domingo, 26 de junho de 2022

OLHARES ALHURES - FOTOS #100: UM CANTINHO DE MINAS EM FLORIPA






Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas no dia 23 de junho de 2022, no restaurante Uai di Minas, na Praça XV, Centro de Florianópolis (SC).

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domingo, 19 de junho de 2022

OLHARES ALHURES - FOTOS #99: E LÁ SE VAI O SOL







Fotos de Eduardo Lamas, feitas nos dias 12, 13, 15 e 16 de junho de 2022, em Itaguaçu, Florianópolis (SC).

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quarta-feira, 15 de junho de 2022

UMA COISA JOGADA COM MÚSICA - CAPÍTULO #20

O habilidoso Geraldo em ação num jogo no Maracanã. Jovem meia do Fla faleceu em 1976

O público e nossos quatro amigos ficam muito bem impressionados com a capacidade de Edu Kneip descrever em música o desenrolar de um jogo. Após comentários elogiosos, Zé Ary aborda João Sem Medo.

Garçom: - Seu João, voltando ao assunto anterior, outros jogadores que tinham tudo para serem grandes craques morreram jovens também.

João Sem Medo: - Sim, Zé Ary, é verdade. Além do Dener, que foi revelado pela Portuguesa, passou pelo Grêmio e estava no Vasco, teve o Roberto Batata, do Cruzeiro; o Geraldo, do Flamengo...

Idiota da Objetividade: - Roberto Batata e Dener morreram em acidentes de automóvel. Geraldo teve um choque anafilático durante cirurgia para retirada das amígdalas. Roberto Batata e Geraldo faleceram em 1976. Dener, em 1993.

Garçom: - O ponta-direita Roberto Batata foi tão marcante no Cruzeiro que mereceu uma homenagem musical de Gaúcho Alegre. Vamos ver e ouvir no telão?

Todos concordam e Zé Ary põe o vídeo no telão.

Roberto Batata é muito aplaudido e, da sua mesa, agradece ao público.

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João Sem Medo: - Roberto Batata foi um atacante muito bom do grande time que o Cruzeiro montou nos anos 70. Um abraço pra você (João acena para Roberto Batata, que retribui o cumprimento).

Garçom: - Quem também está presente é o Geraldo Assobiador.

João Sem Medo: - Geraldo Assobiador era cobra de bola. Não era completo, mas tinha tudo pra ser craque. Morava perto de mim, gostava de ir ao borracheiro para aprender a mudar pneu e lidar com ferramentas do mecânico. Todos os dias brincava assim e jogava um futebol muito bonito e gostoso de ser visto.

Emocionado, Geraldo se levanta e vai dar um abraço em João Sem Medo.

Garçom: - Que encontro, meus amigos! Que encontro!

Aplausos gerais para Geraldo e João Sem Medo.

Garçom: - Em homenagem ao grande Geraldo, vou pôr no som uma música de Mário Adnet e Bernardo Vilhena, chamada “Geraldofla”, numa gravação do Adnet com as participações de Lobão, na voz, e de Paulo Moura, nos sopros. Vale muito ouvir, minha gente.

Geraldo, ainda emocionado, agradece os aplausos do público.

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Garçom: - Dois, pouco lembrados, mas que estavam despontando bem eram o Mahicon Librelato, do Inter, e o Sérgio Gil, do Corinthians.

Idiota da Objetividade: - Mahicon Librelato começou no futsal, na cidade catarinense de Orleans, onde nasceu. No campo, o início da carreira do promissor atacante foi no Criciúma. Ele tinha só 21 anos, quando morreu na Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis, num acidente de carro também. Seu último gol, duas semanas antes, ajudou o Inter a escapar do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2002, nos 2 a 0 sobre o Paysandu, em Belém.

Sobrenatural de Almeida: - Os colorados devem essa a ele e um pouco a mim também. O Inter escapou por muito pouco daquela vez.

