terça-feira, 17 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: PARALELAS

Vanusa e Belchior em programa da TV Globo, em 2002. Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo)

Uma das mais lindas músicas, dentre tantas, de Belchior, "Paralelas" conheci pelas ondas do rádio na belíssima voz de Vanusa, ainda nos anos 70. Só muito mais tarde, já em tempos de internet, se minha memória não falha, é que fui ouvir a interpretação de seu compositor. 

Escrita no início dos anos 70, a canção explora os contrastes entre a vida cotidiana e os sonhos interrompidos, com uma melodia envolvente e versos profundamente poéticos. É uma viagem urbana arrebatadora, inspiradora e romântica.

A música ganhou notoriedade mesmo com Vanusa, que gravou a interpretação emocionante mencionada acima em 1975, dois anos antes de Belchior registrar sua versão em disco. Muitas décadas depois, "Paralelas" continua a impactar gerações, sendo revisitada por artistas como Tim Bernardes, que a incluiu em uma performance memorável juntamente com "Changes", balada do Black Sabbath, no programa Cultura Livre, da TV Cultura.

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Belchior, um poeta da MPB

Belchior, conhecido por sua voz grave e composições carregadas de crítica social, foi um dos principais nomes da MPB na década de 70. Em "Paralelas", ele usa metáforas potentes para retratar um homem dividido entre a aspereza da realidade e a busca por algo maior. Seu legado como poeta e cronista da vida brasileira permanece vivo, influenciando artistas dentro e fora do país.

Nascido em 26 de outubro de 1946, em Sobral (CE), Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes dizia jocosamente que era o maior nome da Música Popular Brasileira. Seu legado parece ter ganho maior força após sua misteriosa morte, em 30 de abril de 2017, em Santa Cruz do Sul (RS).

Vanusa e sua interpretação marcante

A gravação de "Paralelas" por Vanusa trouxe uma nova dimensão à canção. Sua voz poderosa, aliada à interpretação sensível, tornou a música um sucesso nacional, consolidando-a como um clássico da MPB.

Vanusa foi uma das grandes intérpretes de sua geração, destacando-se por sua versatilidade e entrega emocional em cada performance. Paulista, de Cruzeiro, nasceu numa manhã de setembro? Não sei, só sei que foi no dia 22 daquele mês, em 1947, e faleceu em 8 de novembro de 2020, em Santos (SP).

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Tim Bernardes: um elo entre gerações

Em uma performance marcante, Tim Bernardes revisitou "Paralelas" ao piano, abrindo com "Changes", do Black Sabbath. A fusão das duas músicas destacou a universalidade das emoções humanas, unindo a melancolia de Belchior à introspecção do rock clássico.

Tim Bernardes, conhecido por seu trabalho solo e com a banda O Terno, trouxe uma nova camada de profundidade à canção, apresentando-a a um público mais jovem.

Assista e Reviva "Paralelas"

Assista abaixo à interpretação de Vanusa, num especial da TV Bandeirantes, em 1987: 

Confira também a releitura de Tim Bernardes com "Changes":

"Paralelas" continua a atravessar gerações, reafirmando a genialidade de Belchior e o poder atemporal da música brasileira. Ele disse em um show que a música foi a primeira que fez quando chegou ao Rio de Janeiro, oriundo do Ceará.

Então, por fim, pela primeira vez trazendo três versões diferentes da mesma canção, a série "Música pra Viagem" apresenta a versão de seu genial compositor, gravada no disco "Coração Selvagem", de 1977:

Bom, quando já ia terminar por aqui, eis que encontro um vídeo com Vanusa e Belchior juntos cantando "Paralelas", então, vão a quatro versões pra você que se dispôs a vir aqui:

E aí, gostou? Deixe o seu comentário e curta o blog.

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: SOON

O desenho completo formado pela capa e a contracapa de "Relayer"

Ainda tenho comigo "Relayer", o LP do Yes que me fez gostar tanto de "Soon", que, na verdade, é uma parte de uma faixa chamada "The gates of delirium", que cobre o Lado 1 inteiro do álbum. Gravado e lançado em 1974, "Relayer" é o sétimo álbum da banda inglesa que é um dos grandes ícones do rock progressivo. 

