Pois é, no fim das contas, o que bate mais forte e manda mesmo é o (profano) coração. Embora tenha até feito campanha contra, posso dizer que, se não estou pulando de alegria e gritando, afinal estou insone porque trabalhei a madrugada inteira na cobertura dessa eleição, tampouco estou triste com a notícia que me tirou da cama. Agora, o Brasil terá Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, no Rio. É hora de começar já a fiscalização com lupa e microscópio aos ladrões da pátria, para que eles não metam a mão nessa bocada. Alguns que já cederam a tentações bem menores estavam lá em Copenhague vibrando com mãos e lábios trêmulos, não se iludam.
Se era preciso Copa e Olimpíada para finalmente começarmos o país, que agora tenhamos Saúde e Educação decente e para todos - eu disse e repito: TODOS! - em tempo integral. É preciso que isso seja seriamente exigido dos que tanto prometeram legados e vêm deixando a desejar há muitos anos. São essas as Olimpíadas que eu quero ganhar, a de um país saudável e educado. E saúde e educação não se fazem só com hospitais e escolas, é antes de tudo saneamento básico, é não jogar lixo nas ruas, é respeitar os outros, é responsabilidade com dinheiro e o patrimônio públicos, é preservar o que de verdadeiro e bom nossa diversificada e miscigenada cultura oferece, é aceitar as diferenças...
Festejar é muito bom, mas é muito trabalho honesto - eu disse HONESTO - o que este país necessita mais. Não há mais tempo a perder!
Leia aqui Oferenda (ou Canção de um Ser Dilacerado), um dos destaques do livro "Profano Coração", de Eduardo Lamas.
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A gente ganhou, é? Ih, não gostei não. Já vimos esse filme no PAN. Ainda bem que nãoa companhei nada, pq talvez tiesse amarelado tb. Educação e saúde. As sinto tão distantes. BJs.
ResponderExcluirO que decepciona é a falcatrua por trás do espírito das olimpíadas. O evento em si é mágico e reúne uma classe exemplar de lutadores: atletas. A política é falsa, é fria e por isso não se contagia com o espírito do evento e transforma tudo em uma grande oportunidade ilícita. É uma pena.
ResponderExcluirEdu, confesso que "verde-amarelei" muito antes, na verdade, desde que me entendo por gente (e lá se vão muitos anos). Por mais que eu seja crítico com o nosso país, não consigo misturar as coisas. Há hora para tudo. Nesse momento, horas após o anúncio da vitória da candidatura carioca, derrotando 3 cidades do primeiríssimo mundo, só encontro tempo para a comemoração. É claro que reconheço a magnitude do desafio e dos riscos que corremos. E com o histórico de nossos políticos, a preocupação realmente procede. Mas, por hora, eu quero mesmo é comemorar.
ResponderExcluirAcho que é bom sim para o país. Mas, por mais "olho" em cima, vai ser difícil controlar a "ambição" dos que estavam ávidos por isso, não pelo Brasil, mas por seus bolsos. Concordo que prioridades básicas e mais que urgentes existem sim,(e muitas), seria maravilhoso termos tido essa oportunidade com nossos problemas básicos resolvidos, mas...pacência, é respirar fundo e mais uma vez ver apenas o lado bom de toda essa história. Concordo com a Denise, acaba sendo uma pena. Boa tarde, Eduardo.
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