Nem alegre, nem triste: poeta. Aprendendo a amar, nunca chegando na hora marcada.
sábado, 31 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #18: CÉU AMEAÇADOR
Fotos de Eduardo Lamas, feitas em 3 de março de 2021, em Itaguaçu, Florianópolis (SC)
quinta-feira, 29 de julho de 2021
O TORCEDOR DE FUTEBOL
Antiga geral do Maracanã lotada. Foto: Custódio Coimbra (O Globo) |
"O torcedor de futebol é um passional, um trágico. Diante da derrota ele modula os uivos mais sentidos do seu repertório. Qualquer jogo (do clássico mais importante à pelada mais vira-latas) faz o torcedor sofrer. E digo mais: ele gosta de sofrer e cultiva, com raro deleite, o próprio sofrimento".
Nas pesquisas que ando realizando para dois projetos, colhi este trecho escrito por Nelson Rodrigues e publicado em sua coluna "Meu Personagem da Semana", do jornal Ultima Hora, do Rio de Janeiro, no início de 1961. Em tempos de pandemia e, onde ainda paira algo semelhante à responsabilidade, sem torcedor nos estádios percebemos o quanto ele é fundamental para o futebol. Sua ausência nos jogos torna escandalosa esta importância.
Nenhum personagem, por mais importante, patético ou heróico, bandido ou melancólico, é mais interessante que o torcedor. Ele não toca na bola em campo, não faz gol, não arruma nem desarruma time algum, não apita o jogo, fica fora das quatro linhas e ainda assim é a verdadeira alma de um clube de futebol. E sem alma, nenhum clube pode almejar glória alguma. Nem mesmo chorar lágrimas de esguicho por suas mais doídas derrotas.
Muitas das melhores histórias que vivi e presenciei nos estádios foi como torcedor ou protagonizadas por um dos milhares que me cercavam, fosse na arquibancada, na geral, cadeiras até mesmo nas tribunas. Faço uma rápida pausa aqui para contar um episódio que presenciei nas cadeiras especiais do Maracanã.
Tarde ensolarada de um domingo dos anos 90, Flamengo x Vasco. Já jornalista, assisto à partida da tribuna de imprensa, para quem se lembra, ficava em meio às cadeiras especiais. O Flamengo abre o marcador com o zagueiro Rogério, no primeiro tempo. À minha esquerda percebo um torcedor rubro-negro mais exaltado, fazendo gestos obscenos e gritando palavrões que eu só conseguia decifrar por dedução e alguma leitura labial, encaminhando-se em direção oposta, à direita das cabines de rádio e TV. Ele se posta em cima de uma espécie de palanque de concreto bem atrás das cabines, balança a genitália, vira-se e balança a bunda para a torcida vascaína. Mais um gesto obsceno final com ambas as mãos e volta eufórico, delirante, para o seu lugar.
Clássico é clássico, rivalidade é rivalidade e vice-versa. No futebol não existe justiça; no máximo, tem troco ou vingança. Último minuto de partida, Valdir Bigode empata para o Vasco. Aí, já esquecido do que ocorrera anteriormente, vejo um vascaíno vindo do lado direito em direção ao mesmo local em que o flamenguista tinha feito seu show particular como se tivesse sido ele, e não Rogério, o autor da estocada, do golpe, ou melhor, do gol rubro-negro. E, lá, no mesmo palanque, porém rindo, gargalhando, quase dançando da maneira mais desengonçada, o cruzmaltino repete alguns aqueles gestos do rival em direção à torcida rubro-negra. Apesar de ser torcedor do Flamengo, não pude conter a risada juntamente com outros jornalistas e torcedores que presenciaram as duas cenas.
A raiva, as alegrias, as frustrações, os preconceitos, as identificações, mitificações... Todos esses elementos - e outros tantos - o torcedor leva de sua vida cotidiana para o estádio e se revelam sem filtros em galhofa, exaltação, vaia, urros, xingamentos, discriminação, desvario, euforia, choro, risadas, violência.
Quem ao menos um dia na vida foi torcedor de futebol sabe muito bem do que falo. E certamente tem muitas e ótimas histórias para contar. Algumas das minhas ofereço neste meu primeiro livro sobre o vasto mundo do futebol (e pode aguardar que o segundo já começou - lentamente - a ser escrito). Fica, então, Contos da Bola como sugestão para o dia dos pais. Ou para você mesmo se presentear ou oferecer ou sugerir a quem torce para o mesmo time que você ou para um rival. Este time é tão bom no papel, como no ebook.
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Com o VAR, o futebol se tornou um "video-game" com defeito
Apesar da estupidez reinante, um ano muito bom particularmente
quarta-feira, 28 de julho de 2021
domingo, 25 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #17: "MENTE QUEM DIZ QUE A LUA É VELHA"
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Olhares alhures #8: a Lua e o luar
sábado, 24 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #16: AS BRUXAS DE ITAGUAÇU 2
Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 22 de julho de 2021, em Altos do Itaguaçu e no "Baixo" Itaguaçu, Florianópolis (SC)
Para saber sobre a lenda das Bruxas de Itaguaçu, clique aqui.
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quinta-feira, 22 de julho de 2021
SOBRE OS NOSSOS 4 MAIORES CRAQUES DO FIM DOS 70 E INÍCIO DOS 80
Falcão (Inter), Reinaldo (Atlético-MG), Zico (Flamengo) e Sócrates (Corinthians). (Foto: Placar) |
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Sócrates só foi convocado para a seleção, pelo próprio Coutinho, em 79, ano em que o meio-campo titular da Copa de 82, formado por Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico, só atuou junto (mas com o Doutor de centroavante e é como acho que daria certo na Espanha, com Paulo Isidoro na direita) por 3 vezes. Veja abaixo os resultados destes jogos:
17/5/ - Brasil 6 x 0 Paraguai - Cerezo começou no banco e substituiu Carpegiani, com os outros três permanecendo em campo até o fim da partida.
31/5 - Brasil 5 x 1 Uruguai
21/6 - Brasil 5 x 0 Ajax (Holanda)
Isso talvez explique um pouco mais porque ficamos 24 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Talvez.
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segunda-feira, 19 de julho de 2021
A PRIMEIRA ENTREVISTA INTERNACIONAL
Só tenho a agradecer a todos e continuar trabalhando duro para levar ao máximo de leitores (e espectadores) livros, peças, filmes, projetos artístico-culturais que tenho a permissão de criar. E que todo este trabalho traga a cada pessoa que com ele tiver contato divertimento, reflexão, interação, prosseguimento.
Muitíssimo obrigado, vamos em frente que ainda tem muito material para ganhar mundo.
domingo, 18 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #15: POESIA NO CONCRETO
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Futebol-arte: os maiores jogos de todos os tempos #2
Oferenda (ou Canção de um ser dilacerado)
sábado, 17 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #14: PINTURAS NO CÉU DE SÃO JOSÉ
domingo, 11 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #13: ATOM HEART MOTHER
Fotos de Eduardo Lamas, feitas no dia 3 de julho de 2019, na Barra da Lagoa, Florianópolis (SC)
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Músicas que nos fazem viajar #7: On the run
Roger Waters setentão
Os bichos vão se rebelar
Os muros
Conexões
sábado, 10 de julho de 2021
OLHARES ALHURES - FOTOS #12: FLORES DE COQUEIROS
Fotos de Eduardo Lamas, feitas nos dias 6 e 8 de julho, em Coqueiros, Florianópolis (SC)
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Nise da Silveira: o afeto e a Arte como poder