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NAU POESIA: CHORINHO

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Sílabas cortadas metades de meias-palavras meias-palavras sopradas meias-palavras tragadas frase golfada frase engolida Dedo pedindo silêncio dedos equilibristas bailando língua sem freio, boca sem céu finos lábios vibrantes Saliva, gengiva quase sorriso, sorridente, risinho Rosto contorcido, dentes quase choro, choramingo, chorinho. Ilustração de Sóter França Júnior Veja também: Nau Poesia: Amores Nau Poesia: Nada mais Chorinho no Lamascast Obs.: Esta poesia foi republicada no dia 6 de agosto de 2023. Vídeo: "Santa Morena", de Jacob do Bandolim, por Trio Madeira Brasil Esta poesia faz parte do livro "Profano Coração", o de estreia de Eduardo Lamas Neiva. A obra está à venda na Amazon do Brasil e de mais 12 países na versão digital (ebook). Caso queira adquirir o seu na amazon.com.br, é só clicar aqui . Veja também: A grandiosidade de Victor Hugo Nau Poesia: Lágrimas de Sangue Nau Poesia: Espiral do tempo "Profano" conquista corações

GASOLINA NO INCÊNDIO #6

Com "Gasolina no Incêndio" pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A sexta questão-provocação é a seguinte:   O conjunto de versos totalmente desprovido de filosofia não é poesia, é mero jogo de palavras.   Veja também: Gasolina no Incêndio 5 O Espírito dos Insensatos Gasolina no Incêndio 7 "Profano" conquista corações   Futebol-Arte: Os Maiores Jogos de Todos os Tempos Gasolina no Incêndio 8 Gasolina no Incêndio 9

MANIFESTO DE RESISTÊNCIA

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Estou espantado com a passividade com que foi encarada até agora a tal reforma ortográfica da Língua Portuguesa. Passividade de um lado e do outro um movimento quase festivo de meios de comunicação que já anunciam suas adesões precoces à grande novidade. Manuais já circulam pela internet para que todos estejam inteirados do que mudará. Eu, como jornalista e escritor e antes de tudo cidadão, sinto-me aviltado por uma reforma que teve como manipuladores burocratas e pseudo-intelectuais. Não sei ainda como isso está sendo encarado em Portugal, por exemplo, mas aqui, repito, eu me vejo perplexo com a submissão alegre com que está sendo acatada esta mudança decidida por uma minoria. As línguas e os dialetos são vivos, mas historicamente os "poderosos" sempre quiseram unificá-los, padronizá-los, pasteurizá-los, aprisioná-los ou exterminá-los. Fico imaginando o que deve estar se passando na cabeça dos professores de Português a esta altura do campeonato. Muito do que ensinam com di...

GASOLINA NO INCÊNDIO 5

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Com "Gasolina no Incêndio" (agora também no orkut, clique aqui ) pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A quinta questão-provocação é a seguinte: Mesmo numa relação entre dois seres do mesmo sexo, ela só é possível quando há o encontro do masculino de um com o feminino do outro. É a natureza. Veja também: Gasolina no Incêndio 4 Gasolina no Incêndio 6 Gasolina no Incêndio 9

NAU POESIA: TECELÃ NATUREZA

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Ilustração do quadro "Lírios", de Vicent Van Gogh À memória de Vincent Van Gogh Sobre verdes tons e sobretons variados - quase novas cores, inomináveis matizes – dispersam, tecendo de renda o céu cinza choroso pontilhado de folhas suspensas e nervuras verde musgo esgarçadas, harmônicas, delicadas, sutis, prolongamentos de veias e artérias pardas. Esse véu delicado, obra de talentosa tecelã, levita no ar, como se lhe cobrisse os longos e invisíveis cabelos. Veja também: Nau Poesia: Oferenda (ou Canção de um Ser Dilacerado) Nau Poesia: Tardes de Outono "Tecelã natureza" é uma das poesias publicadas no livro " Profano Coração ", o de estreia do escritor e jornalista Eduardo Lamas Neiva , com ilustrações belíssimas de Sóter França Júnior.  Caso queira ler a obra completa, ela está à venda somente na versão digital (ebook) na Amazon do Brasil e de  mais 12 países . Clique aqui  para saber mais. Obs.: Esta poesia, publicada originalmente ne...