Parte do solo de "Soon" foi tocada algumas vezes por Lulu Santos em shows dele que vi ao vivo ou na televisão, nos tempos em que assistia TV aberta com frequência. Portanto acredito que ele a admire muito também. 

Oriundo do Vímana, grupo de rock progressivo brasileiro dos anos 70 que, além de Ritchie e Lobão, teve Patrick Moraz como tecladista, certamente foi nessa época que Lulu a conheceu, muitos anos antes de mim. Afinal, Moraz fez sua estreia em disco no Yes, em substituição a Rick Wakeman, justamente em "Relayer".

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Uma Jornada de Paz e Esperança

Composta por Jon Anderson, "Soon" é a seção final da faixa "The gates of delirium" do álbum "Relayer" do Yes. Baseada no romance "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, a faixa inteira começa com um prelúdio que leva a uma longa seção instrumental representando uma das batalhas da guerra napoleônica na Rússia. 

A seção final, intitulada "Soon", é uma oração suave e reconfortante pela paz e esperança, após a carnificina dessa batalha.

Chris Squire, Patrick Moraz, Steve Howe, Jon Anderson e Alan White, o Yes de 1974

Membros do Yes na Gravação de "Relayer"

Agora, curta abaixo o Yes na turnê Yes Symphonic Live, em 2001, sem tecladista e com os demais integrantes do grupo em 1974. E depois, a versão original, fechando a delirante "The gates of delirium". 



Caso você também queira assistir a uma apresentação desta faixa ao vivo nos anos 70 é só clicar aqui. E aí curtiu mais esta edição da série "Música pra viagem"? Deixe seu comentário aí abaixo, vou ficar feliz em ler e responder. Volte sempre!

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

FLERTANDO COM A LOUCURA NA IA

"Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, 
construiu ou inventou senão para sair do inferno".

Ilustração criada por IA
Trecho do livro "O negro crepúsculo", o segundo de minha autoria a ser publicado, "Flertando com a loucura" foi usado por mim para alguns experimentos no vasto, assustador e - ao mesmo tempo - encantador mundo da Inteligência Artificial. O meu primeiro passo foi pedir a uma plataforma de IA que criasse um áudio com um narrador para o texto. 

O resultado não foi perfeito, claro, mas creio que o "locu-ator", que já estou chamando de Bill Collins, interpretou o texto de uma forma que muito provavelmente eu não saberia fazer com tanta competência. Sério, muito sério isso!

Tentei depois fazer uma leve correção, mas os créditos acabaram, fica então pra quando eu decidir assinar o plano pago. Posteriormente busquei uma imagem que ilustrasse este texto e a encomenda saiu melhor do que eu esperava, até porque sequer disse - ou melhor, escrevi - do que se tratava, apenas disse que era algo surrealista. E aí surgiu esta belíssima ilustração acima.


Quando pedi o que queria, a princípio as imagens criadas não corresponderam às minhas expectativas. Mas depois utilizei o prompt criado pela própria IA para em outra plataforma criar outras imagens do mesmo estilo. Tentei postar, então, apenas o áudio aqui abaixo, mas o Blogger não aceita, só vídeos,  que acabou saindo melhor que a encomenda, pra mim. 

Bom, avalie você mesmo, o vídeo vai abaixo pra você conferir e depois, se gostar curtir, comentar e aproveite pra se inscrever no canal Eduardo Lamas Neiva do YouTube


E aí, o que achou? Eu fiquei bem satisfeito com o resultado e vou produzir outros que certamente ficarão melhores.

Caso queira ler este trecho no contexto da história do taxista-publicitário-escritor c.j. marques (assim mesmo com letras minúsculas, como o poeta e.e. cummings) você pode adquirir o ebook na Amazon do Brasil e de mais 12 países, que também vendem o livro físico. Infelizmente - e não me perguntem o motivo - no Brasil o livro em papel não está disponível.

