A reboque das últimas - ao mesmo tempo importantes e tumultuadas - manifestações populares nas ruas do Brasil, veio um medo do retrocesso, de um novo golpe militar em virtude da infiltração de extremistas (de direita ou esquerda?) confundidos e ou misturados com bandidos. Isso tanto no asfalto, como nas redes sociais. Porém, já há muitos anos vejo como o maior risco que o país vem correndo não é a volta dos militares ao poder na base da força bruta. O enorme perigo que corremos é a eleição "democrática" de um pastor evangélico para a Presidência da República com maioria no Congresso.
Com a condescendência do PT em sua da sêde de poder, a representatividade dos políticos-pastores cresceu num ritmo ainda maior do que vinha acontecendo anteriormente, com seu projeto de uma portinha, uma igreja que vem corroendo culturalmente o país nos seus mais remotos recantos desde o início da década de 90 - embora a semente tenha sido plantada muito antes, é só recordar os programas de Jimmy Swaggart nos anos 70.
Adquirindo jornais, emissoras de TV e rádio e comprando horários nas que (ainda) não os pertenciam, os pastores foram se aproveitando da continuidade da política de investimento maciço em ignorância popular que vem norteando os governos civis e militares desde 1964 para conduzir e aumentar em progressão geométrica seu rebanho de fiéis financiadores e eleitores. Estamos muito próximos de nos depararmos com essa realidade. E se isso se confirmar, aí sim o Brasil arderá nas chamas do inferno.
Vídeo: "Tomara" (Alceu Valença/Rubem Valença Filho), com Alceu Valença.
Veja também: O outro ovo da serpente
Profecia
Mais uma sobre Educação
Sabe que eu tambem tenho bastante receio disso. Militares de volta não seria bom, abortaria um processo de aprendizado de democracia, pelo qual passa a sociedade brasileira, mas pastores seria realmente uma desgraça.
ResponderExcluirAcredito que será uma ditadura ainda pior que a dos militares, meu caro Airton. Forte abraço e muito obrigado por participar do blog. Volte sempre!
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