Longe de ser a melhor música do histórico álbum "The dark side of the moon", "On the run" merece de mim uma atenção mais do que especial por razões pessoais que explicarei abaixo e também pelo título desta série. Esta composição de David Gilmour e Roger Waters nos primeiros experimentos com a música eletrônica, registrados no filme "Live at Pompeii", de 1972, foi a que ficou guardada em minha memória até eu ter a noção do que era o Pink Floyd e o quanto este grupo representaria em minha vida.
Em meados dos anos 70, toda sexta-feira à noite eu e meu irmão subíamos para o apartamento de um amigo no prédio em que morávamos num bairro da zona norte carioca para jogar War, assistir As Panteras e ouvir discos, quase sempre Pink Floyd e Elton John, respectivamente artistas prediletos da irmã deste amigo e de uma amiga dela que quase sempre estava lá. "On the run" era o ápice do terror para mim, mas não guardei o nome da música, nem do grupo, nem do álbum, apenas ficaram em minha mente aqueles sons em que imaginávamos um avião em seu percurso e sua queda, com aquela gargalhada histérica de fundo, e a capa, emblemática capa.
Só no início dos 80, quando fui me ligar mais em roquenrol, é que me dei conta do que se tratava. E com o tempo, o Pink Floyd passou a ser o grupo que mais gosto. Por isso, outras músicas da banda aparecerão nesta série. Aguardem!
Veja também:
Esquizofrenia e Arte no LamasCast 4
Roger Waters setentão
Os bichos vão se rebelar
Os muros
Músicas que nos fazem viajar
Músicas que nos fazem viajar 2
Gostava do pink Floyd. Tinha vários discos, mas o the wall era muito depre. Acabei perdendo um pouco o amor.
ResponderExcluirBoa história Lamas!!!! Bem o que vivíamos nesses anos, bebendo de um água mais pura da cultura dos anos 70!!!
ResponderExcluirAgradeço muito os comentários, embora não saiba quem os escreveu, pois não estão assinados. Gosto muito do The Wall, já vi o filme mais de dez vezes (tenho em DVD) e o show com o Roger Waters, no Engenhão, em 2011 ou 12. Não vejo pelo lado triste, deprê, que é inevitável na obra, mas como a forma que a Arte tem de demonstrar os grandes defeitos humanos e, no caso específico, os muros que criamos para nós mesmos e para os outros. Tem aí acima o link para um texto meu chamado justamente "Os muros" em que falo um pouco mais sobre isso. Abs, volte sempre.
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