NAU POESIA: NADA MAIS

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A rua com suas imensas cicatrizes O mar com suas estranhas estrias O céu e suas ranhuras de nuvens A letra mal rabiscada num papel amassado O olhar assustado de um rosto feminino, porém selvagem O arrepio que faz o corpo tremer O cheiro da chuva no asfalto escaldante O resvalar de pele num encontro incomum O rasgo criativo em meio ao lugar comum O estímulo que vem do cansaço A revelação involuntária como se fosse oração Uma fita ao léu em laço A luz que não pede licença e doura a poeira no chão O som fluido que levanta pêlos, cabelos A planta que nasce na brecha do concreto As curvas do rumo reto A obsessão por tudo isso, ademais: Poesia, nada mais. Esta poesia abre o livro "Profano Coração", de Eduardo Lamas, que está à venda na versão digital. Para adquirir o seu, clique na capa ao lado.  Veja também: Lágrimas de sangue Tardes de outono "Sutilezas": amor, paixão e surpresas "O negro crepúsculo", um trabalho de 11 anos

GASOLINA NO INCÊNDIO 4

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Com "Gasolina no Incêndio" pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A quarta provocação são duas: Na teoria os comunistas se preocuparam tanto com as necessidades que se esqueceram do desejo. Na prática, satisfizeram as necessidades e os desejos apenas dos donos do poder. Não pode ter boa índole quem se diz capitalista. É uma questão de princípios, meios e fins.   Veja também: Gasolina no Incêndio 3 Gasolina no Incêndio 6 "Profano" conquista corações Futebol-Arte: Os Maiores Jogos de Todos os Tempos Gasolina no Incêndio 8

GASOLINA NO INCÊNDIO 3

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Com "Gasolina no Incêndio" (agora também no orkut, clique aqui ) pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A terceira provocação é a seguinte: Os homens mentem muito, mas as mulheres enganam melhor. Ilustração: La Maja Desnuda, quadro de Francisco Goya Veja também: Gasolina no Incêndio 2 Gasolina no Incêndio 6 Gasolina no Incêndio 7

GASOLINA NO INCÊNDIO 2

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Com "Gasolina no Incêndio" pretendo provocar quem aqui venha, mexer com os brios mesmo. Incomode-se, reclame e até xingue se achar necessário, mas aqui não cabe a indiferença. Não vou censurar nenhum comentário, mas assuma-se, não se esconda no anonimato (in)conveniente, nem com apelidos irreconhecíveis. A segunda provocação é a seguinte: Só um homem estúpido, insensível e egocêntrico não consegue entender uma mulher. E aí, concorda? * Ilustração retirada de Ramires's Public Gallery Veja também: Gasolina no Incêndio 1 Gasolina no Incêndio 6

NAU POESIA: OFERENDA (ou CANÇÃO DE UM SER DILACERADO)

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Transpasso meu ser rompendo barreiras sensitivas e caminho a passos largos rumo aos estágios mais elevados da loucura, da insanidade total, tangencio a alienação bestial, a genialidade que contém todo o mal que há em si, resvalo pelas sombras abjetas dos meus desejos, dos meus esgares, das minhas margens, dos meus interiores mais recônditos, mais pervertidos, mais funestos. Corto o meu elo comigo mesmo com as pontas de uma faca de dois gumes, Reparto meus restos com as unhas arranhando o chão áspero, o solo impenetrável que me foi concedido por mim mesmo, por mim a mim. Desejos retesados explodem pelos meus poros, guitarras distorcidas espancam meus tímpanos, roncos de motor sacodem minha cabeça: É o seu corpo nu em oferenda. O corpo que você me oculta, mas que eu vejo, eu toco, sem olhos e sem mãos. Meu corpo não se move mais ao meu comando: É ser independente. Eu o afasto do que verdadeiramente sou e agora as sensações das imagens são novas, não só visão, são imagens, a...