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PERDAS IRREPARÁVEIS

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Quem souber o autor da charge, por favor, me diga pra que eu possa dar o devido crédito Em menos de 24 horas, o meio esportivo de Comunicação do Brasil perdeu três ícones na semana passada: Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz. Do Antero pouco posso falar particularmente, pois quase não o acompanhei, embora soubesse bem quem era, muito do que fez e por ter assistido a alguns vídeos hilariantes da apresentação do SportsCenter em dupla com Paulo Soares, o Amigão. Porém, de Silvio Luiz e Washington Rodrigues posso tecer mais parágrafos por ter ouvido e visto os dois com frequência, especialmente nos anos 80, quando ainda era só um torcedor fissurado por futebol. A exemplo de Antero Greco, ambos tinham uma verve humorística muito criativa. Os bordões de Silvio e do Apolinho estão na boca do povo há décadas. Não me cabe aqui ficar repetindo-os, pois já se cansaram de ler e ouvir, principalmente nos últimos dias. Nesta postagem gostaria de relembrar os momentos em que pude ter c...

A MACONHA EM QUESTÃO

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Antes de qualquer coisa esclareço: nunca fui usuário de maconha. No máximo inspirei indiretamente a fumaça de centenas em shows e de uns e outros em festinhas, nas quais algumas vezes o cigarro passou de passagem pelas minhas mãos sem nunca chegar à boca. Bebida alcóolica sim, praticamente todos os fins de semana, já há muitos anos. Posto isso, vou direto à minha opinião sobre o tema, que tem servido para dividir ainda mais a já rachada sociedade moribunda e hipócrita brasileira: sou a favor da liberação da maconha. E por quê? Simples: se a bebida alcóolica é, por que a maconha, muito mais inofensiva a outrem, não seria? Veja também: Trecho do ebook "Velhos Conhecidos" Esquizofrenia Explico-me: é muito, muito, muito mais fácil você ver ou se lembrar de alguém alcoolizado (e este alguém certamente é alguém bem próximo) ficar agressivo e até partir pra brigas sem que sequer tenha sido provocado. Já alguém que tenha fumado um baseado é bem possível que seja a vítima do alcooliza...

MÚSICA PRA VIAGEM: CHEIRO DE MATO

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Por onde anda Fatima Guedes ? Esta pergunta me veio à cabeça num fim de semana recente e a partir disso pegamos, eu e minha mulher, um aplicativo de música no celular para procurar a cantora, que só então descobri ser também compositora, e (re)ouvi-la. E que maravilhas ela compôs e gravou!  Incompreensível é estar tão esquecida. Incompreensível, mas facilmente explicável pela profunda futilidade artístico-comercial que abunda no país do bundalelê. Veja também: Entrevista: Nilze Carvalho Uma viagem no tempo e no espaço com Loreena McKenitt   A música que mais escutei dela no rádio, entre o fim dos anos 70 e 80, só me trazia à memória o refrão "manhã, manhã, manhã...". Mas ao escutá-la novamente percebi, prestando muito mais atenção do que 40 e tantos anos atrás, que era muito mais do que isso, tanto em beleza poética, quanto musical. Melhor, fiquei finalmente sabendo que a composição é da própria Fatima Guedes. Fiz uma rápida pesquisa, vi que ela está no instagram  ainda n...

PENSO, LOGO SINTO #38

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  A Arte é, desde sempre, a inimiga predileta da boçalidade.   Foto: Getty Images. Clicaê quem curte CDs e vinis! Esta série,  iniciada em 2011 , apresenta frases, reflexões, pensamentos curtos que me surgem na observação do mundo e da sociedade de uma forma geral. Podem estar inseridos já em alguma obra literária de minha autoria, virem a estar ou simplesmente se limitarem a uma presença única por aqui ou qualquer outro tipo de publicação isoladamente.  Acompanhe abaixo algumas das outras postagens desta série: Penso, logo sinto #30 Penso, logo sinto #19 Penso, logo sinto #14 Penso, logo sinto #2 Deixe abaixo o seu comentário, opinião, sugestão, crítica. Se gostar, siga o blog e compartilhe o que mais agradar. E não deixe de prestigiar os anunciantes do blog para que eu possa continuar publicando. Agradeço desde já. Veja também: Música pra viagem: My sweet Lord Nau poesia: Lágrimas de sangue Tempo presente Beleza e caos: Arte em toda parte Mensagem publicitária ...

NAU POESIA: ODE AO ÓDIO NA ERA DA PÓSTUMA VERDADE

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Na Era da Póstuma Verdade, Eis o Ódio a reinar Entre homens e  mulheres De todos os matizes, de todos os lados De todas as negações biológicas, Neurológicas, psicológicas  Nesta tribuna de desonra Homens odeiam mulheres  Mulheres odeiam homens Homens que se odeiam homens Mulheres que se odeiam mulheres Todos que odeiam gays Que odeiam humanos Humanos que se odeiam  E odeiam animais Florestas, rios, mares e pedras,  E apedrejam-se diariamente  Para concretar suas absolutas razões  Em rebocos e lajes e muros Sem qualquer razão  Insanos, irracionais Só enxergam os infernos  Calcinando o outro, a outra, outrem Inventam fatos e palavras E imagens reais, irreais, surreais E nos surram com suas verdades Imaginárias, das tênues linhas Que estão sempre à margem da total loucura De querer, exigir, urrar, espernear  Estrebuchar, a esmo atirar Pra reafirmar que se apoderou da razão  Da verdade revelada  Por seus gurus de estimação.  G...

