Aqui você encontra, em essência, textos do escritor e jornalista Eduardo Lamas Neiva sobre os mais variados temas. E não só, pois há sempre fotos e vídeos ilustrando as postagens. Obrigado pela visita, volte sempre.
Deixe seu recado, comentário, sugestão ou crítica aqui
Siga o blog!
Um time tão bom no papel como no ebook. Quem lê recomenda!
Clique na capa, depois é só partir pro abraço. Um gol desse não se perde.
Adquira o ebook na Amazon do Brasil e de mais 12 países. Clique na capa!
UMA COISA JOGADA COM MÚSICA - CAPÍTULO #33
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Uma coisa jogada com música - Capítulo #33
Roberto afasta Brito, após soco do zagueiro em José Aldo Pereira. Jairzinho e Zequinha observam o árbitro, que parece ser consolado por Waltencir. Foto aprimorada por IA
Todos se divertem e dançam com a música gravada pelo Sotaque
Brasileiro. Ao fim, Zé Ary toma a palavra, pois uma surpresa está por vir.
Garçom: - Olha, gente, o Everaldo prometeu que virá aqui mais tarde, aí ele
poderá falar sobre aquele episódio com o árbitro José Faville Neto.
João Sem Medo: - É bom lembrar que Everaldo foi homenageado pelo Grêmio com
uma estrela dourada na bandeira do clube. Ele tem também muitas boas histórias
pra contar.
Idiota da Objetividade: - Verdade. Ele foi o primeiro jogador de um clube
gaúcho a ser campeão mundial pela seleção.
Músico: - E tem música em sua homenagem também, gravada depois que ele faleceu,
em 1974.
Garçom: -
É verdade. Chama-se “Everaldo, estrela de ouro”, de Francisco Castilhos e
Albino Manique, fundadores do grupo gaúcho Os Mirins, que gravaram a música.
Vamos ouvir aqui no som.
Todos ouvem com atenção e respeito. No fim, alguns se
emocionaram e todos aplaudiram.
Garçom: - Everaldo prometeu vir, acho que junto com o Lupicínio Rodrigues, e aí
a gente vai poder conversar com ele.
João Sem Medo: - Sobre o Grêmio e a seleção brasileira!
Idiota
da Objetividade: - Outro que fez parte da seleção tricampeã mundial,
em 70, e agrediu árbitro foi o zagueiro Brito. Ele deu um soco no estômago de
José Aldo Pereira, depois de não marcar um pênalti contra o Botafogo, num jogo que
o Vasco venceu por 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro de 1971. Chegou a pegar um ano de suspensão, mas foi
beneficiado pelos serviços prestados à seleção e a punição foi reduzida.
João Sem Medo: - O zagueiro Moisés, do Vasco, declarou à Rádio Globo, nas
vésperas da partida, que iria entrar e espanar. De fato cumpriu parte de sua
promessa antes de dois minutos de jogo sem sequer ser advertido. Foi um
esbulho, uma desmoralização para o futebol. Disseram que o Brito deu a primeira
e perdeu a cabeça, mas foi outro jogador e o juiz sabia quem tinha sido. Mas
não teve coragem, nem moral para assinalar isto na súmula. Prova o fato de tal
pusilanimidade...
Sobrenatural de Almeida: - Pusilanimidade, João! Gastou o vernáculo agora,
hein.. hahaha (dá sua risada assombrosa)
Outros riem também, mas João está sério, retoma a bola e
prossegue.
João Sem Medo: - Prova o fato que o jogador continuou no campo. É a
consciência pesada de quem sabia estar prejudicando um time que impede isto. O
Vasco nada tinha com o peixe. Tratou de seus papéis. Se não marcaram o pênalti
em Jairzinho, paciência. O juiz parece que tinha combinado que não valeria
pênalti. A única decisão sábia do juiz foi não comparecer à delegacia.
Garçom: - Bom, o senhor José Aldo Pereira não está aqui pra se defender, vamos
deixar quieto, então.
Zé Ary percebe um burburinho próximo à entrada do bar e
anuncia.
Garçom: - Olha só, gente, quem está chegando: o mestre Telê Santana!
Garçom: - Seu Telê, estávamos pouco antes de o senhor chegar falando do título
brasileiro do Atlético, em 1971. São muito boas as lembranças daquela conquista,
não é?
Telê Santana: - Sim, muitas. Fomos jogar no Rio pelo empate, mas não o
fizemos. Partimos para a vitória e ficamos com o título.
Idiota da Objetividade: - E a promessa, Telê?
Telê Santana: - Quando fiz a promessa, calculei que seriam 50 quilômetros
de minha residência, em Belo Horizonte, até a igrejinha de Pires, em Congonhas
do Campo. Estava enganado, eram 78! Era impossível fazer tal distância a pé.
Por isso aceitei o transporte oferecido pelos patrulheiros. Estava exausto,
queimado do sol e com bolhas nos pés.
Ceguinho Torcedor: - Você foi heroico, Telê! Além do título nacional, ainda
percorreu a pé 45 quilômetros. Quando jogador do meu Fluminense era o Fio de
Esperança. No Atlético, transformou-se no Pagador de Promessa.
