Foto: Fernando Gustav |
A primeira missão pelo Museu da Pelada em 2020, ao lado dos parceiros e amigos Fernando Gustav e Vander Schons, foi marcada por uma série de emoções. A primeira foi a de estar na estrada cortando o Estado de Santa Catarina para descobrir o Grande Oeste catarinense. Depois, o de reencontrar na bela São Lourenço do Oeste o ex-goleiro e ex-treinador de goleiros Wendell quase 30 anos após conhecê-lo pessoalmente em São Januário, na cobertura diária do Vasco da Gama, pelo Jornal dos Sports, e de conhecer seu dedicado filho, de mesmo nome, que também nos recebeu maravilhosamente bem (veja a entrevista clicando aqui).
E, na volta a Florianópolis, inda tive a oportunidade de visitar a Arena Condá, em Chapecó, onde bateu realmente uma emoção. Em vídeo, que você pode assistir lá embaixo, pude prestar uma pequena homenagem a todos que partiram naquele trágico vôo de novembro de 2016, em especial ao jornalista Paulo Julio Clement. O áudio não está perfeito por causa da ação do vento em alguns momentos, mas no meu modo de entender não invalida o registro feito no estádio da Chapecoense.
Na estrada, pude observar belíssimas paisagens e cidades, ter contato com pessoas do povo extremamente amáveis, sendo que, algumas, por causa das camisas que vestíamos, bem curiosas para saber o que é o Museu da Pelada. Porém, não passaram despercebidas situações no mínimo muito questionáveis, como as gigantescas extensões das plantações de milho e soja ao longo de todo caminho; os porcos confinados em muitos caminhões exalando um fedor indescritível pelas rodovias; cidades minúsculas, e a reserva indígena Xapecó (isso mesmo, a tribo é com "x", a cidade com "ch"), com muita gente com cara de índio, mas vivendo em verdadeiras favelas em condições degradantes que nada têm a ver com a cultura indígena, que deve sim ser preservada para que haja verdadeiramente proteção das nossas florestas nas terras demarcadas.
Como está no título desta postagem, foi uma viagem que guardarei em minha memória até o último dos meus dias. A trabalho foi certamente a melhor que fiz em todos os sentidos. Portanto, só tenho a agradecer por esta oportunidade de unir o meu trabalho a tantos sentimentos, sensações, descobertas e conhecimentos.
Veja também:
Oceano de memórias em "O negro crepúsculo"
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