E LÁ SE FOI ZAGALLO

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A notícia do falecimento de Mário Jorge Lobo Zagallo  é o assunto deste sábado. E, apesar de gigantesca concorrência na mídia e nas redes sociais, não posso deixar de fazer um texto em homenagem ao maior vencedor de Copas do Mundo da História do futebol e publicá-lo aqui. Embora tenha diversas divergências com a forma como ele conduziu a seleção em 1974, principalmente, e 1998, é preciso ressaltar sempre o trabalho de 1970 , iniciado sim por João Saldanha, mas aperfeiçoado com maestria pelo já bicampeão mundial como jogador, em 1958 e 1962. Zagallo, que comandava o grande Botafogo do fim dos anos 60, teve sensibilidade e sabedoria para colocar em campo aquela seleção que sacramentou o símbolo do futebol-arte e que é e será lembrado eternamente como um dos maiores de todos os tempos. Para mim, o de 1958 é ainda melhor, simplesmente por ter reunido Didi, Garrincha e Pelé, mas lá estava ele na ponta-esquerda, auxiliando o meio e marcando um dos gols na final contra a Suécia . É ...

PENSO, LOGO SINTO #37

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  A geração mimimi foi criada pela geração que a mimou. Clicaê quem curte CDs e vinis! Esta série, iniciada em 2011 , apresenta frases, reflexões, pensamentos curtos que me surgem na observação do mundo e da sociedade de uma forma geral. Podem estar inseridos já em alguma obra literária de minha autoria, virem a estar ou simplesmente se limitarem a uma presença única por aqui ou qualquer outro tipo de publicação isoladamente.  Acompanhe abaixo algumas das outras postagens desta série: Penso, logo, sinto #15   Penso, logo sinto #12   Penso, logo sinto #8 Penso, logo sinto 28 Deixe abaixo o seu comentário, opinião, sugestão, crítica. Se gostar, siga o blog e compartilhe o que mais agradar. E não deixe de prestigiar os anunciantes do blog para que eu possa continuar publicando. Agradeço desde já. Veja também: Olhares alhures - fotos #23: Arpoador Música pra viagem: Milho aos pombos Esquizofrenia Estilhaços #15 Mensagem publicitária Clique na imagem acima para receber ...

GERMÁN CANO, O OSCAR SCHIMDT DO FUTEBOL

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Germán Cano. Foto: AFP Oscar Schmidt. Foto: Fiba Germán Cano é o Oscar Schmidt do futebol. Peço desculpas por logo no início deste texto praticamente repetir o que está no título da postagem. É só uma questão de ênfase, pois é de intensidade, continuidade, persistência, obstinação que se trata o que publico aqui e agora. Cano, hoje, e Oscar, no seu tempo de grande jogador de basquete, são e serão reconhecidos pela obsessão por bola na rede. Para eles nunca houve distância da meta que os impedisse de tentar colocá-la no alvo. Não há medida, nem mesmo equilíbrio preciso para a necessária obstinação de alcançar a plena felicidade de se comemorar um tento.  Saem e saíam por vezes arremates tortos, risíveis, irritáveis até. Porém, não se envergonhar de ter sempre os olhos, a alma, todo o corpo e o espírito entregues inteiramente ao jogo, todo o ser na partida voltado unicamente para a busca incessante pelo objetivo maior, o claro objeto do desejo de todo artilheiro ou cestinha, é o qu...

DINIZ, SERVIDOR DE DOIS AMOS

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Fernando Diniz, técnico da seleção brasileira e do Fluminense. Foto: Getty Desde que soube que Fernando Diniz havia aceitado a proposta da CBF para ser técnico da seleção brasileira (interinamente ou não, sabe-se lá se Carlo Ancelotti vem mesmo) sem deixar o comando técnico do Fluminense , logo me recordei da comédia de  Carlo Goldoni , "Arlequim, servidor de dois amos" ("servo de dois mestres", ou "de dois patrões", dependendo da tradução. Prefiro a que citei primeiro). Não que este fato seja novidade por aqui, ocorreu seguidas vezes até o fim da década de 70, mas surpreende pelo total anacronismo e também pelas sérias questões éticas que abrangem este acúmulo de cargos no futebol atual, ressaltando que quase sempre convocar um jogador de clube brasileiro é desfalcá-lo em jogos importantes. Ponha-se como atual o das últimas 3 décadas.    Peço licença a você para resumir a primorosa comédia do italiano Goldoni que estreou em 1746. Com o objetivo de comer ...

DE CARONA COM EURICO MIRANDA

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Vou pegar uma carona com o recente lançamento da série "A mão do Eurico" , do Globoplay , pra contar uma história curiosa que vivi com Eurico Miranda e que pode surpreender muita gente. O fato ocorreu em 1991, quando eu era um dos repórteres do Jornal dos Sports que cobriam o dia a dia do Vasco  e Eurico, o vice-presidente de futebol do clube. Éramos três setoristas no Vasco para escrever matérias sobre o clube que ocupasse, juntamente com as fotos, uma ou duas páginas diárias no Cor de Rosa, num tempo em que a área impressa de uma página standard de jornal tinha a largura de 33cm (atualmente é de 29,7cm, por 56cm de altura).  Pela manhã, normalmente quem ia a São Januário ou onde o time estivesse treinando era o saudoso Eliomário Valente, que já deixava boa parte do trabalho feito. À tarde íamos eu e Virgílio Neto, que na época assinava Sebastião Virgílio. Numa tarde provavelmente posterior a dia de algum jogo do Vasco, Virgílio devia estar de folga ou cobriu a do Eliomário...