A montagem do filme também tem uns vacilos, com cortes
estranhos. Um dos momentos mais importantes da história apresenta um grave problema a meu ver: o espectador só sabe que Marius desconhecia que Valjean o havia salvado no levante de 1832 no momento em que o personagem vivido por Eddie Redmayne descobre quem tinha o levado desacordado nas costas pelos esgotos de Paris. Mas o que mais chama a atenção negativamente é a
atuação de Russel Crowe, logo no importantíssimo papel de Javert. Claro,
interpretar cantando não deve ser moleza, mas acho que ele se saiu bem melhor
usando sua voz, o que não significa muito.
Por outro lado, as músicas são belíssimas, assim como figurinos, maquiagem e cenários, e a atuação de Anne Hathaway merece tanto
destaque quanto a estatueta que arrebatou na noite de domingo passado (melhor atriz coadjuvante).
Excelente a Fantine composta por ela. Como excelentes também são as crianças,
em especial o que interpreta um personagem que já havia me cativado no livro: Gavroche,
que o lourinho Daniel
Huttlestone fez com maestria.
Não tive a oportunidade ainda de ver o musical no teatro,
lacuna que pretendo preencher nem que seja pelo vídeo, mas para o filme, se tivesse a oportunidade de opinar, diria que o melhor seria intercalar falas com cantos. Creio
que funcionaria melhor.
Foto: Hugh Jackamn (Jean Valjean) e Anne Hathaway (Fantine), no filme "Os miseráveis".
Vídeo: "Do You Hear The People Sing" e "Look Down (The Beggars)", músicas do mesmo filme.
Veja também: A grandiosidade de Victor Hugo
A Cruzada das Crianças
A conversa continua
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