Como hoje, 2 de dezembro, é dia do samba, resolvi, depois de muito pensar no que publicaria aqui, uma das mais belas canções deste ritmo que corre nas minhas veias desde sempre. Nas minhas mais remotas lembranças, recordo neste instante do meu saudoso pai batucando numa caixinha de fósforo ou qualquer outro objeto e eu, miudinho, me metendo com meu bumbo azul de plástico no meio da bateria do bloco Come e Dorme, na quadra do conjunto residencial IAPC de Olaria, zona Norte do Rio de Janeiro, onde meus avós moravam.
"Esta melodia" só vim conhecer muito mais tarde, nas rodas de samba que muito frequentei já adulto enquanto morava no Rio (e em breve estarei nas daqui de Florianópolis), e posteriormente pela gravação de Marisa Monte com a Velha Guarda da Portela, no excelente álbum "Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão". Achava, lá atrás, que a música era de dona Ivone Lara, mas é uma composição inspiradíssima de Bubu da Portela e Jamelão, que se eternizou como o grande cantor da Mangueira.
Não tenho como não me arrepiar vendo e ouvindo este vídeo, ainda mais que tive o privilégio de, no início dos anos 2000, estar sentado a uma mesa parecida com essa ao lado de tantos destes que aparecem cantando e tocando e dançando, no Candongueiro, casa de samba de Niterói que na época ficava na Estrada da Paciência (a Estrada Velha de Maricá), bem perto de onde eu morava.
"Quando vem rompendo o dia, eu me levanto e começo logo a cantar..."
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