Veja também:
Lucidez e loucura no Lamascast 
O casarão no Lamascast


Espero que tenha curtido, inclusive o blog, e volte sempre.

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

LIVRO PRA VIAGEM: NIETZSCHE - BIOGRAFIA DE UMA TRAGÉDIA

Friedrich Nietzsche, um dos filósofos mais influentes da Era Moderna, é conhecido por suas ideias sobre a vontade de poder, o eterno retorno e o super-homem, também conhecida como o além do homem. Nietzsche deixou um legado profundo e controverso na filosofia ocidental.

Para conhecer mais sobre a vida e os pensentimentos do filósofo e muitos relatos de como ele chegou a ideias que passam pela boca de pessoas que sequer sabem quem foi Nietzsche, recomendo muito a leitura do livro "Nietzsche - Biografia de uma Tragédia", escrito por Rüdiger Safranski

Sem dúvida alguma é uma das melhores biografias que li e isso foi ali entre meados e o fim dos anos 90. O autor da biografia fez sem dúvida um trabalho monumental que me agradou muito, fez-me parar várias vezes para ficar sorvendo os pensentimentos e as passagens da vida conturbada do biografado. 

É aquele tipo de leitura que você sai muito melhor do que entrou. Espero conseguir tempo para reler este livro em breve. Renomado biógrafo e filósofo alemão, Safranski é autor de outras obras sobre grandes pensadores. Caso queira adquirir o livro, desta mesma edição, é só clicar na foto acima.

Veja também:

Um brilhante trecho do livro

“O ser humano, explica Nietzsche, é uma criatura que saltou sobre os limites animalescos da época do cio. Por isso não procura prazer apenas eventualmente, mas o tempo todo. Porém, como há menos fontes de prazer do que pede sua constante predisposição ao prazer, a natureza o forçou a enveredar na trilha da invenção-do-prazer. O animal consciente homem, com horizonte de passado e futuro, raramente se satisfaz de todo com o seu presente, e por isso sente algo que certamente nenhum animal conhece, isto é, o tédio. Fugindo do tédio, essa singular criatura procura uma excitação que, se não for encontrada, tem de ser inventada. O homem se torna um animal que brinca. O jogo é uma invenção que entretém os afetos. O jogo é a arte de auto excitação dos afetos, a música, por exemplo. A fórmula antropológico-fisiológica para o segredo da arte é pois: a fuga do tédio é a mãe das artes”. 


Veja também:

Sobre Friedrich Nietzsche

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, crítico cultural, poeta e filólogo alemão cuja obra tem exercido grande influência na filosofia contemporânea. Suas ideias desafiaram os valores tradicionais da sociedade, e seus escritos exploram temas como a arte, a moral, a religião, a cultura e a ciência.

Sobre Rüdiger Safranski

Rüdiger Safranski (nascido em 1945) é um escritor e filósofo alemão conhecido por suas biografias detalhadas e profundas de grandes pensadores e figuras históricas. Safranski recebeu diversos prêmios por suas contribuições à literatura e à filosofia.

Veja também:

E aí, curtiu? Deixe seu comentário e ou sugestão abaixo. Agradeço desde já a sua visita.

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: THE MUSICAL BOX

Capa do disco "Nursery Crime", de 1971
Como prometido na postagem anterior da série "Música pra Viagem", volto ao Genesis dos tempos de Peter Gabriel e Steve Hackett para trazer nova obra-prima da banda inglesa de rock progressivo: "The Musical Box". Esta é uma das músicas mais emblemáticas do grupo, gravada no álbum "Nursery Cryme", lançado em 1971.

"The Musical Box" combina melodias delicadas, a pena poética e complexa de Peter Gabriel e mudanças dinâmicas que destacam o estilo inovador do rock progressivo dos anos 70. 

Creditada aos cinco componentes da formação clássica da banda inglesa (Peter Gabriel, Steve Hackett, Tony Banks, Mike Rutherford e Phil Collins), a música, baseada em uma história de fada vitoriana,  traz em seus versos a história de um espírito que retorna por meio de uma caixa de música mágica.

