodia brincou com a platéia, deu espaço para os seus músicos brilharem, dançou, e cantou como sempre, passeando pelos seus grandes sucessos, como "Pérola negra", "Juventude transviada", "Magrelinha", "Fadas", "Estácio, holly Estácio" e "Negro gato", que encerra o show em altíssimo astral. Ele deixou "Codinome beija-flor" de fora, para decepção de algumas fãs. Até gosto muito da ...

GASOLINA NO INCÊNDIO 14

Com "Gasolina no Incêndio" pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A décima-quarta questão-provocação é a seguinte: Comprar drogas no morro é financiar o tráfico, e pagar os escorchantes impostos que nos cobram os governos municipal, estadual e federal sem nos dar retorno em Saúde, Educação e Transporte Público é financiar a corrupção oficial. Veja também: Gasolina no Incêndio 1 Fábrica de ídolos Brasil, um edifício que cresce sobre frágeis alicerces

ROGER WATERS SETENTÃO

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Roger Waters jovem Falar de Roger Waters , que hoje completa 70 anos de idade, é falar de Pink Floyd , para mim o mais importante grupo de rock de todos os tempos. É tão importante pessoalmente que repito aqui o que já escrevi anteriormente: se fosse condenado a ouvir apenas um artista da música para o resto da minha vida não hesitaria em escolher a banda que Mr. Waters liderou do fim dos anos 60 até 1983. Escrever sobre ele e o Floyd me faz voltar a meados dos anos 70, quando eu ouvi pela primeira vez o antológico " The Dark Side of the Moon ", na casa de um vizinho. Todas as sextas-feiras, como esta, eu e meu irmão subíamos ao 404 do prédio onde morávamos no Grajaú, para juntamente com esse colega, sua irmã e uma amiga dela ouvirmos esse disco, um do Elton John que não me recordo agora, jogar War e ver As Panteras. Não necessariamente nesta ordem, muito menos separadamente. Demorei muitos anos para me tocar qual disco misterioso, com sons amedrontadores e fantásticos, de ca...

ESTILHAÇOS 9

As palavras encantam mais as mulheres que os homens. Veja também: Estilhaços 4 Penso, logo sinto 15 Há muito o que fazer

FILIPE CATTO ENTRE CABELOS, OLHOS, FURACÕES

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Pode a máfia internacional do jabá estender seus tentáculos de polvo faminto e impor nas rádios e TVs seus ídolos fabricados para durar pouco mais de algumas quinzenas. Pode os tecnocratas da indústria do entretenimento, em parceria com essa máfia, continuarem a pôr o lucro à frente da criatividade, como bem conta André Midani em seu livro "Música, ídolos e poder. Do vinil ao download". Pode o mercado ser hostil e estrebuchar furioso, pois nem assim vai conseguir impedir que o verdadeiro artista chegue ao seu público e dure na sua memória e em seu coração, passando de geração em geração. Mas para isso, ensina o mesmo Midani na autobiografia, o ser criativo terá de pôr as mãos na criatura ao mesmo tempo fascinante e amedrontadora aos seus olhos: a grana. E, assim, reverter a ordem das prioridades: criatividade primeiro, lucro depois. Creio plenamente que Filipe Catto esteja fazendo seu dever de casa direitinho. Um imenso talento para cantar e compor ele tem de sobra e tem...

TORCEDORES DO RIO, UNI-VOS!

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No próximo dia 21, torcedores de Fluminense e Vasco, e no dia 28, de Flamengo e Botafogo, terão uma grande oportunidade de dar uma imensa demonstração do quanto anda insatisfeita (muito mais do que isso, indignada) a população do estado do Rio de Janeiro com o despótico governo de Sergio Cabral Filho. Dentro da "arena MacanaX" os novos donos poderão proibir cartazes, faixas, bandeirões, instrumentos de percussão, peitos nus, que se torça em pé, xingamentos e palavrões, poderão vigiar tudo por um trilhão de câmeras, mas não conseguirão impedir o grito em uníssono contra a privatização do estádio a preço de banana , os passeios de helicóptero do (des)governador e de seus secretários, a truculência de seus policiais, as mansões construídas com misteriosa fortuna, o sucateamento da Educação e da Saúde públicas e tantas outros abusos que ocupariam um espaço gigantesco se fossem enumerados. As próprias declarações infelizes do presidente do Consórcio que adquiriu de mão beijada ...