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Mostrando postagens de julho, 2012

DOM DE JOGAR BOLA E BOLERO DE RAVEL

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Uma das mais cansativas e inócuas discussões de futebol são acerca do jogar bonito e perder x jogar feio e ganhar. Lógico que a vitória é o objetivo de qualquer time decente, mas os que marcam mesmo são aqueles que praticam a arte de jogar bola. Alguns nem precisaram sair com a taça para gravarem seus nomes na história. Exemplos não faltam.  O que mais me incomoda é a descaracterização do futebol jogado no Brasil. Conversava numa rede social com um amigo da boa e velha infância sobre o aniversário da vitória da seleção brasileira na Copa de 94, completada no último dia 17. Dizia a ele que aquela equipe não me trazia qualquer boa lembrança, nem má. Acrescentava: um time acuado, medroso, que optou por jogar no erro do adversário, que sempre era muito bem aproveitado por dois craques: Bebeto e Romário.  Veja também: Das peladas de rua às arenas Setenta anos do Canhotinha de Ouro Porém, venceu com méritos, embora pelas circunstâncias (calor de mais 40 graus e as condições físicas...

ESTILHAÇOS

Se algum dia me vir muito eufórico, embriagadamente espargindo felicidades, desconfie. Desconfie seriamente. Por trás de tanta alegria certamente haverá uma melancolia, uma angústia latente me agulhando. Sou bem comedido nos momentos felizes. Isso só se vê no olhar e num breve e sincero sorriso. Veja também: Espiral do Tempo

PENSO, LOGO SINTO 10

Nem direita, nem esquerda, nem centro. Nem por cima, nem por baixo. Não estou dentro, muito menos por fora. Estou fora! Veja também: Beco sem saída Penso, logo sinto

UM FLA-FLU E UM HERÓI QUASE ESQUECIDOS NO TEMPO

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No início dos anos 80, estava eu e amigos conversando na rua Grajaú sobre o que mais gostávamos de falar: futebol. Uns sentados no murinho da casa de um deles, outros no chão, mais alguns de pé ou agachados, contavam sobre jogos do passado que tinham visto ou se lembravam de terem ouvido no rádio ou lido em jornais, revistas ou livros. Naquele quase atropelo de vozes empolgadas e nostálgicas consegui contar a minha história. "Lembro de um Fla-Flu de 76 ou 77 em que o Flamengo ganhou de 3 a 0, no Maracanã, com três gols de um cara chamado Kalu. Ele era formado no Flamengo mesmo, saiu de campo como herói, e eu fiquei achando que seria o parceiro de ataque ideal pro Zico. Mas pouco tempo depois, não sei por quê, venderam o cara pro Santos e acho que depois ele foi pro México e sumiu. Esse jogo foi num sábado à noite e ouvi no rádio na casa dos meus avós (maternos) em Olaria." Ninguém se recordava do jogo. De todos presentes, achava que só um grande e eterno amigo tricolor...