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O resgate de memórias e de um LP perdidos ao som do Supertramp

A performance original

Na época, Peter Gabriel liderava o Genesis com sua voz marcante e apresentações dramáticas. Durante os shows, ele interpretava personagens excêntricos, como na narrativa de "The Musical Box". Após sua saída em 1975, Gabriel seguiu uma carreira solo de grande sucesso, lançando álbuns icônicos como "So".


O Genesis em 71: Peter Gabriel, Steve Hackett, Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford

O legado da caixinha de música

Steve Hackett trouxe uma abordagem única ao Genesis com sua técnica inovadora na guitarra. Mesmo após deixar a banda em 1977, ele manteve viva a essência de "The Musical Box" em seus projetos solo, como na turnê "Genesis Revisited", onde realizou performances inesquecíveis da música.

A nova Era do Genesis

Após assumir os vocais no lugar de Gabriel, Phil Collins liderou o Genesis em sua fase de maior sucesso comercial. Além disso, consolidou uma carreira solo que o tornou um dos artistas mais populares dos anos 80.

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Música pra Viagem: Indian Rope Man

Assista e reviva "The Musical Box"

Veja e curta muito abaixo uma interpretação do Genesis, com Peter Gabriel no vocal e suas caracterizações músico-teatrais:

 

Confira também a versão de Steve Hackett na turnê "Genesis Revisited": 

 

Eu, se fosse você, continuaria explorando a magia do rock progressivo e o legado do Genesis. O que acha? Gostou? Deixe abaixo um comentário ou sugestão. Agradeço.

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Música pra viagem: Fool's Overture
A Maldita e o selo de qualidade nos LPs

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

OS MAIORES JOGOS DE TODOS OS TEMPOS 13

Dinamite dá o lençol em Osmar antes de fazer o golaço da vitória do Vasco sobre o Botafogo*

No dia 9 de maio de 1976, o Vasco da Gama e o Botafogo protagonizaram uma das partidas mais marcantes da história do futebol brasileiro. O clássico disputado no Maracanã pelo Campeonato Carioca foi decidido por um dos gols mais lindos já vistos no antigo estádio, marcado por Roberto Dinamite.

Com apenas 22 anos de idade, Dinamite encantou não só os vascaínos, mas todo fã de futebol, ao fazer aquilo que o também saudoso locutor Luciano do Valle costumava chamar de "gol de Copa do Mundo". O gol não só garantiu a vitória, de virada, do Vasco por 2 a 1, como também se tornou um símbolo de sua presença na área com o seu talento e uma lembrança eterna para os torcedores cruzmaltinos.

O contexto do clássico

O confronto entre Vasco e Botafogo naquele dia era crucial para a sequência da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca de 1976. Ambas as equipes buscavam consolidar suas campanhas em um torneio marcado pelo equilíbrio entre os grandes clubes do Rio de Janeiro, incluindo-se aí o América, que infelizmente nas últimas décadas não tem conseguido mais qualquer destaque sequer no cenário estadual.

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O Botafogo abriu o placar no primeiro tempo num chutaço de Ademir Vicente, que Mazaropi nem viu por onde passou, mas numa infelicidade de Wendell, que fazia grande partida até então, Roberto se aproveitou da falha do goleiro botafoguense e empatou com um chute praticamente sem ângulo. A vitória épica veio no último minuto com o tão propalado e espetacular gol do Garoto Dinamite, um dos maiores ídolos da História do Vasco.

A vitória classificou o Vasco para a final da Taça Guanabara, que venceria em disputa de pênaltis, por 5 a 4, contra o Flamengo, após empate em 1 a 1, no tempo normal.

O gol de Roberto Dinamite

O gol que decidiu a partida é lembrado até hoje como um dos mais belos da História do Maracanã. Dinamite recebeu a bola de um cruzamento meio no desespero de Zanata, matou no peito e antes que Osmar Guarnelli consegui dar o bote, deu-lhe um balão desconcertante e de sem-pulo fuzilou a meta guarnecida por Wendell, que não teve qualquer chance de defesa.

