NAU POESIA: POESIA SEM VERSOS*
a existência é um imenso vazio recheado de tudos recheado de nadas as árvores das ruas as copas das árvores as folhas das copas as copas flanantes bailantes sensíveis à mais leve brisa vento vento vento voa gaivota voa a vida voraz, efêmera e eterna a esperança alimento luz e energia viva desesperança também por que não a chance uma pequena viva cor viva incendeia o esmaecido solo que pisamos que deitamos em que nos ralamos a ferida aberta a dentadas a unhadas sangue brotando e escorrendo denso e fluido onde a vida começa e termina no círculo não há início, meio ou fim não há rumos não há objetivos não há alvos somente caminhar o eterno retornar o passar para deixar algo de si desmantelado esfacelado poeira suspensa que parece cair que parece levitar
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Ilustração produzida com auxílio de IA |
"Poesia sem Versos" faz parte do livro Profano Coração, que está à venda, em todas as versões digitais, na Amzon do Brasil e de mais 13 países. Para adquirir no Brasil o seu ebook, clique na capa acima. Lançado originalmente em 2009 por uma editora que posteriormente não teve escrúpulos e continuou a vendê-lo após o término do contrato, em 2011, sem repassar qualquer percentagem das vendas ao autor, o livro foi muito elogiado. Para ler algumas opiniões sobre ele, clique aqui.
depois que lí, me veio um 'ufa'... rs rs, pois lí num fôlego só...
ResponderExcluirA intenção foi esta, por isso "sem versos" ou em um único longo verso. É a versão.rsrs Obrigado, pena que não assinou. Mas volte sempre.
ExcluirO que nos resta é contemplar a existência.
ResponderExcluirAmiga, interpreto de forma diferente, mas pode ser que você se refira a existência como algo que entendo de outra maneira. Existir apenas, pra mim, é respirar e seguir no automático. Portanto, creio que tenhamos de ir além da existência, inclusive praticando a contemplação. Obrigado pelo interesse, o comentário e o apoio de sempre. Volte mais e mais e mais vezes.
ExcluirO que eu quis dizer, poeticamente rsrs...que "existimos" esquizofrenicamente e esquecemos de "contemplar" a nossa existência. Eu, por exemplo, fiz da minha maior parte da vida a ausência da contemplação. Hoje vejo o quanto perdi de minha "existência".
ExcluirInterpretamos a palavra de formas distintas (e estou interpretando hoje possivelmente de forma bem diferente de quando escrevi, há uns 25 anos, creio). Por isso a poesia é tão rica. Eu escrevo, depois publico, você lê e a refaz, ou a faz de sua maneira, com sua vivência, sua cultura. E ela ainda pode me levar a outra interpretação mais adiante. Uma coisa é você ler algo com 20 anos, outra com 40, depois com 60. Obrigado por enriquecer o debate, minha amiga. Volte sempre. Bjs.
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