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PENSO, LOGO SINTO #38

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  A Arte é, desde sempre, a inimiga predileta da boçalidade.   Foto: Getty Images. Clicaê quem curte CDs e vinis! Esta série,  iniciada em 2011 , apresenta frases, reflexões, pensamentos curtos que me surgem na observação do mundo e da sociedade de uma forma geral. Podem estar inseridos já em alguma obra literária de minha autoria, virem a estar ou simplesmente se limitarem a uma presença única por aqui ou qualquer outro tipo de publicação isoladamente.  Acompanhe abaixo algumas das outras postagens desta série: Penso, logo sinto #30 Penso, logo sinto #19 Penso, logo sinto #14 Penso, logo sinto #2 Deixe abaixo o seu comentário, opinião, sugestão, crítica. Se gostar, siga o blog e compartilhe o que mais agradar. E não deixe de prestigiar os anunciantes do blog para que eu possa continuar publicando. Agradeço desde já. Veja também: Música pra viagem: My sweet Lord Nau poesia: Lágrimas de sangue Tempo presente Beleza e caos: Arte em toda parte Mensagem publicitária ...

NAU POESIA: ODE AO ÓDIO NA ERA DA PÓSTUMA VERDADE

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Na Era da Póstuma Verdade, Eis o Ódio a reinar Entre homens e  mulheres De todos os matizes, de todos os lados De todas as negações biológicas, Neurológicas, psicológicas  Nesta tribuna de desonra Homens odeiam mulheres  Mulheres odeiam homens Homens que se odeiam homens Mulheres que se odeiam mulheres Todos que odeiam gays Que odeiam humanos Humanos que se odeiam  E odeiam animais Florestas, rios, mares e pedras,  E apedrejam-se diariamente  Para concretar suas absolutas razões  Em rebocos e lajes e muros Sem qualquer razão  Insanos, irracionais Só enxergam os infernos  Calcinando o outro, a outra, outrem Inventam fatos e palavras E imagens reais, irreais, surreais E nos surram com suas verdades Imaginárias, das tênues linhas Que estão sempre à margem da total loucura De querer, exigir, urrar, espernear  Estrebuchar, a esmo atirar Pra reafirmar que se apoderou da razão  Da verdade revelada  Por seus gurus de estimação.  G...

E LÁ SE FOI ZAGALLO

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A notícia do falecimento de Mário Jorge Lobo Zagallo  é o assunto deste sábado. E, apesar de gigantesca concorrência na mídia e nas redes sociais, não posso deixar de fazer um texto em homenagem ao maior vencedor de Copas do Mundo da História do futebol e publicá-lo aqui. Embora tenha diversas divergências com a forma como ele conduziu a seleção em 1974, principalmente, e 1998, é preciso ressaltar sempre o trabalho de 1970 , iniciado sim por João Saldanha, mas aperfeiçoado com maestria pelo já bicampeão mundial como jogador, em 1958 e 1962. Zagallo, que comandava o grande Botafogo do fim dos anos 60, teve sensibilidade e sabedoria para colocar em campo aquela seleção que sacramentou o símbolo do futebol-arte e que é e será lembrado eternamente como um dos maiores de todos os tempos. Para mim, o de 1958 é ainda melhor, simplesmente por ter reunido Didi, Garrincha e Pelé, mas lá estava ele na ponta-esquerda, auxiliando o meio e marcando um dos gols na final contra a Suécia . É ...

PENSO, LOGO SINTO #37

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  A geração mimimi foi criada pela geração que a mimou. Clicaê quem curte CDs e vinis! Esta série, iniciada em 2011 , apresenta frases, reflexões, pensamentos curtos que me surgem na observação do mundo e da sociedade de uma forma geral. Podem estar inseridos já em alguma obra literária de minha autoria, virem a estar ou simplesmente se limitarem a uma presença única por aqui ou qualquer outro tipo de publicação isoladamente.  Acompanhe abaixo algumas das outras postagens desta série: Penso, logo, sinto #15   Penso, logo sinto #12   Penso, logo sinto #8 Penso, logo sinto 28 Deixe abaixo o seu comentário, opinião, sugestão, crítica. Se gostar, siga o blog e compartilhe o que mais agradar. E não deixe de prestigiar os anunciantes do blog para que eu possa continuar publicando. Agradeço desde já. Veja também: Olhares alhures - fotos #23: Arpoador Música pra viagem: Milho aos pombos Esquizofrenia Estilhaços #15 Mensagem publicitária Clique na imagem acima para receber ...

GERMÁN CANO, O OSCAR SCHIMDT DO FUTEBOL

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Germán Cano. Foto: AFP Oscar Schmidt. Foto: Fiba Germán Cano é o Oscar Schmidt do futebol. Peço desculpas por logo no início deste texto praticamente repetir o que está no título da postagem. É só uma questão de ênfase, pois é de intensidade, continuidade, persistência, obstinação que se trata o que publico aqui e agora. Cano, hoje, e Oscar, no seu tempo de grande jogador de basquete, são e serão reconhecidos pela obsessão por bola na rede. Para eles nunca houve distância da meta que os impedisse de tentar colocá-la no alvo. Não há medida, nem mesmo equilíbrio preciso para a necessária obstinação de alcançar a plena felicidade de se comemorar um tento.  Saem e saíam por vezes arremates tortos, risíveis, irritáveis até. Porém, não se envergonhar de ter sempre os olhos, a alma, todo o corpo e o espírito entregues inteiramente ao jogo, todo o ser na partida voltado unicamente para a busca incessante pelo objetivo maior, o claro objeto do desejo de todo artilheiro ou cestinha, é o qu...