A jogada foi exaltada pela imprensa esportiva da época e permanece viva na memória do futebol brasileiro, sendo frequentemente mencionada em listas dos gols mais bonitos da história.

O legado de Roberto

Ídolo eterno do Vasco, Roberto Dinamite é o maior artilheiro da História do clube e do Campeonato Brasileiro. Sua carreira foi marcada por gols espetaculares, liderança em campo e uma conexão inigualável com a torcida cruzmaltina.

Após encerrar a carreira, Dinamite seguiu contribuindo para o futebol, seja como presidente do Vasco, mais ainda como uma referência para as novas gerações. Seu gol contra o Botafogo em 1976 simboliza não apenas seu talento, mas também a magia do futebol jogado no Maracanã.

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Roberto faleceu em 8 de janeiro de 2023, aos 68 anos. Ele tinha contra um tumor no intestino desde 2021 e chegou a ser internado algumas vezes antes de morrer. Porém, jamais será esquecido pelos fãs de futebol, especialmente os vascaínos, por este e tantos outros golaços que marcou na sua vitoriosa carreira, com passagens pela seleção brasileira, inclusive na Copa do Mundo de 1978 (em 82 chegou a ir a Espanha, mas sequer ficou no banco de reservas).  

Ficha Técnica

VASCO 2 x 1 BOTAFOGO

Data: 9 de maio de 1976.

Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.

Público: 39.232 pagantes.

Competição: Campeonato Carioca (13ª rodada da Taça Guanabara).

Árbitro: Armando Marques.

Gols: Ademir Vicente, aos 43 do primeiro tempo; Roberto Dinamite, aos 18, e aos 45 minutos do segundo tempo.

Vasco: Mazaropi; Gaúcho, Abel, Renê e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata e Luís Carlos; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e Dé. Técnico: Paulo Emílio.

Botafogo: Wendell; Miranda, Osmar, Nílson e Marinho; Luisinho, Ademir Vicente e Mendonça; Mazinho (Rogério), Manfrini (Antônio Carlos) e Mário Sérgio. Técnico: Telê Santana.


* Encontrei esta foto num site e não havia crédito. Por favor, quem souber, avise-me para eu dar o devido crédito a esta fotografia tão bela quanto o gol.

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Geraldo, um assovio que ainda se ouve
Ode ao futebol-arte
Cinema, futebol e música no Lamascast

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

MÚSICA PRA VIAGEM: FIRTH OF FIFTH

De tempos em tempos redescubro as músicas do Genesis da época em que Peter Gabriel e ou Steve Hackett faziam parte do grupo inglês de rock progressivo. Ultimamente - e este ultimamente abarca uns oito, dez anos - tenho ouvido e visto muito a interminável turnê "Genesis Revisited", de Steve Hackett, que inclusive passou pelo Brasil no ano passado, algo que infelizmente não pude presenciar. 

Há tempos a série "Música pra Viagem" estava devendo uma do Genesis por aqui e cá estou eu pra pagar a dívida com quem acompanha este blog ou mesmo vem aqui só quando algo interessa. E dou spoiler, pois vou pagar a dívida com juros, já que a próxima música da série será da mesma banda e do mesmo período mencionado.

O Genesis em 1973: Mike Rutherford (atrás), Tony Banks, Phill Collins, Peter Gabriel e Steve Hackett

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"Firth of Fifth" é uma das músicas mais icônicas do Genesis. Originalmente lançada no álbum "Selling England by the Pound", em 1973, esta faixa se destaca pela complexidade e beleza musical e o lirismo poético.

Elementos musicais e lirismo

"Firth of Fifth" é conhecida por seu solo de piano "clássico", executado por Tony Banks, que abre a música. A transição para o solo de guitarra de Steve Hackett é, sem dúvida, um dos momentos mais memoráveis do rock progressivo. A poética letra escrita pelo tecladista e violonista Tony Banks em parceria com o baixista e também violonista Mike Rutherford explora temas de natureza e introspecção, mas muita gente ainda se pergunta do que se trata exatamente. Como se versos poéticos necessitassem ser exatos. Quem não pensente, jamais entenderá.

