Um dos motivos que fazem o futebol ser fascinante é que, mais do que qualquer outro esporte, ele é uma metáfora da vida. As frases mais usadas por comentaristas, narradores, repórteres, dirigentes, jogadores, técnicos e torcedores para definirem uma situação de jogo, uma partida ou o próprio esporte servem para o cotidiano de todos nós. Se o futebol é uma caixinha de surpresa, a vida é algo diferente?
Qual torcedor nunca lamentou que seu time - ou algum amigo, por exemplo - tenha perdido tantas oportunidades que acabou sendo derrotado? É, quem não faz, leva. Quem não bobeou por ficar esperando a bola no pé (ou uma chance com uma menina ou um cara), em vez de ir em sua direção, e ver um rival mais rápido e esperto ficar com ela? Quantas vezes um jogador ou time - pessoa ou família - foi desprezado e deu a volta por cima?
Que partidas épicas - ou momentos grandiosos na vida de alguém - ocorreram quando um time (ou a própria vida) parecia acabado(a), mas conseguiu arrancar forças para uma virada espetacular? Quem nunca se enfureceu com sua equipe - amigo ou colega de trabalho - por ficar morcegando, sem se esforçar para ao menos cumprir seu papel? Ou mesmo por jogar - ou agir - burocraticamente?
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Quantas injustiças não vimos nos gramados e na vida? Quantas carreiras - e vidas - desperdiçadas por quem teve todas as chances do mundo? E quantos venceram mais pela persistência do que pelo talento? Quantas derrotas dolorosas nos trouxeram grandes aprendizados e quantas vitórias fáceis não nos estragaram? E que lição nos traz a frase "Quem tem medo de perder perde a vontade de vencer"!
No entanto, o grande problema é que a imensa maioria dos torcedores - especialmente os ditos "profissionais" - não usam em suas vidas o que exigem de jogadores, técnicos e dirigentes de seus times.
Vídeo: os gols de Brasil 2 x 3 Itália, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Imagens da TV Globo, narração de Luciano do Valle.
Belíssimo texto Amigo!!!! Parabéns! Claudio
ResponderExcluirMuito obrigado, Cláudio! Volte sempre, meu amigo. Precisamos corrigir uma falha grave: nunca jogamos uma pelada juntos. Vamos corrigi-la em breve. Abração.
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