Todos riem muito e aplaudem Telê, que agradece e vai pra sua
mesa.
Garçom: - Como todos sabem, mestre Telê tem muita coisa pra nos contar, além
daquele primeiro título brasileiro do Atlético.
Ceguinho Torcedor: - Amigos, foi uma vitória perfeita, irretocável, a do
Atlético. Não é à toa, nem por acaso, que Minas exultou com o título do futebol
brasileiro. Sempre digo que um campeão não se improvisa. É todo um processo,
toda uma preparação. O Atlético Mineiro teria de vencer, porque amadurecera
para a vitória tão desejada. Duzentos ônibus
invadiram a Guanabara, como era chamado na época o estado em que ficava
apenas a cidade do Rio de Janeiro, com as faixas de campeão. O título não era
um desejo, uma esperança, mas uma certeza inapelável. Ao longo da jornada, o
time mais regular foi o mineiro.
João sem Medo: - O Atlético fez mesmo por merecer o título.
Garçom: -
Em mais uma homenagem ao Galo, vamos ver no telão, a homenagem do cantor,
compositor e violonista Celso Adolfo ao Clube Atlético Mineiro. A música se
chama “Paixão atleticana”.
Muitos aplaudem a música, que agrada principalmente aos
atleticanos presentes.
Episódio originalmente publicado em 14 de setembro de 2022 e republicado totalmente modificado em 25 de abril de 2025.
Esta série é uma homenagem especial a João Saldanha e Nelson Rodrigues e também a Mario Filho e muitos dos artistas da música, da literatura, do futebol e de outras áreas da Cultura do nosso tão maltratado país. Saiba mais clicando aqui.
Siga o perfil do projeto Jogada de Música no Instagram, clicando aqui ou apontando o seu celular para o QR Code abaixo.
Ângelo, uma vítima da crueldade em campo Ângelo, meia do Atlético nos anos 70 Engana-se muito quem imagina ser o futebol atual mais violento do que "antigamente". Sempre houve em campos jogadores maldosos, cruéis, a caçar os mais talentosos com bordoadas e o mais variado repertório de violência. Já houve nos gramados brasileiros (mais esburacados antes do que hoje, muito mais) versões tão ou mais maldosas que Felipe Mello e esse holandês De Jong. Ângelo, meia do Atlético Mineiro na década de 70, bem poderia dizer se ainda vivo fosse. O lance de que foi vítima, na final do Campeonato Brasileiro de 1977 entre Atlético e São Paulo, é uma das mais tristes lembranças ds meus primeiros anos de torcedor de futebol. Junta-se a notícias ainda mais dolorosas, como as mortes do ponta-direita Roberto Batata, do Cruzeiro, e do meia Geraldo, do Flamengo, ambos falecidos no auge de suas promissoras carreiras. Pesquisei muito e consegui achar no youtube as imagens nada belas da ent...
Um movimento de clubes interessados no reconhecimento dos títulos da Taça Brasil e da Taça de Prata (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) como legítimos campeões brasileiros foi organizado no início de 2010 e eu apoiava, em parte. Friso que o time para o qual torço não seria - como acabou não sendo - beneficiado em nada com isso, o que me fez ficar muito à vontade para opinar. E manter minha posição contrária à decisão da CBF. Para mim, foi exagero da entidade máxima do futebol brasileiro considerar os vencedores da Taça Brasil, que começou em 1959 e foi disputada até 1968, como campeões brasileiros, porque o sistema de disputa era eliminatório, como é desde 1989 o da Copa do Brasil. Portanto, esses clubes (Bahia, Palmeiras duas vezes, Santos cinco vezes, Cruzeiro e Botafogo) deveriam ser reconhecidos como os primeiros campeões da Copa do Brasil. Além disso, a Taça Brasil foi disputada no mesmo ano que a Taça de Prata em 1967 e 68, o que comprova que eram competições distintas. A Taça de Pra...
Foto de Luiz Paulo Machado para a revista Placar No próximo sábado Pelé completará 70 anos de idade e as homenagens, que já começaram, serão inúmeras no mundo inteiro. Por isso, não vou me estender muito ao falar do Atleta do Século XX, o Rei do Futebol, que com técnica inigualável e um preparo físico que estava a anos-luz dos demais colegas de profissão de sua época foi o principal jogador a elevar o futebol ao patamar de arte. Tudo o que se falar do jogador Pelé será pouco pelo que ele representa até hoje para o Brasil no mundo inteiro. Nenhum outro brasileiro é tão (re)conhecido como ele no exterior e seus gols e jogadas que ficaram registradas por câmeras de TV e cinema são mostradas diversas vezes nos mais variados cantos do planeta, principalmente quando se fala em Santos, Seleção Brasileira e Copa do Mundo. Veja também: Reinaldo, o Rei do Galo Mineiro Parabéns, Dejan Petkovic Garrincha, 77 Maradona, que foi sim um gênio da bola, pode estrebuchar até depois que adentrar seu túmu...
Comentários
Postar um comentário