Performances clássicas

Bem, aqui resolvi apresentar duas versões distintas desta obra-prima. A primeira é a gravação original da Era Peter Gabriel. Infelizmente não achei um vídeo de boa qualidade de uma apresentação da banda com ele ao vivo para trazer toda a teatralidade e intensidade pela qual o cantor sempre foi conhecido.

A segunda vem da já mencionada turnê "Genesis Revisited", onde o guitarrista Steve Hackett revisita esta peça com um novo vigor, capturado magnificamente no Royal Albert Hall, de Londres.

Membros do Genesis e carreiras solo

Peter Gabriel foi o vocalista principal do Genesis até 1975, quando decidiu seguir carreira solo. Famoso por seu estilo vocal expressivo e performances teatrais, Gabriel lançou vários álbuns solo de sucesso, incluindo "So", no qual foram gravadas "Sledgehammer", muito tocada nas rádios brasileiras e com seu videoclipe surpreendente para a época exaustivamente exibido nos programas musicais de TV, e "In Your Eyes".

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Steve Hackett, guitarrista do Genesis de 1971 a 1977, marcou a História da banda com o seu estilo único e inovador. Com forte ligação com o Brasil, afinal foi casado com a artista plástica brasileira Kim Poor, Hackett gravou em sua carreira solo diversos álbuns que exploram uma variedade de estilos musicais. Chegou a montar sem sucesso nos anos 80 o grupo GTR (abreviação de guitar), com Steve Howe, outro guitarrista extraordinário (do Yes). Como já dito acima, Hackett continua apresentando o repertório do grupo que o lançou pro sucesso em suas turnês "Genesis Revisited".

Phil Collins começou como baterista do Genesis, mas assumiu os vocais após a saída de Peter Gabriel. Ele também é conhecido por sua carreira solo extremamente bem-sucedida, com hits como "In the Air Tonight" e "Against All Odds". Collins é talentoso baterista e compositor, fez trilhas para filmes e contribuiu significativamente, desde o início, para o som do Genesis e sua própria carreira solo.

Por fim, este clássico do Genesis, "Firth of Fifth", desde a sua primeira execução até as recentes revisitações, continua a encantar fãs de todas as gerações, mostrando a atemporalidade e o talento extraordinário da banda inglesa. Espero que tenha curtido. Diz aí o que achou?

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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

E NEM ERA CARNAVAL...

Ilustração criada com auxílio de IA
Quando ele chegou do asfalto, falando uma língua diferente, repleta de palavras em inglês, trouxe consigo enormes caixas de som. Quando ligou aquela barulheira, era impossível não ficar incomodado, mas não dei muita importância. Juntou gente, mas eu era o rei do pedaço, ali era o meu lugar, ninguém me tiraria o cetro e a coroa.

Pouco a pouco, porém, senti que o espaço que ocupava ia cada vez se estreitando mais. Havia já um rival, que ia conquistando jovens, e os pais já não conseguiam convencer os filhos que a tradição era mais importante que a inovação. Inovação representada por aquele forasteiro de óculos escuros, boné, bermudas e camisas coloridas, parecendo um turista a princípio, mas já àquela altura um vizinho insistente e barulhento, seduzia a garotada com discurso apelativo.

Eu já não encantava tanto meus vizinhos, muitos foram embora e me deixaram aos cuidados de poucos que resistiram, mas não por muito tempo. E se despediram em meio à barulheira, à fúria daquele som, um ruído difícil de afastar dos ouvidos e da cabeça. Vi da minha janela que a tênue linha que separava a sensualidade da vulgaridade havia se transformado num grosso e altíssimo muro que só me isolava cada vez mais. Já não via o horizonte, só muro, infelizmente sem isolamento acústico.

