Rita Lee na época do lançamento de "Fruto Proibido", seu terceiro álbum solo |
Se tivesse que definir Rita Lee com uma única e escassa palavra, esta seria sagacidade. Sim, para mim, a grande cantora e compositora que se despediu deste louco mundo na segunda-feira à noite era muito sagaz. Nas palavras, nas músicas, em seus pensamentos e frases sempre estava lá, bem presente, o seu humor, sua rapidez de raciocínio, uma tirada surpreendente, sublinhada pela peculiar inteligência - e aqui peço perdão pela repetição, para frisar bem - sagaz.
Nunca tive o prazer de entrevistar Rita Lee, sequer estar perto, nem show tive a chance de assistir. É, falha grave de minha parte, mas creio que compensei um pouco por comprar alguns de seus discos, em LP ou CD, e os ouvir, entre outros que não possuo, inúmeras vezes. Com muito, muito, prazer. Isso sem falar nos sucessos tocados insistentemente no rádio e na TV, especialmente na abertura de novelas. É, tenho um passado noveleiro, confesso.
Clicaê quem curte CDs e vinis!
Acrescidas às músicas que Rita gravou, as entrevistas a que assisti, mais a que tive o privilégio de fazer com Sérgio Dias, seu ex-companheiro de Mutantes, que apesar da longa distância (no tempo e no espaço físico), não deixou de declarar o seu amor por ela - declaração refeita ontem nas redes sociais -, posso dizer que de alguma forma eu a conhecia.
E para fazer uma pequena, mas sincera, homenagem e não deixar passar a despedida, que sempre "traz a esperança escondida", saindo do óbvio, como bem gosto (e ela também adorava, claro), trago aqui à série "Cartão Postal", que Rita Lee gravou em seu terceiro álbum solo: o maravilhoso, espetacular, sublime "Fruto Proibido", com a "bandaça" Tutti Frutti. A composição é dela e do Paulo Coelho, como outras do mesmo disco.
Muito obrigado, Rita!
"Pra quê, sofrer com despedida..."
O legado da Rita é gigante! Difícil até de descrever por atravessar as barreiras da hipocrisia. É uma estrela no nascimento, na vida e na morte. Tive a sorte de assistir a dois shows dela. Um em 81 no Maracanazinho e outro em Bento Gonçalves, numa antiga destilaria de Malte, no início dos anos 2000, não me lembro o ano exato. Porém, lembro-me muito bem que ela pediu que deixassem entrar o público pendurado no muro.
ResponderExcluirSe dúvida alguma, minha amiga. Rita é gigante! Obrigado, mais uma vez. Volte sempre. Bjs.
Excluir