Ainda na manhã desta vida errante deixei sem sorrisos uma alegre infância. Entre um ser meio modesto, meio fascinante, cedo descobri que neste mundo vaga pra mim é que não havia. Pois porque não pude entrar, logo percebi que é porque vim pra caminhar, não nasci pra competir, perder ou ganhar. Como se definiu Cecília, a poetisa, também só vim aqui pra passar. E outro dia mesmo me perguntaram: “como pode alguém tão jovem não querer competir, como pode alguém só querer caminhar?” Pois é este o meu caminho, meu mundo, minha fé, isso que carrego em meu peito, em meus ombros numa procissão de um homem só, porque Deus deixei largado no meio do caminho que ele não teve fôlego nem paciência pra me acompanhar Ou será que foi por que eu disse logo: homem, vê se larga do meu pé! E caminho, caminho, nessa ausência de Deus que Clarice, outra poetisa, também escreveu ser um ato de fé, religião até. Pois levo esta minha fé como se fosse parte vital do corpo uma fé não escri...