Idiota da Objetividade: - Verdade, Almeida. Já o Sérgio Gil, que hoje dá nome a uma rua no bairro do Balneário, em Florianópolis, era irmão do ex-volante Almir, que foi o capitão do Coritiba na conquista do campeonato brasileiro de 85 e bicampeão paulista pelo São Paulo, em 80 e 81, e do Tonho, meia campeão mundial pelo Grêmio, em 83. Ele começou no Figueirense, foi convocado várias vezes pra seleção brasileira de juniores e estava emprestado ao Corinthians. Sérgio Gil estava sendo negociado com o Inter quando faleceu num acidente automobilístico na Rodovia Régis Bittencourt, ainda no estado de São Paulo, em 9 de julho de 1989.  

João Sem Medo: - Outro que perdemos num acidente de carro também foi o Everaldo, lateral-esquerdo tricampeão no México. Já não era tão jovem quanto os outros, tinha uns 30 anos, acho...

Idiota da Objetividade: - ... Sim, tinha 30 anos de idade. Morreu em 1974.

João Sem Medo: - Ele ainda estava jogando e foi uma perda muito sentida também. Eu o convoquei pra seleção desde o princípio, como reserva do Rildo. Era muito bom jogador.

Ceguinho Torcedor: - Foi uma das Feras do João!

Garçom: - Ô, seu Ceguinho, foi bom o senhor falar nisso. O Paulo Silvino tinha prometido vir aqui cantar a marchinha “As feras do Saldanha”, de Jayme Bochner, mas ainda não apareceu.

Músico: - Uma hora ele aparece aí!

Garçom: - Tomara!

Fim do Capítulo #20

Modificado e republicado em 16 de dezembro de 2024

Esta série é uma homenagem especial a João Saldanha e Nelson Rodrigues e também a Mario Filho e muitos dos artistas da música, da literatura, do futebol e de outras áreas da Cultura do nosso tão maltratado país.
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domingo, 12 de junho de 2022

OLHARES ALHURES - FOTOS #98: PARQUE DE LAVANDA
















Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas no dia 22 de abril de 2022, no Le Jardin Parque de Lavanda, em Gramado (RS).

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quarta-feira, 8 de junho de 2022

UMA COISA JOGADA COM MÚSICA - CAPÍTULO #19

Urubu levado por flamenguistas causou furor no Maracanã, em 1969. Foto: Ag. O Globo

Zé Ary desta feita é quem distribui o jogo, lançando um tema à mesa de nossos 4 amigos.

Garçom: - Igual ao Dener, muitos craques brasileiros partiram da Terra muito cedo, né?

Sobrenatural de Almeida: - Com morte eu nunca me meti, nem olhem pra mim. Minha influência sempre foi só dentro do campo. E nunca pra machucar ninguém.

João Sem Medo: - Você disse que de mata-mata entende, Almeida.

Todos riem.

Sobrenatural de Almeida: - Sim, matar time, goleiro, atacante, torcedor no sentido figurado, está aqui o Ceguinho pra não me deixar mentir. Em cada lance que interfiro é um Deus nos Acuda!(dá sua risada medonha)

João Sem Medo: - Então tá bom. Mas agora o papo é sério e não tem sentido figurado. Alguns foram embora no auge de suas carreiras. Como o Eduardo, ponta-esquerda muito habilidoso que jogou no América do Rio e foi depois pro Corinthians e acabou morrendo num acidente de carro, lá na Marginal do Tietê.

Idiota da Objetividade: - No acidente automobilístico, ocorrido no dia 29 de abril de 1969, também faleceu Lidu, lateral-direito. O Corinthians fazia bela campanha no Campeonato Paulista de 1969, quando os dois faleceram.

Garçom: - Parece que teve um problema com o Palmeiras depois...

João Sem Medo: - Foi feia a coisa, muito feia.

Idiota da Objetividade: - Com a perda dos dois jogadores, o Corinthians pleiteou junto à Federação Paulista a contratação de substitutos, o que só seria permitido pelo regulamento com a unanimidade dos outros clubes, pois as inscrições para a competição já haviam se encerrado. Quase todos concordaram, apenas o presidente do Palmeiras na época, Delfino Facchina, votou contra. Revoltado, o presidente do Corinthians, Wadih Helu, chamou o palmeirense de porco.