A cadência se foi e a poesia foi pisoteada para dar lugar a ferocidade, vulgaridade e palavrões. A devoção e os rituais foram esquecidos, profanaram os santuários, sem qualquer resquício de respeito. E com o volume cada vez mais alto, gritos ensandecidos de uma cega e surda adoração por mais e mais gente, uma batida de fazer o chão e as paredes racharem, fui expulso de casa. Quase rolei morro abaixo.

Veja também:

No asfalto já me conheciam, claro, e me acolheram. Não eram tantos quanto existiam  antigamente na minha vizinhança, mas eram reverentes. Sabendo de minha nova morada, alguns ex-vizinhos retornaram, vieram me visitar. Mas já não eram tantos. Meus anfitriões foram respeitosos, afetuosos, houve devoção e ritual. Aqui sou muito bem tratado, apesar de uns e outros tentarem me desvirtuar e me difamar. Mas não é minha casa.

Posso ter vivido muito de ilusão, mas foi lá no morro que nasci, me desenvolvi, cresci e me fiz conhecido no mundo. Era lá que me sentia em casa e vivi os melhores dias da minha vida. Saudades da “alvorada, lá no morro, que beleza”. Hoje, quando olho pra lá daqui debaixo, choro, "me dá tristeza, sinto um grande dissabor". Porém, como bem se sabe, embora nunca mais no morro, agonizo, mas não morro. Prazer, meu nome é Samba.

Clique aqui para ouvir o episódio #44 do Lamascast "E nem era carnaval...", publicado pelo jornal Portal, em 21 de setembro de 2020.

Veja também:
A questão do fânqui e o velho Angenor
Música pra viagem: É Hoje!

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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

"CONTOS DA BOLA", UM PRESENTÃO DE NATAL

Já pensou no presente que você vai dar ou se dar neste Natal? 

O livro "Contos da Bola" começa a rolar com "O torcedor de videoteipe". Às vésperas da Copa de 1994, Didi, um fanático torcedor da seleção brasileira, volta no tempo por intermédio da sua antena parabólica e vibra muito com a conquista do tricampeonato mundial, no México, em 1970, que ele não pôde assistir na época. 

Pacato e trabalhador, porém amante das rodas de samba, o personagem acaba surpreendendo seus amigos quando a Copa dos Estados Unidos finalmente começa.

Ilustração criada por Inteligência Artificial

Dê este gol de presente no Natal, depois é só partir pro abraço.

Um time tão bom no papel como no ebook, à venda nas melhores lojas online do Brasil e do mundo.

Veja também:
 A Copa é um mundo à parte
Futebol brasileiro x seleção brasileira

Sobre o livro

"Contos da Bola", de Eduardo Lamas Neiva, traz 19 histórias abordando as mais reles peladas e encarniçados campeonatos de várzea aos grandes clássicos do futebol brasileiro e históricas partidas de Copa do Mundo. Pra quem não gosta de perder nenhum jogo, um livro de tirar o chapéu, ou melhor, pra se tirar da Cartola.

Veja também:
Futebol-arte: os maiores jogos de todos os tempos 11
Música e futebol, o Brasil no Primeiro Mundo


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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

OLHARES ALHURES - FOTOS #126: PONTA DE BAIXO




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Olhares Alhures - Fotos #90: Mirante do Morro da Cruz
Olhares Alhures - Fotos #83: Chuva noir






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Olhares Alhures - Fotos #73: Arco-íris
Olhares Alhures: Fotos #54: Canto do Noel




Fotos feitas por Eduardo Lamas Neiva, com seu velho celular, no dia 27 de setembro de 2024, no bairro da Ponta de Baixo, em São José (SC). 
Olhares Alhures é uma série com registros de imagens do belo, do cotidiano, do curioso, do inusitado, do coincidente, do poético, enfim, de tudo aquilo que, de alguma forma, chama a atenção do autor deste blog em suas andanças e viagens.

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Música pra viagem: She sells sanctuary
Justiça e vingança
Nau poesia: Lágrimas de sangue
Os 20 anos do melhor Rock in Rio de todos os tempos