Embora não seja um exímio conhecedor, muito, muito longe disso, o gosto pela música clássica herdei de meu pai, que costumava ouvir a MEC FM no Rio de Janeiro. Provavelmente ele já havia recebido de seu pai esta herança, pois meu avô que não pude conhecer, Geraldo Ávila Neiva, era clarinetista no interior de Minas Gerais. E uma das obras clássicas que mais ouvi até hoje é este Concerto para Piano nº 1, de Tchaikovski, especialmente nos tempos em que morei em Rio do Ouro (ou Várzea das Moças, o bairro oficial no carnê do IPTU), em São Gonçalo (RJ).
Foi lá que escrevi a poesia "Bailarina Fumaça" (do livro ainda não publicado "Cor Própria") em que cito esta obra-prima do compositor russo, logo na primeira estrofe: "Raios de sol/ retos, paralelos,/ dedos transparentes/ a invadir a sombra da sala/ para iluminar e tocar/ o concerto para piano/ número um de Tchaikovski". Foi ouvindo esta música que as imagens que descrevo surgiram numa tarde (provavelmente) de outono na pequena sala da minha casa em que morei por 13 anos.
Uma verdadeira viagem sem sair do lugar, provando que não existe melhor droga para nos embriagar do que a Arte. Espero que você embarque nessa também.
Veja também:
Músicas que nos fazem viajar 8: Awaken
Músicas que nos fazem viajar 4: Réquiem
Um tanto de grandeza e muito de coragem
Realmente nos faz viajar por planetas jamais habitados, florestas virgens e oceanos que nunca foram navegados!
ResponderExcluirUm primor! Muito bom mesmo, meu amigo!
Agradeço muito, Gilson. Volte sempre, meu amigo. Abração.
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