terça-feira, 17 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: PARALELAS

Vanusa e Belchior em programa da TV Globo, em 2002. Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo)

Uma das mais lindas músicas, dentre tantas, de Belchior, "Paralelas" conheci pelas ondas do rádio na belíssima voz de Vanusa, ainda nos anos 70. Só muito mais tarde, já em tempos de internet, se minha memória não falha, é que fui ouvir a interpretação de seu compositor. 

Escrita no início dos anos 70, a canção explora os contrastes entre a vida cotidiana e os sonhos interrompidos, com uma melodia envolvente e versos profundamente poéticos. É uma viagem urbana arrebatadora, inspiradora e romântica.

A música ganhou notoriedade mesmo com Vanusa, que gravou a interpretação emocionante mencionada acima em 1975, dois anos antes de Belchior registrar sua versão em disco. Muitas décadas depois, "Paralelas" continua a impactar gerações, sendo revisitada por artistas como Tim Bernardes, que a incluiu em uma performance memorável juntamente com "Changes", balada do Black Sabbath, no programa Cultura Livre, da TV Cultura.

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Belchior, um poeta da MPB

Belchior, conhecido por sua voz grave e composições carregadas de crítica social, foi um dos principais nomes da MPB na década de 70. Em "Paralelas", ele usa metáforas potentes para retratar um homem dividido entre a aspereza da realidade e a busca por algo maior. Seu legado como poeta e cronista da vida brasileira permanece vivo, influenciando artistas dentro e fora do país.

Nascido em 26 de outubro de 1946, em Sobral (CE), Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes dizia jocosamente que era o maior nome da Música Popular Brasileira. Seu legado parece ter ganho maior força após sua misteriosa morte, em 30 de abril de 2017, em Santa Cruz do Sul (RS).

Vanusa e sua interpretação marcante

A gravação de "Paralelas" por Vanusa trouxe uma nova dimensão à canção. Sua voz poderosa, aliada à interpretação sensível, tornou a música um sucesso nacional, consolidando-a como um clássico da MPB.

Vanusa foi uma das grandes intérpretes de sua geração, destacando-se por sua versatilidade e entrega emocional em cada performance. Paulista, de Cruzeiro, nasceu numa manhã de setembro? Não sei, só sei que foi no dia 22 daquele mês, em 1947, e faleceu em 8 de novembro de 2020, em Santos (SP).

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Tim Bernardes: um elo entre gerações

Em uma performance marcante, Tim Bernardes revisitou "Paralelas" ao piano, abrindo com "Changes", do Black Sabbath. A fusão das duas músicas destacou a universalidade das emoções humanas, unindo a melancolia de Belchior à introspecção do rock clássico.

Tim Bernardes, conhecido por seu trabalho solo e com a banda O Terno, trouxe uma nova camada de profundidade à canção, apresentando-a a um público mais jovem.

Assista e Reviva "Paralelas"

Assista abaixo à interpretação de Vanusa, num especial da TV Bandeirantes, em 1987: 

Confira também a releitura de Tim Bernardes com "Changes":

"Paralelas" continua a atravessar gerações, reafirmando a genialidade de Belchior e o poder atemporal da música brasileira. Ele disse em um show que a música foi a primeira que fez quando chegou ao Rio de Janeiro, oriundo do Ceará.

Então, por fim, pela primeira vez trazendo três versões diferentes da mesma canção, a série "Música pra Viagem" apresenta a versão de seu genial compositor, gravada no disco "Coração Selvagem", de 1977:

Bom, quando já ia terminar por aqui, eis que encontro um vídeo com Vanusa e Belchior juntos cantando "Paralelas", então, vão a quatro versões pra você que se dispôs a vir aqui:

E aí, gostou? Deixe o seu comentário e curta o blog.

Obs.: Pesquisa e parte do texto foram feitos com auxílio de IA.

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: SOON

O desenho completo formado pela capa e a contracapa de "Relayer"

Ainda tenho comigo "Relayer", o LP do Yes que me fez gostar tanto de "Soon", que, na verdade, é uma parte de uma faixa chamada "The gates of delirium", que cobre o Lado 1 inteiro do álbum. Gravado e lançado em 1974, "Relayer" é o sétimo álbum da banda inglesa que é um dos grandes ícones do rock progressivo. 

