Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2014

EM DEFESA DE DJAVAN

Imagem
Há muitos anos me desinteressei pela obra de Djavan. Passei a não curtir mais as músicas que lançava e a achar que suas letras haviam caído no ramerrão do amor romântico e da sedução. Não me tocavam mais. Porém, sempre guardei respeito pelo compositor das primeiras obras, dos primeiros discos, que para mim apresentaram sempre um frescor de novidade surpreendentte. Nos últimos tempos, nesta “Era do Já Era”, como classificou Aderbal Freire Filho, Djavan tem sido motivo de chacotas, sendo tachado de hermético, incompreensível. Incompreensível é como o brasileiro de um modo geral conseguiu se deixar embrutecer tanto - e cair no humor barato -, manter o olhar reto, desviar ou esconder o olhar torto do artista (todo poeta é caolho!), que historicamente é quem elevou e ainda eleva este país. É certo que fica muito difícil compreender poesia para quem vive a cultura do prato feito ou do “fast-food” e “self-service” de historinhas banais e pegajosas com começo, meio e fim (necessariame...

ANIMA, A MÚSICA DESPERTA

Imagem
A matéria jornalística abaixo foi feita em meados de 2001 para o extinto site Papo Carioca , mas nem chegou a ser publicada. Pela primeira vez ela vai ao ar, já com o Anima em formação muito distinta daquela época, com mais três CDs lançados ( Amares , de 2003, Espelho , de 2006/2007, e Donzela Guerreira , de 2010) e ainda mais premiado. Estive pessoalmente com o grupo logo após a apresentação que fizeram no iniciozinho do primeiro dia do Rock in Rio daquele ano. Por acaso, eu os vi saindo detrás do Palco "Raízes", me aproximei, me apresentei e peguei os contatos de Valeria Bittar e Luiz Fiaminghi, que são os únicos remanescentes. Meses depois, após alguns contatos por telefone, em meio à agenda cheia de shows deles, obtive os depoimentos do casal por intermédio do e-mail.  Aos que são fãs do grupo - e os que se tornarão - finalmente aqui está um trabalho que adorei fazer e que - creio - não poderia se perder ou ficar guardado em meus arquivos:        ...

O ADEUS DE EUSÉBIO, O PRÍNCIPE NEGRO DO FUTEBOL

Imagem
Vi na TV na noite desta segunda-feira a emocionante despedida que os torcedores portugueses prepararam para Eusébio, que faleceu ontem, dia 5, e lembrei logo de um texto que escrevi em 2002, poucos dias antes daquela Copa do Mundo na Ásia vencida pela seleção brasileira. Foi um frila que fiz pra um site esportivo sobre alguns dos maiores craques das Copas do Mundo e reproduzo abaixo as linhas que tracei imaginando o craque com a bola nos pés partindo de sua defesa em direção ao ataque com toda a sua força, agilidade e imaginação. Eusébio, o Príncipe Negro do Futebol A seleção portuguesa de futebol tem uma história curta em Copas do Mundo. Antes desta que se inicia no próximo dia 31, os portugueses só tiveram duas participações em Mundiais, em 1966 e 1986, esta quando não passou da primeira fase ( também não passaria desta etapa em 2002, ficaria em quarto lugar em 2006 e quatro anos atrás, quando reencontraria o Brasil na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final diante da Espanh...