Valter Hugo Mãe |
Com o amor ao próximo tão fora de moda é realmente uma felicidade ler um livro que o eleva ao patamar do qual jamais deveria deixar: o da máxima grandeza. Em seu "O filho de mil homens" (Cosac & Naify), o escritor Valter Hugo Mãe, nascido em Angola, mas que vive em Portugal desde a infância, proporciona aos anacrônicos, sonhadores, utópicos ou ingênuos voltarem a acreditar que o sentimento que nos torna além-humanos ainda está vivo, mesmo que numa ficção. Porém, como já escrevi algumas vezes há mais verdades nas ficções do que no noticiário do dia-a-dia, é mais que uma esperança, bate uma certeza de que os tempos, eles mudarão.
Com notória influência de José Saramago e Gabriel García Márquez, Mãe tece seus personagens individualmente, com ternura, para ir entrelaçando-os ao longo da trama, numa narrativa envolvente, acolhedora, embora a dor, a discriminação, a ignorância, a intolerância, a ganância estejam bem presentes para nos mostrar em contraponto a beleza dos opostos - ou do oposto - disso tudo. Com o pescador Crisóstomo à frente de todos, como um condutor do mais nobre sentimento, Mãe faz jus ao sobrenome e exalta o amor maior, o verdadeiro e gigantesco e puro amor em tempos de egoísmos extremos, em plena Era do Cinismo.
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Você me apresentou o livro e curti muito a sua vibração com ele. Pretendo ler para divagarmos um pouco nesse nobre sentimento.
ResponderExcluirTrocar com você é interminável. Adoro.
Será um imenso prazer, como sempre, aliás. Muito obrigado por tudo sempre, meu amor. Beijão.
ExcluirCaro Edu, não li o livro e agradeço a dica. Por outro lado, estou convencido de que o amor verdadeiro supera tudo, todas as diferenças, todos os preconceitos. O amor é o sentimento que mais nos aproxima de chama divina. Tudo o mais é secundário e efêmero.
ResponderExcluirO livro exalta exatamente isso que você descreveu, meu amigo. Você vai gostar. valter hugo mãe é um grande escritor. Abração, volte sempre.
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