Parte do solo de "Soon" foi tocada algumas vezes por Lulu Santos em shows dele que vi ao vivo ou na televisão, nos tempos em que assistia TV aberta com frequência. Portanto acredito que ele a admire muito também. 

Oriundo do Vímana, grupo de rock progressivo brasileiro dos anos 70 que, além de Ritchie e Lobão, teve Patrick Moraz como tecladista, certamente foi nessa época que Lulu a conheceu, muitos anos antes de mim. Afinal, Moraz fez sua estreia em disco no Yes, em substituição a Rick Wakeman, justamente em "Relayer".

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Uma Jornada de Paz e Esperança

Composta por Jon Anderson, "Soon" é a seção final da faixa "The gates of delirium" do álbum "Relayer" do Yes. Baseada no romance "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, a faixa inteira começa com um prelúdio que leva a uma longa seção instrumental representando uma das batalhas da guerra napoleônica na Rússia. 

A seção final, intitulada "Soon", é uma oração suave e reconfortante pela paz e esperança, após a carnificina dessa batalha.

Chris Squire, Patrick Moraz, Steve Howe, Jon Anderson e Alan White, o Yes de 1974

Membros do Yes na Gravação de "Relayer"

Agora, curta abaixo o Yes na turnê Yes Symphonic Live, em 2001, sem tecladista e com os demais integrantes do grupo em 1974. E depois, a versão original, fechando a delirante "The gates of delirium". 



Caso você também queira assistir a uma apresentação desta faixa ao vivo nos anos 70 é só clicar aqui. E aí curtiu mais esta edição da série "Música pra viagem"? Deixe seu comentário aí abaixo, vou ficar feliz em ler e responder. Volte sempre!

Obs.: Pesquisa e texto foram feitos com auxílio de IA.

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

FLERTANDO COM A LOUCURA NA IA

"Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, 
construiu ou inventou senão para sair do inferno".

Ilustração criada por IA
Trecho do livro "O negro crepúsculo", o segundo de minha autoria a ser publicado, "Flertando com a loucura" foi usado por mim para alguns experimentos no vasto, assustador e - ao mesmo tempo - encantador mundo da Inteligência Artificial. O meu primeiro passo foi pedir a uma plataforma de IA que criasse um áudio com um narrador para o texto. 

O resultado não foi perfeito, claro, mas creio que o "locu-ator", que já estou chamando de Bill Collins, interpretou o texto de uma forma que muito provavelmente eu não saberia fazer com tanta competência. Sério, muito sério isso!

Tentei depois fazer uma leve correção, mas os créditos acabaram, fica então pra quando eu decidir assinar o plano pago. Posteriormente busquei uma imagem que ilustrasse este texto e a encomenda saiu melhor do que eu esperava, até porque sequer disse - ou melhor, escrevi - do que se tratava, apenas disse que era algo surrealista. E aí surgiu esta belíssima ilustração acima.


Quando pedi o que queria, a princípio as imagens criadas não corresponderam às minhas expectativas. Mas depois utilizei o prompt criado pela própria IA para em outra plataforma criar outras imagens do mesmo estilo. Tentei postar, então, apenas o áudio aqui abaixo, mas o Blogger não aceita, só vídeos,  que acabou saindo melhor que a encomenda, pra mim. 

Bom, avalie você mesmo, o vídeo vai abaixo pra você conferir e depois, se gostar curtir, comentar e aproveite pra se inscrever no canal Eduardo Lamas Neiva do YouTube


E aí, o que achou? Eu fiquei bem satisfeito com o resultado e vou produzir outros que certamente ficarão melhores.

Caso queira ler este trecho no contexto da história do taxista-publicitário-escritor c.j. marques (assim mesmo com letras minúsculas, como o poeta e.e. cummings) você pode adquirir o ebook na Amazon do Brasil e de mais 12 países, que também vendem o livro físico. Infelizmente - e não me perguntem o motivo - no Brasil o livro em papel não está disponível.

Veja também:
Lucidez e loucura no Lamascast 
O casarão no Lamascast


Espero que tenha curtido, inclusive o blog, e volte sempre.

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