João Sem Medo: - Merecidamente. Foi até pouco.

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Ceguinho Torcedor: - Na primeira partida entre os dois times depois deste episódio, soltaram um porco no gramado do Morumbi e a torcida do Corinthians começou a gritar “Porco, Porco”.

Garçom: - Que atitude feia do presidente do Palmeiras.

Ceguinho Torcedor: - Muito. Mas muitos anos depois a torcida do Palmeiras resolveu adotar o apelido e a história ficou meio apagada.

Músico: - Já que o assunto é a rivalidade entre Corinthians e Palmeiras, vamos chamar de volta ao palco o Teixeirinha?

É aplaudido novamente.

Teixeirinha: - Em matéria de rivalidade, eu e minha amiga Mary Terezinha, que está lá no Mundo Material, entendemos muito bem. Vamos então de “Bom de Bola”, de minha autoria, música que gravei no LP “Carícias de amor”, lançado em 1970, o ano do tri. Não reparem nas “ofensas”, por favor. Hahaha

Todos riem.

Muitas risadas durante a música e aplausos gerais ao fim.

Teixeirinha: - Muito obrigado. E a palavra volta ao comando de quem?

Todos, em uníssono, imitando a antiga vinheta da Rádio Globo do Rio de Janeiro: “João Saldaaaaanha!” João Sem Medo ri, faz seu sinal característico para Teixeirinha e inicia sua fala como começava seus comentários nos áureos tempos de rádio.

João Sem Medo: - Meus amigos, o Flamengo era chamado de urubu por torcedores adversários. Era um apelido racista, fazia referência ao grande número de negros na torcida rubro-negra. Mas quando os flamenguistas assumiram o urubu como mascote, os rivais se esqueceram do apelido pejorativo e racista. Foi mais ou menos o que a torcida do Palmeiras fez em São Paulo, embora o motivo do apelido fosse bem diferente.

Sobrenatural de Almeida: - O apelido acabou num jogo contra o teu Botafogo, João.

Ceguinho Torcedor: - É verdade!

Veja também:

Idiota da Objetividade: - No dia 1º de junho de 1969, Flamengo e Botafogo se enfrentaram no Maracanã pelo Campeonato Carioca daquele ano. O time rubro-negro não vencia o alvinegro há nove jogos e seus torcedores continuavam ouvindo dos torcedores rivais que eram “urubus”, pelos motivos que o João já mencionou. Mas naquele domingo, alguns torcedores do Flamengo pegaram um urubu num lixão e levaram para o Maracanã. Antes de os times entrarem em campo, a ave foi solta com a bandeira do clube presa a uma das patas e os rubro-negros no estádio foram à loucura gritando “é urubu, é urubu”. O Flamengo acabou com o jejum vencendo por 2 a 1 e, com a charge do rubro-negro Henfil no Jornal dos Sports, o urubu passou a ser adotado como um dos símbolos do time.

Garçom: - Sobre outro Flamengo x Botafogo, de muitos anos depois, a final do Campeonato Brasileiro de 1992, Edu Kneip descreveu musicalmente em “Baile do Urubu”. Vou pôr aqui em especial pros flamenguistas aqui presentes, mas quem não é pode curtir também.

Fim do Capítulo #19

Modificado e republicado em 16 de dezembro de 2024

Esta série é uma homenagem especial a João Saldanha e Nelson Rodrigues e também a Mario Filho e muitos dos artistas da música, da literatura, do futebol e de outras áreas da Cultura do nosso tão maltratado país.
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domingo, 5 de junho de 2022

OLHARES ALHURES - FOTOS #97: LAGO NEGRO











Fotos de Eduardo Lamas Neiva, feitas no Lago Negro, Gramado (RS), no dia 22 de abril de 2022.

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