NÃO HÁ LIMITE PARA A MALDADE DESSA GENTE

Diante das notícias de vacina de "vento" sopradas do Rio de Janeiro e de profissionais de saúde fingindo vacinar idosos em São Paulo, Goiás e Alagoas, fica evidenciado o previsível boicote armado pela horda anti-vacinação, que urra por "vida normal", de cara limpa sem máscaras, sem isolamento social, e defende com garras e presas o tratamento precoce (tendo o aval do ministério da saúde) com cloroquina, ivermectina, "ozonianal" e o diabo a quatro, já que o brasil deles não pode parar. De faturar grana, poder, privilégios, mordomias, mamatas, rachadinhas, fanáticos fiéis etc.

Agora, em meio ao caos em que estamos metidos (todos), enquanto o (des)ocupante do maior cargo deste país se preocupa em armar seus capangas e se refrescar em férias nas "praiadisíacas" de São Francisco do Sul (SC), uma pergunta se torna mais do que necessária: qual a garantia que uma pessoa vai ter de que o líquido ingerido em seu corpo é realmente uma vacina contra a Covid-19? 

Pronto, estão aí as dúvidas, as incertezas, as desconfianças lançadas, do jeitinho que o diabo gosta. Quem compactuou e compactua com isso vai inevitavelmente arcar com as terríveis consequências desses atos criminosos, dentre tantos que estão infelizmente sendo tolerados e eleitos por milhares, milhões, a cada votação. Mesmo com a inação, a frouxidão, a inapetência do que ainda chamam de instituições por aqui.

Além de tudo isso, está faltando vacina em vários estados por irresponsabilidade principal do desgoverno federal. E, fora as ações de assassinos e irresponsáveis, os próprios cientistas ainda não sabem se as vacinas que já existem são eficazes contra a nova cepa do vírus que já se espalha por este país e outros mundo afora.

Mas a festa não pode parar, nem mesmo se for para dançar sobre (e sob) túmulos.

Charge de Zé da Silva, publicada no "NSC Total"

Veja também:

Abjeta e sublime condição humana
Nise da Silveira: o afeto e a arte como poder
Pesadelos
Devotos do dinheiro
O sorriso do carrasco
Homenagem a Djanira e aos orixás