quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ADEUS, PAULO JOSÉ

Paulo José, como Shazan, e Flavio Migliaccio, como Xerife, na TV Globo

Todas as homenagens estão sendo feitas neste momento ao grande ator Paulo José e muito se escreverá, se falará, comentará e será mostrado da carreira deste artista gigante de nossa Cultura em (quase) todos os veículos de comunicação do país. Mais do que merecidamente. Para mim, ele, como também era o caso de Flavio Migliaccio, será sempre lembrado pelo meu olhar de criança, que adorava e não podia perder de jeito nenhum a dupla Shazan e Xerife, criação de Walther Negrão para a novela "O Primeiro Amor", cujo o LP das trilhas nacional e internacional tínhamos em casa, e depois de tanto sucesso se tornou uma série na TV Globo

Outra ótima lembrança que tenho de Paulo José foi bem no início deste século, mais precisamente em 2000, quando saí correndo de Niterói, onde trabalhava no jornal O Fluminense, peguei uma barca e fui ao Museu Histórico Nacional, na Praça XV, Centro do Rio, para assistir a uma palestra do mestre José Saramago, que lançava o seu livro "A caverna". Paulo José esteve ao lado de Saramago à mesa para ler um trecho do livro naquela noite inesquecível de 13 de dezembro, data que a internet me informa.

Mesmo que, como já ocorreu com tantos outros artistas importantíssimos e maravilhosos que partiram nos últimos três anos, seja ignorado pelos desprezíveis ignorantes do desgoverno federal, o que talvez até seja um grande elogio, Paulo José está na História do cinema, da televisão e do teatro do Brasil. Do país que podemos escrever com letra maiúscula. 

"Hey, Shazan, herói de história em quadrinhos..." "Hey, Shazan, aprendi a sorrir com você". Adeus, grande Paulo José! Muito obrigado, muito obrigado. Todos os aplausos, de pé, pra você.

PS.: um dia após a morte de Paulo José, despediu-se deste mundo Tarcísio Meira, outro grande ator, com trabalhos memoráveis na TV, principalmente, no cinema e no teatro. Tristes dias para a Cultura deste maltratado país. 

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2 comentários:

  1. A dupla Xazan e Xerife tem um lugar cativo em minha memória afetiva. Talvez por isso Paulo José sempre tenha sido um ator para quem sempre olhei diferente e que gostava de ver atuar. Quanto a ninguém desse desgoverno se pronunciar, podemos dizer que é coerente com a mediocridade deles.

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    1. Grandes lembranças da infância, Célio. Muito obrigado pela visita e o comentário. Desculpe a demora a responder, não tinha visto anteriormente. Abração, volte sempre.

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