Esta música foi paixão à primeira audição. Sou fã de longa data de João Bosco, assisti a um show dele no Canecão, no Rio de Janeiro, nos anos 90, mas confesso que não sou muito assíduo na sua obra - ou não tanto quanto eu acredito que deveria toda vez que o ouço. Creio que isso se deva ao fato de ele ter sido muito gravado por outros grandes artistas, como Elis Regina, por exemplo, e era por intermédio deles que mais frequentava suas músicas, principalmente as composições extraordinárias com Aldir Blanc. E "O Caçador de esmeraldas", obra-prima desta dupla genial da História da Música brasileira, me veio por intermédio de uma coletânea que ainda tenho em CD, a mesma cuja capa ilustra o vídeo abaixo, e chapei. Ouvi a versão com Elis e considero esta, com João, bem superior.
E por quê, pode estar se perguntando você agora que me lê e me acusando de heresia musical? O violão hipnotizante de João e o arranjo. Senhoras e senhores, que arranjo excepcional! Ouvindo a música com atenção, se puder com um bom fone de ouvido melhor ainda, eu me sinto dentro da mata acompanhando os passos do bandeirante Fernão Dias Pais Leme, o Caçador de Esmeraldas. A maestria de Aldir ao juntar poesia e História (escondida) do Brasil é por demais conhecida e aqui ela também se destaca, embora não tenha a mesma fama do Navegante Negro, o Mestre-Sala dos Mares João Cândido, líder da Revolta da Chibata.
Em algum momento "O Mestre-Sala dos Mares" aparecerá por aqui também, mas agora viaje pelas matas ancestrais deste país, com "O caçador de esmeraldas".
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Quem lê recomenda!
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