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ARIANO SUASSUNA É ETERNO

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Certa vez escrevi para consumo interno que toda praça de cada cidade brasileira deveria, por lei, apresentar semanalmente uma encenação de uma peça de Ariano Suassuna. Um sonho, uma utopia, sem dúvida, ainda mais num país que vê pouco a pouco se alastrar por seu vasto território um vácuo gigantesco de inteligência e sensibilidade. Ariano é e será eternamente um brasileiro fundamental. Ariano Suassuna na casa em que morava, em Recife Minha admiração por esse paraibano que se revelou para o mundo de Pernambuco me levou a ver várias montagens de peças dele, como Uma mulher vestida de sol; A farsa da boa preguiça; O santo e a porca, e A história de amor de Romeu e Julieta, esta com a saudosa Cristine Cid no elenco. Nunca vi uma encenação de O auto da compadecida no teatro, mas li o livro que tenho em casa, vi a versão feita para a TV e a edição dela para o cinema, ambas dirigidas por Guel Arraes, único diretor da televisão em quem Ariano confiava até aparecer Luiz Fernando Carval...

É PRECISO RESPEITAR A DOR DO UNIVERSO

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Sou verdadeiramente fascinado por coros. Não é por acaso que o "Réquiem" de Mozart me derrubou à primeira audição, nem tem tantos anos assim - pelo menos eu acho que deveria, por obrigação, ter ouvido bem antes essa obra-prima, que na verdade só teve as suas três primeiras partes finalizadas pelo gênio austríaco (Introito, Kyrie Eleison e Dies Irae), as outras ficaram por conta de seu discípulo Franz Xaver Süssmayer.  Mas não é o "Réquiem", que já utilizei neste blog exatamente com a interpretação destes três movimentos para ilustrar a poesia "Oferenda (ou Canção de um ser dilacerado)" , nem  Mozart os protagonistas deste texto, mas Eric Whitacre, que conheci há poucos minutos num vídeo do TedTalks, no Netflix. Veja também:  Música pra viagem: Caçador de esmeraldas Sábado mágico com o Mutante Sérgio Dias Nesse vídeo de março de 2011, ele conta como desistiu de ser um astro pop da música para se tornar um maestro, como se apaixonou por coros e como tev...

O QUE NÃO SE PODE PERDER É A ESSÊNCIA

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Sim, eu sei, na vida é preciso sempre tocar em frente. Mas é necessário que não se esqueça jamais tudo de bom construído durante a jornada e o que levamos como o bem mais precioso dentro de nós, aquilo que nos caracteriza, nos diferencia, que faz não só os outros, mas nós mesmos, nos reconhecer. É assim também com uma nação e sua cultura. Ei, Brasil, vamos tocar em frente, sem virar as costas para o que de mais belo você criou e consolidou para o mundo. Sua cultura e sua arte são os seus bens mais preciosos, genuínos. Por que você os tem deixado para trás? Por que destruir o que se tem de melhor? Respeite sua essência, respeite sua cultura, respeite seu futebol, sua música, sua arte. Isso é o que temos de melhor, e é onde eu me reconheço em você. E você em mim. Vídeo: "Tocando em frente" (Almir Sater/Renato Teixeira), com Almir Sater Veja também: Amigo Cyro, que espetáculo! Lições de João (a música é interdisciplinar 2) Os sopros mágicos de Carlos Malta Sócrates,...

FUTEBOL BRASILEIRO X SELEÇÃO BRASILEIRA

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Tostão e Pelé em 1970 O óbvio, Nelson já dizia, é muito difícil de ser enxergado. E demorei mesmo bastante tempo para ver que gosto muito mais do futebol do que da seleção brasileira. Acrescento e explico: do futebol brasileiro que aprendi a admirar muito novo e que me fez querer assistir qualquer partida na TV ou no estádio sempre que possível. E me fez sonhar um dia me tornar um craque da bola - mas só tive alguns bons momentos em asfaltos e calçadas, campinhos de terra batida, quadras de cimento ou taco corrido, gramados mal-tratados e até em poucos "tapetinhos verdes". Garrincha, Pelé e Djalma Santos em 1958 Antes os sentimentos se confundiam, porque na seleção jogavam os jogadores que mais admirava, tanto no meu time como no de alguns dos meus amigos e de outros que nunca conheci por morarem em outros estados. E eu os via quarta e domingo, no Maracanã ou em casa, sempre com prazer renovado. Talvez hoje goste até mais desse jeito de jogar do que do meu time, ...

DELICADEZA ARTESANAL

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Acho que já disse isso em outra postagem, mas não custa repetir, até porque a sensação só vem se renovando com o passar do tempo. Tenho tido contato direto com trabalhos e artistas maravilhosos das mais diversas áreas (Cinema, Teatro, Música, Artes Plásticas, Literatura, História, Educação, Moda...). Ontem foi mais um dia de viver um momento sublime proporcionado por este trabalho e, melhor, ao lado de minha mulher e dos companheiros e amigos da empresa do bonequinho laranja, que chamo de Xará. E outra vez isso ocorreu num espetáculo da Artesanal Cia. de Teatro . Márcio Nascimento e o boneco, pai e filho Depois de ter visto no ano passado O Gigante Egoísta (baseado em texto de Oscar Wilde), que rendeu posteriormente à companhia oito indicações para o Prêmio Zilka Sallaberry e três conquistas (melhor espetáculo; melhor ator, com Márcio Nascimento, e melhor figurino, de Henrique Gonçalves e Fernanda Sabino), ontem foi a vez de O Homem que Amava Caixas. Ambas abordam o universo inf...

PENSO, LOGO SINTO 21

Eu, a pior e a melhor pessoa que existe. Eu, a única pessoa que pode me modificar. Eu, a única pessoa que posso verdadeiramente mudar. Veja também: Gasolina no incêndio 13 Penso, logo sinto 7 Estilhaços 4

ESTILHAÇOS 14

O que chamam de acaso, coincidência, destino, vontade de Deus, para mim é poesia. Veja também: Estilhaços 6 Penso, logo sinto 15