A confissão de Rafael Sóbis de que tirou o pé, amoleceu um jogo de 2016 para o Internacional, time pelo qual foi revelado, quando atuava pelo Cruzeiro, me fez ontem me recordar de três histórias envolvendo ética, palavrinha que vem sendo reduzida a pó, no futebol. Uma delas já publiquei neste blog e você pode ler clicando aqui. As outras duas se referem a jogadores que torciam para um clube na infância e brilharam em jogos importantes contra o antigo time do coração.
O ex-volante Andrade era botafoguense na infância, em Juiz de Fora (MG), sua terra natal, quando o Botafogo goleou o Flamengo, por 6 a 0, em 1972. Nove anos depois foi o autor do sexto gol rubro-negro sobre o Botafogo, quando o placar foi devolvido, e comemorou como nunca. Apesar de ter jogado no Vasco, posteriormente, enfrentando o Flamengo com o mesmo empenho, sendo inclusive campeão brasileiro em 1989, o Tromba, como é carinhosamente chamado pelos antigos companheiros de Fla, está intimamente ligado ao clube rubro-negro, do qual foi funcionário e, como treinador, campeão brasileiro em 2009.
Zico e Júnior abraçam Andrade, encoberto, na comemoração do sexto gol sobre o Botafogo, em 8 de novembro de 1981. Foto: Arquivo/O Globo |
Por outro lado, o ex-ponta-esquerda Renato Sá me confessou em entrevista que fiz com ele para o Museu da Pelada, em outubro de 2019, ser flamenguista desde criança (uma foto dele com a camisa rubro-negra em Tubarão-SC, onde nasceu, foi cedida para comprovar o que disse. Apesar disso, não deixou de vibrar muito e se orgulhar até hoje do gol que decidiu o clássico para o Alvinegro em 1979 impedindo que o Flamengo quebrasse o recorde de invencibilidade que também pertencia ao rival, de 52 jogos. Hoje (pelo jeito desde que parou de jogar) torce pelo Flamengo novamente.
Renato Sá, seguido por Ziza (à esquerda) e Mendonça (direita), comemora o gol que deu a vitória ao Botafogo sobre o Flamengo, em 3 de junho de 1979. Foto: reprodução do jornal O Globo |
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