DINIZ, SERVIDOR DE DOIS AMOS

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Fernando Diniz, técnico da seleção brasileira e do Fluminense. Foto: Getty Desde que soube que Fernando Diniz havia aceitado a proposta da CBF para ser técnico da seleção brasileira (interinamente ou não, sabe-se lá se Carlo Ancelotti vem mesmo) sem deixar o comando técnico do Fluminense , logo me recordei da comédia de  Carlo Goldoni , "Arlequim, servidor de dois amos" ("servo de dois mestres", ou "de dois patrões", dependendo da tradução. Prefiro a que citei primeiro). Não que este fato seja novidade por aqui, ocorreu seguidas vezes até o fim da década de 70, mas surpreende pelo total anacronismo e também pelas sérias questões éticas que abrangem este acúmulo de cargos no futebol atual, ressaltando que quase sempre convocar um jogador de clube brasileiro é desfalcá-lo em jogos importantes. Ponha-se como atual o das últimas 3 décadas.    Peço licença a você para resumir a primorosa comédia do italiano Goldoni que estreou em 1746. Com o objetivo de comer ...

DE CARONA COM EURICO MIRANDA

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Vou pegar uma carona com o recente lançamento da série "A mão do Eurico" , do Globoplay , pra contar uma história curiosa que vivi com Eurico Miranda e que pode surpreender muita gente. O fato ocorreu em 1991, quando eu era um dos repórteres do Jornal dos Sports que cobriam o dia a dia do Vasco  e Eurico, o vice-presidente de futebol do clube. Éramos três setoristas no Vasco para escrever matérias sobre o clube que ocupasse, juntamente com as fotos, uma ou duas páginas diárias no Cor de Rosa, num tempo em que a área impressa de uma página standard de jornal tinha a largura de 33cm (atualmente é de 29,7cm, por 56cm de altura).  Pela manhã, normalmente quem ia a São Januário ou onde o time estivesse treinando era o saudoso Eliomário Valente, que já deixava boa parte do trabalho feito. À tarde íamos eu e Virgílio Neto, que na época assinava Sebastião Virgílio. Numa tarde provavelmente posterior a dia de algum jogo do Vasco, Virgílio devia estar de folga ou cobriu a do Eliomário...

NAU POESIA: ÀS SUPOSIÇÕES DA SUBJETIVIDADE

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Nau Poesia: Às suposições da subjetividade Ilustração produzida por IA Sim, tenho ciência E tranquila consciência  De que é preciso Ter em certas ocasiões  Certificados, certificações  Mas que também é  I mpreciso, porém necessário E muito desejável Diversas imprecisões  Pois que pra cura não tem remédio  Pra quem quer remediar a vida E viver remendando marcas e feridas Com fármacos, pílulas, silicones,  Tonificantes, suplementos, Com pequenas ou fortes dosagens Pois é claro e evidente  São apenas miragens, paisagens Superficialidades aparentes Evidentes aparências Com futuras e graves consequências   E são loucos devaneios Sem qualquer resquício de pudor Lagos, rios, pássaros, mares, Flores, árvores e suas folhagens Tudo o que se exibe todos os dias A quem quer ver, ouvir, sentir Sua incomensurável e  divina beleza Tornar-se descartável ou mera utilitária Toda variada e exuberante Natureza. Veja também: Nau Poesia: Amores Poes...

ENTREVISTA COM EDMUNDO AINDA NOS JUNIORES DO VASCO

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Edmundo em 1992. Foto: Vasconotícias Em janeiro do ano passado, quando o Globoesporte.com publicou matéria sobre a estreia de Edmundo nos profissionais do Vasco, 30 anos antes, resolvi procurar novamente a matéria que fiz com ele para o Jornal dos Sports , quando ele ainda era júnior do clube cruzmaltino. Já havia feito esta pesquisa anteriormente, mas não havia encontrado, porém consegui achá-la.  Escrevi logo a seguir um esboço deste texto com o link da matéria e o deixei arquivado com a intenção de para publicá-lo aqui poucos dias depois. No entanto, por algum motivo que não me recordo, adiei por mais tempo que o planejado.  E por que voltei a ele agora? Porque na semana passada, quando fui cortar o meu cabelo, Sandro, o barbeiro que me atende desde o início deste ano, me perguntou se eu já havia entrevistado Edmundo, porque ele já havia cortado o cabelo do Animal na época em que o atacante jogou pelo Figueirense , em 2005. Então contei a história completa para ele. Veja t...

MÚSICA PRA VIAGEM: THIS MASQUERADE

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Não vi absolutamente nada em lugar algum, o que não quer dizer que ninguém tenha se lembrado, mas em fevereiro deste ano completou-se 40 anos da despedida deste mundo de Karen Carpenter , uma das mais belas vozes da História da Música. Descobri isso no sábado ao selecionar músicas dos Carpenters num desses serviços de streaming para ouvir com minha mulher e ela decidir pesquisar quando Karen havia falecido. Karen Carpenter. Foto:  Getty Images A cantora, compositora e baterista (sim, ótima baterista também!) faleceu de anorexia  um mês antes de completar 33 anos de idade, mas deixou aos corações apaixonados e partidos de minha geração e outras tantas anteriores e posteriores uma legião gigantesca de fãs. Prefiro, no entanto, não me prender ao romantismo de letras e músicas, mas me reportar especialmente à grande sensibilidade, beleza e técnica da cantora. Veja também: Música pra viagem: Pegando leve Música pra viagem: Feeling good A facilidade com que Karen sai (sim, sai, sua...