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Nem alegre, nem triste: poeta. Aprendendo a amar, nunca chegando na hora marcada.
sábado, 19 de novembro de 2022
OLHARES ALHURES - FOTOS #105: ARMAÇÃO E MATADEIRO
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
O RETORNO DA TRAGÉDIA ANUNCIADA
Você pode passar um dia inteiro falando mal do ex-presidente eleito que vou escutar e provavelmente concordar com 90%, 99%, talvez até 100%, dependendo dos seus argumentos. Mas a qualquer menção de elogio ao atual, viro-lhe as costas e vou me embora. Assim, sereno; assim espero. Aliás, por onde anda o comandante do desgoverno que vai até o fim de dezembro? Trabalhando? Duvido, não há mais chances de reeleição. Além disso, os histéricos urros e orações nas portas dos quartéis, alguns que estiveram na mira do então tenente para serem explodidos décadas atrás, devem se esvair no vento. Um mau militar, já dizia o ditador mais moderado dos Anos de Chumbo.
O bode muito fedorento vai sendo retirado da sala, mas a sensação de alívio já vai pouco a pouco passando, antes mesmo de o eleito tomar posse novamente. Pelo menos aqui comigo. Depois de quatro absurdos anos, lá foi o herói voando na capa que o protege ser ovacionado pela comunidade internacional. Em certos aspectos - em muitos até - com bons motivos. Afinal, o que fizeram por aqui e no exterior com o nome, a bandeira, o hino, a camisa deste país foi bem coerente com quem confunde amar com armar e bate continência para a bandeira do colonizador e se veste com ela.
Entretanto, a viagem no jatinho de um empresário suspeitoso, para se dizer o mínimo em todos os aspectos, me faz ter reforçada a sensação, já antecipada durante o primeiro turno das recentes eleições, de retorno ao princípio da tragédia. Anunciada, repito e ressalto. Espero estar muito errado, porém, para quem passou as últimas 3 décadas escrevendo e falando do perigo de termos um Estado religioso por aqui e sendo tachado de exagerado, creio que seja difícil crer no erro. Sim, ainda não temos um E. E., mas já fomos à beira deste abismo e de lá não nos afastamos muito. Na verdade, quase nada. É preciso, portanto, estar atento, muito atento.
A anestesia da vitória da "democracia" e pela Copa que começa no próximo domingo, embora sem a mesma força de outros tempos, nubla olhos, tapa ouvidos, amortece sensações. E o oba-oba de um lado e o desespero tragicômico, do outro, mostram claramente onde chegamos e prenunciam para onde iremos. Por isso, é dever do verdadeiro amigo, aquele que corre sempre o risco de desafinar o coro dos contentes e também dos descontentes, avisar: o perigo está na ordem do dia a dia.
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quinta-feira, 10 de novembro de 2022
MÚSICA PRA VIAGEM: TECO TECO
Quando ontem, num grupo do whatsapp, veio a fulminante notícia do falecimento de Gal Costa, não pude conter o susto. As notícias que tinha - desatualizadas, pois depois vi que ela cancelara shows no último fim de semana e até o fim do mês por motivos de saúde - é que estava em plena atividade, com entrevistas recentes à imprensa, algumas lidas por mim. Passado um pouco o impacto, levei minha memória ao baú que trago em mim e me recordei de "Teco teco", música de Pereira da Costa e Milton Villela, que ouvi muito na minha infância, fosse no rádio de casa ou no do carro do meu saudoso pai.
Uma música que fala de infância tocou meu coração naquela época em que devia ter entre 8, 9 anos. E fica a minha pequena homenagem a essa grande cantora que o Brasil precisa louvar sempre trazendo a esta série a música mais antiga que me recordo em sua maravilhosa voz.
Obrigado, Gal! Siga o caminho da Luz Eterna.
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