Nem alegre, nem triste: poeta. Aprendendo a amar, nunca chegando na hora marcada.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
SONHOS E PESADELOS NOS QUADROS DE CLÁUDIO NEIVA, O REPRESENTANTE DA PINTURA NUMA FAMÍLIA DE ARTISTAS
Em um almoço no segundo dia deste ano, meu primo João Arthur me disse algo que nunca havia me dado conta inteiramente: nossa família, a Neiva, de meu saudoso pai (Sebastião), tem representantes vivos em quase todas as artes. Que eu saiba, ainda não temos um cineasta - quem sabe um dia emplaco um dos roteiros que já escrevi - e um escultor, considerando-se as sete artes tradicionais (música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura e cinema).
A minha referência mais antiga de artista na família era o meu avô paterno, Geraldo, que tocava clarinete e compunha, embora eu não tenha chegado a conhecê-lo. Agora já soube por intermédio de meu tio Edson Cláudio Neiva, personagem principal deste espaço, que um tio-bisavô chamado Edimundo Barros era um grande compositor de músicas sacras, e que meu bisavô Francisco Marçal, além de barbeiro, também era clarinetista e regente da banda da terra de meu pai, Itaverava (MG), no início do século passado. Uma viagem e tanto no tempo.
Há bailarina (minha prima Luciana Bagby, irmã de João Arthur), atriz (Camila Meskell, prima), músico (meu irmão Léo Neiva, contrabaixista), cantora (minha tia e madrinha, Elza Neiva), escritor e o pintor das obras expostas aqui.
Cláudio Neiva, como assina, tem um belo e vasto trabalho que merece ser mais conhecido e valorizado. Desde 1981 expõe suas pinturas e desenhos, especialmente no Rio de Janeiro e em Brasília, onde mora, e já teve suas obras adquiridas por colecionadores das mais diversas partes do planeta. Num mundo que hoje valoriza mais o entretenimento do que a arte, está com seus quadros em seu próprio estúdio na capital federal desde 2002.
Porém, falar desse trabalho que revela sonhos e pesadelos, reais e imaginários, os inconscientes coletivos e individuais, é muito pouco, por mais que se escreva um livro. É preciso mostrá-lo cada vez mais para que as pessoas que ainda têm interesse em arte possam conhecê-lo, valorizá-lo e divulgá-lo, e é isto que me proponho aqui.
Aproveitem bem esta mini-exposição. Quem quiser saber mais sobre Cláudio Neiva, que também é arquiteto, e ver fotos de outros quadros seus é só visitar o endereço http://www.multistudio.arq.br/. Alguns quadros do artista, inclusive alguns destes aqui, estão inscritos no evento Artists Wanted 2010: http://www.artistswanted.org/portfolio.php?preview=true&artist=Neiva. Lá você pode dar a sua avaliação para o conjunto de obras, de uma a cinco estrelas, quantas vezes quiser (uma por dia). Já votei várias vezes nas 5 estrelas, porque é a nota máxima que ele merece.
Quadros (fotos da Multistudio):
1- Sonhando com os Pássaros - acrílico sobre tela (1995)
2- Rumo Inevitável - óleo sobre duratex (1987)
3- Mãos Suplicantes - óleo sobre duratex (1987)
4- Horizonte da Metrópole - óleo sobre tela sobre duratex (2000)
5- Eolo e os Filhos de Ícaro - óleo sobre tela (2000)
Veja também:
Poesia Sem Versos
Um Sonho Chamado Kurosawa
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