NAU POESIA: TEXTURA

Foto: Julia Khalimova As mãos ásperas, rudes, espessas da brutalidade, da ignorância, da insensibilidade podem tocar a tez mais lisa, suave, macia que nada terão além de aspereza, rudeza, espessura. Pode ser a pele de um belo rosto, a casca de uma suculenta fruta, a pétala de uma colorida flor, que esses dedos grosseiros jamais acariciarão a sublimação do belo rosto, o sumo da suculenta fruta, a fragrância da colorida flor. Nem a fragrância do belo a sublimação do suco, o sumo da cor. Só a mãos encantadas será permitido acariciar o sumo do belo, a fragrância do suco, a sublimação da cor, a beleza da cor, a fragrância do sumo, a cor do suco, a sublimação da fragrância, a cor da beleza, o suco da cor, o suco da beleza, o sumo, a fragrância, a sublimação. Veja também: Nau Poesia: Tecelã Natureza Poesia cantada: Que me diz você? Esta poesia foi publicada originalmente neste blog no dia 9 de abril de 2014, mas, posteriormente, arquivada. Ela faz parte do ebook "Cor própria (1984-1999)...