Aqui você encontra, em essência, textos do escritor e jornalista Eduardo Lamas Neiva sobre os mais variados temas. E não só, pois há sempre fotos e vídeos ilustrando as postagens. Obrigado pela visita, volte sempre.
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DA BICICLETA DE CRISTIANO RONALDO AO BAILA COMIGO DE MENDONÇA
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Foto: Divulgação/Real Madrid
Ao ver pela TV a torcida da Juventus aplaudindo Cristiano Ronaldo após o antológico gol de bicicleta que marcou em Turim, logo me veio à memória um episódio que muito pouca gente sabe ou lembra, mas do qual fui participante e testemunha ocular e auditiva. Quando Mendonça marcou aquele golaço no Flamengo em 1981, gol que ficou conhecido como Baila Comigo, por ser nome de música e novela de muito sucesso na época e pelo drible desconcertante em Júnior, muitos flamenguistas, inclusive eu e meu pai, aplaudimos. Foi o gol que decretou a vitória de 3 a 1 e a classificação alvinegra, que já viria com um empate, para a semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano. Um amigo flamenguista, ao receber a postagem que enviei com esta história pelo whatsapp, me contou que também ele aplaudiu o golaço de Mendonça e que viu e ouviu o mesmo que eu naquele dia.
Foto: Roberto Oliveira (copiada do
Globoesporte.com: http://goo.gl/DEyJSX)
Todas as (poucas) vezes em que contei esta história os botafoguenses que a leram ou ouviram se surpreenderam, claro. E não só porque muitos acham que na torcida rival só tem mal-educado e ladrão, mas também porque na hora todos deviam estar pulando, berrando, chorando e se abraçando com amigos e desconhecidos, muito justamente, aliás. Além disso, a TV não mostrou e, que eu saiba, as rádios e os jornais nada noticiaram sobre os aplausos rubro-negros.
Um dos surpresos foi o próprio Mendonça, que tive a chance de entrevistar algumas vezes na época em que foi convidado pelo então recém-empossado Bebeto de Freitas para ser técnico dos juniores do Botafogo (2003). Como correu em direção à torcida alvinegra para comemorar o golaço que fez, ele não teria como saber, diferentemente de Cristiano Ronaldo, que gentilmente agradeceu aos torcedores da Velha Senhora (Vecchia Signora), como é conhecida a Juve na Itália.
Ingresso da minha coleção
Quando pensei em escrever este texto, e depois conversando com amigos, muitas perguntas me vieram à cabeça. Por exemplo: dá para imaginar hoje em dia cenas como estas duas citadas acima em clássicos de torcida única nas arenas deste país? Dá para imaginar algo deste tipo com o ódio corroendo todos os setores da vida brasileira? E dá para imaginar um futebol como aquele que o Real Madrid de Cristiano Ronaldo jogou em Turim em nossos campos atualmente?
Infelizmente, após ter se evaporado pouco a pouco por anos e anos, a gentileza, a humildade e a educação que algum dia muitos de nós tivemos estão se esvaindo na velocidade da luz nas últimas décadas. E o futebol-arte parece mesmo que não nos pertence mais.
Ângelo, uma vítima da crueldade em campo Ângelo, meia do Atlético nos anos 70 Engana-se muito quem imagina ser o futebol atual mais violento do que "antigamente". Sempre houve em campos jogadores maldosos, cruéis, a caçar os mais talentosos com bordoadas e o mais variado repertório de violência. Já houve nos gramados brasileiros (mais esburacados antes do que hoje, muito mais) versões tão ou mais maldosas que Felipe Mello e esse holandês De Jong. Ângelo, meia do Atlético Mineiro na década de 70, bem poderia dizer se ainda vivo fosse. O lance de que foi vítima, na final do Campeonato Brasileiro de 1977 entre Atlético e São Paulo, é uma das mais tristes lembranças ds meus primeiros anos de torcedor de futebol. Junta-se a notícias ainda mais dolorosas, como as mortes do ponta-direita Roberto Batata, do Cruzeiro, e do meia Geraldo, do Flamengo, ambos falecidos no auge de suas promissoras carreiras. Pesquisei muito e consegui achar no youtube as imagens nada belas da ent...
Um movimento de clubes interessados no reconhecimento dos títulos da Taça Brasil e da Taça de Prata (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) como legítimos campeões brasileiros foi organizado no início de 2010 e eu apoiava, em parte. Friso que o time para o qual torço não seria - como acabou não sendo - beneficiado em nada com isso, o que me fez ficar muito à vontade para opinar. E manter minha posição contrária à decisão da CBF. Para mim, foi exagero da entidade máxima do futebol brasileiro considerar os vencedores da Taça Brasil, que começou em 1959 e foi disputada até 1968, como campeões brasileiros, porque o sistema de disputa era eliminatório, como é desde 1989 o da Copa do Brasil. Portanto, esses clubes (Bahia, Palmeiras duas vezes, Santos cinco vezes, Cruzeiro e Botafogo) deveriam ser reconhecidos como os primeiros campeões da Copa do Brasil. Além disso, a Taça Brasil foi disputada no mesmo ano que a Taça de Prata em 1967 e 68, o que comprova que eram competições distintas. A Taça de Pra...
Foto de Luiz Paulo Machado para a revista Placar No próximo sábado Pelé completará 70 anos de idade e as homenagens, que já começaram, serão inúmeras no mundo inteiro. Por isso, não vou me estender muito ao falar do Atleta do Século XX, o Rei do Futebol, que com técnica inigualável e um preparo físico que estava a anos-luz dos demais colegas de profissão de sua época foi o principal jogador a elevar o futebol ao patamar de arte. Tudo o que se falar do jogador Pelé será pouco pelo que ele representa até hoje para o Brasil no mundo inteiro. Nenhum outro brasileiro é tão (re)conhecido como ele no exterior e seus gols e jogadas que ficaram registradas por câmeras de TV e cinema são mostradas diversas vezes nos mais variados cantos do planeta, principalmente quando se fala em Santos, Seleção Brasileira e Copa do Mundo. Veja também: Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro Parabéns, Dejan Petkovic Garrincha, 77 Maradona, que foi sim um gênio da bola, pode estrebuchar até depois que adentrar seu túmu...
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