Você pode passar um dia inteiro falando mal do ex-presidente eleito que vou escutar e provavelmente concordar com 90%, 99%, talvez até 100%, dependendo dos seus argumentos. Mas a qualquer menção de elogio ao atual, viro-lhe as costas e vou me embora. Assim, sereno; assim espero. Aliás, por onde anda o comandante do desgoverno que vai até o fim de dezembro? Trabalhando? Duvido, não há mais chances de reeleição. Além disso, os histéricos urros e orações nas portas dos quartéis, alguns que estiveram na mira do então tenente para serem explodidos décadas atrás, devem se esvair no vento. Um mau militar, já dizia o ditador mais moderado dos Anos de Chumbo. O bode muito fedorento vai sendo retirado da sala, mas a sensação de alívio já vai pouco a pouco passando, antes mesmo de o eleito tomar posse novamente. Pelo menos aqui comigo. Depois de quatro absurdos anos, lá foi o herói voando na capa que o protege ser ovacionado pela comunidade internacional. Em certos aspectos - em muitos até - com ...