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"PROFANO CORAÇÃO" ESTÁ DE VOLTA

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Lançado originalmente em 20 de julho de 2009, "Profano Coração" foi reeditado em versão digital com algumas modificações e quatro poesias extras. O livro está à venda em qualquer lugar do mundo pelo site da Amazon.  Para comprar no Brasil é  só clicar na capa ao lado e adquirir o seu.  Se gostar, recomende a todos que conhecer, agradeço encarecidamente desde já. Veja o que a premiadíssima cantora Ithamara Koorax escreveu sobre o que leu: "Lindo e muito tocante. É difícil encontrar as palavras certas nessas horas. Você contorna tantas situações da vida e da morte, da dor, do sangue, enfim, realmente é um Profano Coração. Belo demais. Ficarei relendo e descobrindo novas sutilezas. Gostei muito também das ilustrações, realmente são sensacionais. Parabéns ao Sóter, cujo trabalho eu não conhecia." Veja também: Poesia sem versos "Profano" conquista corações

A PROPÓSITO DO JORNALISMO, O QUE TENHO EU A DIZER

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Foram 25 anos de respeito, carinho, muitas e importantes amizades, imensos aprendizados, ótimas oportunidades e abertura de portas. A última delas puxada e empurrada pela maçaneta com muito cuidado por minhas próprias mãos, em 1º de abril de 2013. No entanto, não houve amor. Por isso - e só por isso - afirmo que se encerrou. Hoje, dia 7 de abril*, soube que se comemora o dia do jornalista porque vi nas redes sociais e acabei sendo parabenizado por amigas e amigos que ainda me consideram jornalista. Não me considero mais, não por desprezo, rancor, nada disso, muito pelo contrário. É por respeito mesmo, por saber que embora tenha cumprido minha missão da melhor maneira que eu podia fazer dentro de redações - indo da máquina de escrever igual a esta da foto à internet - em estúdios de rádio (por pouco tempo), nas ruas, estádios, festivais etc, jamais tive o mesmo orgulho e paixão que colegas com muito mais talento e vocação que eu têm por esta profissão ao mesmo tempo tão nobre e tão m...

ESTILHAÇOS 15

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Se você olha para o céu e pensa na vastidão que nos cerca, que a Terra - com bem disse Carl Sagan - é apenas um pálido ponto azul, lembre-se da imensidão das coisas minúsculas que passeiam pelo ar, através do nosso corpo, abaixo de nossos pés, dentro da terra, da água, das células, das moléculas, dos átomos. Há neste mundo invisível, tão invisível quanto o grandioso universo e todas as suas galáxias, também muito de espantoso, terrível, maravilhoso e misterioso. Veja também: Estilhaços 11 Estilhaços 8 Penso, logo sinto 15

MÚSICA PRA VIAGEM: UM A ZERO

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Pixinguinha Não há, no meu modo de ver, música que retrate melhor o futebol do que o choro "Um a Zero", de Pixinguinha e Benedito Lacerda. Em especial o futebol brasileiro, aquele que durante décadas e mais décadas foi considerado por público e crítica o melhor do mundo (mesmo quando não vencia a Copa). Sempre que a ouço, nos mais variados arranjos, com os mais diversos feras do chorinho, logo me vêm à memória imagens de Garrincha dominando a bola, levando adiante, encarando um, dois, três marcadores, driblando, parando, fingindo avançar, voltando, colocando o pé sobre a bola, dando uma paradinha, um tapa nela pro lado direito e se livrando de mais um "joão", chegando fácil à linha de fundo e com a aproximação de mais um adversário, retorna para entrar na área... Garrincha em ação na Copa de 1962 Porém, as imagens que fizeram a música surgir são bem mais antigas. Em 1919 - portanto 14 anos antes de Manoel Francisco dos Santos, o Garrincha, nascer em Pau...

A TERRA DE SALGADO

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"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez"  (Jean Cocteau ou Mark Twain) Nunca programei com tanta antecedência assistir a um filme como O Sal da Terra. Desde que li em setembro do ano passado uma matéria de capa na Ilustrada (caderno de cultura da Folha de S.Paulo) acerca do documentário sobre Sebastião Salgado, dirigido pelo seu filho, Juliano, e Win Wenders, tive tanta vontade de vê-lo que me antecipei e comecei a buscar vídeos no youtube de entrevistas e especiais sobre o estupendo fotógrafo e humanista brasileiro.  Desde então, Sebastião Salgado passou a ser mais uma grande referência para mim. Não que desconhecesse o trabalho dele, mas passei a conhecê-lo com mais profundidade: o artista, sua obra e, principalmente, sua visão de mundo e o seu legado para o Brasil e a Humanidade. Pois bem, só consegui ir ao cinema ontem, dia 20 de maio de 2015, acompanhado de minha mulher, já com algumas semanas de exibição nas telas do Rio (a esmagadora maioria...

OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESCREVER

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Escultura de Auguste Rodin Antes que alguém me pergunte ou faça qualquer observação sobre o tema: não, eu não gosto de escrever. Não que eu desgoste, deteste, despreze, não é isso, muito longe disso, aliás. Mas escrever é muito mais uma necessidade do que um desejo para mim. Ler, sim, é muito mais desejo que necessidade. Escrever me salva de mim mesmo e só se torna desejo quando a necessidade extrapola. O ato de pôr palavras e frases em ordem com (ou na desordem dos) meus pensa-sentimentos tenho certeza que têm me impedido de ficar louco ou morrer. Morrer mais no sentido de me anular, para ficar menos dramático, embora eu acredite piamente que signifique o mesmo.  Ler é como alimento, mata a fome e satisfaz a vontade de comer, saborear, ter prazer. É como o amor, desejo e necessidade na mesma intensidade. Escrever raramente dá prazer, já até escreveram que dói, o que não foge muito da verdade, embora me pareça uma alusão meio exibicionista, pedinte de atenção. Muitas veze...

UM INESPERADO ENCONTRO NA MADRUGADA

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Nas primeiras horas do último domingo, eu e um séquito de amigos e familiares saíamos de uma grande festa, quando nos deparamos com um grande e inesperado encontro. Distante ainda, eu o vi de costas, mas não tive qualquer dúvida, reconheci-o de pronto. Aproximei-me e solicitei a foto - sem selfie, porque senti que podia desagradá-lo com essas modernices. Meio a contra-gosto, ele aceitou fazer esta foto ao meu lado. Assustada com a nossa presença, a cabra vadia se esquivou, nada confessou e foi pastar em algum canto que não vi. Na despedida, ia parabenizá-lo pela vitória do seu Fluminense sobre o Botafogo horas antes, quando o mestre ralhou seu descontentamento comigo: "Você não me lê mais, nem assiste mais a peças de minha autoria tem já uns dez anos". Fiquei um pouco encabulado, pois tenho a consciência de que não foi por acaso ou por falta de oportunidades. Prometi reconsiderar minha decisão, motivada pela fortíssima - quase intransponível - influência que ele ex...

ENTRESSAFRA

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Nada pior para um escritor do que o período de seca. Ainda mais quando se alonga. Mesmo que idéias não faltem, elas teimam em não se transformar em palavras, frases, versos, ficam flutuando como nuvens brancas escondendo o sol sem ser sinal de chuva, se remexem dentro da cabeça, do corpo, ainda em gestação, sem estar no tempo de ganhar vida plena, esperando o momento certo de descer, fluir, nascer.  Há muitos anos parei de me sentar em frente a uma folha em branco com vontade de escrever e lançando no papel (naquela época escrevia com caneta ou à máquina) o que me viesse à cabeça. Quase sempre saía sem verdade, superficial, sem verve. Por isso, passei a respeitar meu tempo. Mesmo assim é uma enorme agonia passar por essa entressafra. Vídeo: "Amor de índio" (Beto Guedes/Ronaldo Bastos), com Beto Guedes Veja também: O escrever Manifesto de resistência Mãe exalta o amor em "O filho de mil homens" Conexões A grandiosidade de Victor Hugo

CARNAVAL

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No carnaval, bate no peito o silêncio a cada toque surdo do meu coração. Vídeo: "Esta melodia" (Bubu da Portela/Jamelão), com Marisa Monte e Velha Guarda da Portela. Veja também: Um encontro com Martinho da Vila A questão do fânqui e o velho Angenor

OS MAIORES JOGOS DE TODOS OS TEMPOS 11

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SUÉCIA 2 X 5 BRASIL - FINAL DA COPA DO MUNDO DE 1958 Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar; Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Mário Américo (massagista) Este ano aproveitei o que de melhor a internet pode oferecer para rever alguns jogos de futebol memoráveis no Youtube. Por conta própria, revi na íntegra duas partidas emblemáticas dos meus tempos de torcedor de arquibancada: Flamengo 0 x 1 Peñarol , fase semifinal da Libertadores de 1982, uma derrota até então inexplicável pra mim, e a vitória que mais me emocionou no Maracanã: Flamengo 6 x 0 Botafogo , em 1981. A trabalho, voltei ao doloroso dia 5/7/1982 para rever Brasil 2 x 3 Itália  para escrever um texto sobre aquela partida para a Revista História Viva . Corrigi falhas da minha memória e confirmei algumas impressões que haviam ficado desde então. Porém, hoje resolvi assistir a um jogo que jamais havia visto e na época em que foi realizado seria impossível, pois só nasci 8 anos depo...