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Mostrando postagens de julho, 2024

A MALDITA E O SELO DE QUALIDADE NOS LPS

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Histórias são feitas pra se contar. Então, lá vai mais uma pra coleção. Não fui um ouvinte assíduo da rádio Fluminense FM nos anos 80, mas sem dúvida ela fez parte da minha vida. Mas, você deve estar se perguntando, por que não fui um ouvinte assíduo? Primeiramente porque só passei a curtir rock, rock mesmo, a partir de 1984, quando o primeiro Rock in Rio já se anunciava (e a Maldita foi diretamente responsável pelo line up do festival), e em segundo lugar porque no Rio de Janeiro, capital, especialmente na Zona Norte, onde eu morava, a qualidade do som da rádio não era tão bom quanto de outras emissoras.  Porém, como a qualidade das bandas e das músicas que tocavam lá era, em geral, excelente pro meu gosto, sintonizei não poucas vezes no 94,9Mhz, o dial da Maldita. Além disso, tive e tenho (como se vê na foto que fiz aqui em casa do disco de estreia do Marillion) LPs com o selo de qualidade essencial pra qualquer roqueiro confiar na compra de um álbum de uma banda desconhecida -...

MÚSICA PRA VIAGEM: THAT TIME OF THE NIGHT

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Escolher um disco favorito do Marillion da Era Fish , que é  única que verdadeiramente me interessa, é tarefa impossível. O poeta e cantor escocês Derek William Dick tem a minha mais alta admiração desde os anos 80, quando comprei o meu primeiro LP do grupo, "Misplaced childhood". Daí em diante foi uma busca incessante por informações, músicas e discos, num tempo em que era dificílimo conseguir tudo isso. Não é só, é claro, Fish que detém minha admiração, pois os outros integrantes da banda, Steve Rothery (guitarra), Pete Trewavas (baixo), Mark Kelly (teclados) e Ian Mosley (bateria) são ótimos, especialmente o guitarrista (o atual vocalista, Steve Hogarth, não me agrada). Porém, aquele gigante escocês que tive o privilégio de ver em ação no antigo Metropolitan, no Rio de Janeiro, em meados dos anos 90, sempre foi o centro das minhas atenções. Vi quase na mesma época, no mesmo local, a banda com o atual cantor e não gostei, especialmente das músicas criadas antes da troca de...

UM DIA MUITO LOUCO COM "PAUL IN RIO"

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Paul McCartney em ação no histórico show de abril de 1990 no Maracanã. Foto: Tim Sharp/AP Histórias são feitas pra se contar. Então, lá vai mais uma pra coleção. Com a notícia da vinda de Paul McCartney a Florianópolis em outubro, para se apresentar na Ressacada, estádio do Avaí , lembrei-me logo de um dos dias mais intensos da minha vida, repleto de reviravoltas. Tudo ocorreu em 21 de abril de 1990. Trabalhava eu como repórter em início de carreira do Jornal dos Sports e fora escalado para, na manhã daquele sábado, ir às Laranjeiras cobrir um treino do Fluminense, em substituição a um dos setoristas do clube que certamente estava de folga. Não tenho lembranças daquele corriqueiro treinamento, mas sim da minha chegada à redação, por volta do meio-dia. Estava preparado para bater as matérias, entregá-las ao redator, e dali passar pelo Maracanã para comprar dois ingressos do show que Paul McCartney faria à noite, no então maior estádio do mundo, pra mim e minha namorada, que me aguarda...